Capitulo 2.

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POV Brunna Gonçalves

— Ludmilla Oliveira. O prazer é todo meu. — seu sorriso aumentou. — Seu rosto me é familiar. Nós já nos conhecemos?

Nossas mãos ainda estavam em contato uma com a outra. Não conseguia desviar meu olhar de seus olhos. Tão castanhos.

Hipnotizantes.

A voz dela era carregada de um tom rouco, mas delicado.

Senti minha garganta secar e rapidamente tratei de engolir mais saliva em uma tentativa falha de trazer alívio para a sensação cortante.

O quê está acontecendo, Brunna? Concentre-se e responda a pergunta da mulher.

— Creio que esta seja a primeira vez, mas talvez tenhamos nos esbarrado na rua ou algo assim. Nova Iorque é uma loucura, não? — respondi, quebrando o contato entre nossas mãos.

A mulher na minha frente soltou um riso baixo, sorrindo, o que fez com que seus olhos se fechassem um pouco e, como se lembrasse de algo, disse:

— É bem provável que isso tenha acontecido.

Silvana observava a cena atentamente e percebendo o silêncio se formando no ambiente, resolveu se pronunciar.

— Então filha, estava mostrando para Brunna os seus últimos modelos. Ainda não chegamos a uma decisão. Quer nos ajudar?

— Você é estilista? — perguntei interessada, não deixando com que ela respondesse a pergunta da mãe.

— Sim, todos os modelos da loja são criações minhas. — foi a vez de Ludmilla responder.

— Você tem um talento impressionante, Ludmilla! Sua mãe me mostrou alguns e, sinceramente, um é mais lindo que o outro! Vai ser difícil escolher.

— É o vestido que escolhe você, Brunna. — minha mãe entrou na sala, acompanhada de Juliana. — Ludmilla, querida! Como você está?

— Mia! Eu estou ótima e a senhora? — as duas se abraçaram.

Foi impossível esconder meu semblante confuso.

De onde elas se conhecem?

A pergunta ecoava pela minha cabeça.

— Vocês se conhecem? — não consegui conter a curiosidade.

— Sim, querida. A Ludmilla é umas das clientes mais especiais da cafeteria, passa lá todos os dias.

Então Ludmilla era cliente da cafeteria da minha mãe.

Interessante.

— Já experimentou algum vestido? — Ludmilla perguntou.

— Ainda não.

A morena olhou para o visor de seu celular e em seguida voltou a me olhar.

— Ainda tenho alguns minutos antes de ir. Acho que tenho algo que vai ficar perfeito em você. Irei buscar, com licença.

Dito isso, a mulher de olhos castanhos saiu acompanhada de uma das funcionárias em direção à uma escadaria.

[...]

Não demorou muito para que Ludmilla e a funcionária voltassem para a sala onde estavam eu, Silvana, mamãe e Juliana. Dessa vez, ela estava com o que julguei ser um vestido, coberto por uma capa preta.

— Olha... — ela fez uma pausa, enquanto abria o zíper da capa que cobria o vestido. — Ainda não está pronto, faltam algumas pedrarias na parte de cima, mais alguns detalhes com a renda e mais umas outras coisinhas. Acho que foi uma das peças mais trabalhosas que eu já fiz. E uma das mais bonitas também. Vai ficar perfeito em você. — ela fez contato visual comigo e percebi que rapidamente passou os olhos pelo meu corpo.

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