Capítulo 24.

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POV Ludmilla Oliveira

Sábado à noite, 13 de junho de 2015.

Estava próximo da meia-noite quando resolvi me deitar para dormir.

Apaguei as luzes da cozinha e caminhei pelos corredores do apartamento até chegar ao banheiro, onde escovei meus dentes enquanto observava meu reflexo no espelho.

As pontas do meu cabelo ainda estavam um pouco úmidas, já que havia decidido lavá-lo durante a tarde para tirar todo o laquê que Vero usou em meu penteado na noite passada.

Eu adorava quando meu cabelo secava de forma natural. Ele ficava bagunçado, com meus cachos e me deixava com um ar de adolescente rebelde.

Ri de meus pensamentos e segui em direção ao meu quarto, deitando-me na espaçosa cama e fitando o teto.

Virei-me de lado na tentativa de encontrar uma posição confortável para dormir, porém sem sucesso. Tentei o outro lado, mas também não consegui.

Peguei meu celular, que estava próximo ao abajur e desbloqueei a tela, acessando minha caixa de e-mails, onde encontrei uma nova mensagem de Cooper.

"Prezada Ludmilla Oliveira,

Foi um enorme prazer poder trabalhar com a senhorita em um evento tão importante para o nosso jornal! Agradeço em nome da equipe por tamanho empenho e dedicação em seu projeto de organização, já que sem ele o evento não teria atingido tal nível de sucesso!

Em relação às fotos, informo que todas já foram encaminhadas para o devido tratamento e em breve estarão disponíveis para publicação.

Se pudermos ajudá-la em mais alguma coisa, não hesite em entrar em contato.

Atenciosamente,

Ethan Cooper.

CEO of The New York Times."

Pensei em respondê-lo, mas além de já estar totalmente além do horário comercial, responder e-mails pelo celular definitivamente não era a minha praia.

Chequei algumas redes sociais, distribuindo poucos likes em publicações de amigos e conhecidos.

E ainda assim o sono não chegava...

Senti meu celular começar a vibrar e logo em seguida meu rosto apareceu na tela.

Era meu pai me ligando por chamada de vídeo.

Estiquei-me na cama, finalmente encontrando uma posição confortável para ficar e aceitei a chamada.

— Oi, pai! — falei sorrindo.

— Oi, filhota! Como você está? — ele perguntou.

— Estou bem e você?

— Tudo certo por aqui. — ele sorriu. — Eu sei que já está um pouquinho tarde, espero não ter atrapalhado seu sono...

— Imagina, pai! Eu estava deitada, mas ainda não tinha começado a dormir. Aconteceu alguma coisa? — perguntei preocupada.

— Que bom, então! Não aconteceu nada, querida, eu só liguei para parabenizá-la por ontem. Você foi super bem em seu discurso e além disso soube organizar perfeitamente todo o evento. Estou orgulhoso de você!

— Obrigada, pai! Foi uma honra poder fazer parte de um evento tão especial para a empresa. Fico feliz em saber que gostou da minha participação. — sorri.

Meu pai ficou olhando para a tela por alguns segundos, abaixando a cabeça e levando as mãos até os olhos no instante seguinte.

— O que aconteceu? — perguntei.

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