18 - a mente de um vampiro

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E D W A R D  C U L L E N

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E D W A R D  C U L L E N

   Eu me lembro de estar ansioso para o fim daquele dia, como todos os outros milhares da minha extensa existência imortal.

Era difícil se acostumar ao tédio; cada dia parecia mais insuportavelmente monótono do que o anterior. Em todos os meus 117 anos de introspectividade — como Rosalie sempre gostava de rotular —, se houvesse alguma maneira de reparar meus pecados, sem dúvida passar pelo ensino médio incontáveis vezes devia ajudar.

Talvez purgatório fosse uma palavra mais apropriada.

Eu me lembro também de estar, mais uma vez, admirando a habilidade conjunta de Alice e Jasper e seu relacionamento mil vezes melhor do que o de Emmett e Rosalie — na minha opinião —, antes de alguém chamar a minha atenção.

"Os Cullen."

Por reflexo, virei-me ao escutar o meu sobrenome falso, embora não estivessem me chamando em voz alta, apenas em pensamento.

Por meio segundo, meus olhos encararam um par de olhos humanos grandes e avelã. Desviei o olhar, entediado, antes de passar para a segunda nova adição ao nosso diminuto corpo estudantil. Havia visto seu rosto inúmeras vezes nos pensamentos dos demais alunos, mas eu não estava preparado para a cena que se desenvolveu diante dos meus olhos.

Ela era linda. Sua existência encobriu todas as outras; Júpiter Bennett fez meu coração inerte regozijar. Esqueci meu nome. Esqueci quem eu era. Esqueci de todos os meus pecados e me intitulei como o escolhido por Deus ao ser abençoado com sua presença. Porque ela foi feita para mim. Ela era minha. Minha companheira.

Tudo nela me deixava encantado. Os dias foram passando e, embora eu já estivesse abertamente interessado, ela não me queria. Seus pensamentos eram quase ultrajantes, ela me humilhava e zombava, mas eu só conseguia achar isso igualmente atraente. Ela não era como as outras; não era fútil e egoísta como Rosalie, infantil como Jessica Stanley, maldosa como Lauren Mallory. Ela tinha personalidade. Era divertida e amigável, e me odiava.

Não realmente eu, mas, como ela disse, minha aura melancólica. Precisei de muito tempo para entender o porquê do seu ódio, com métodos poucos convencionais e éticos. Mas finalmente entendi. E isso só me fez amá-la mais, era ridiculamente fácil de fazer.

Eu não sabia como agir. De que maneira cortejá-la como um homem moderno, humano, normal, no ano de 2009? Como humano, eu só havia aprendido os costumes da minha época. Graças ao meu dom estranho, eu sabia muito bem como as pessoas pensavam nos dias atuais, o que faziam, como agiam, mas, quando eu tentava agir de forma descontraída e moderna, tudo parecia dar errado. Ela não entendia o que eu queria dizer.

HATER OF MELANCHOLY| Edward CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora