Capítulo 28.

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Maratona - (4/5)

POV Ludmilla Oliveira

Acordei na manhã seguinte com o cheiro maravilhoso de café sendo preparado.

Espreguicei-me na cama, tateando o espaço ao meu lado na tentativa de encontrar o corpo quente e saliente da latina, porém não o encontrei.

Em seu lugar só havia o lençol branco amassado que revestia a cama, vestígio de uma noite agitada e calorosa.

Peguei o travesseiro onde ela havia dormido e o abracei, sentindo o cheiro do seu cabelo e de seu perfume nele.

Fitei o teto por alguns minutos, relembrando as cenas da noite passada.

Eu não conseguia parar de sorrir.

Deixei um grito abafado em seu travesseiro e assim que me virei para o lado notei que a bananinha que eu havia dado de presente para ela estava apoiada contra o abajur, com um pequeno papel entre suas mãozinhas.

"Ótimo dia, princesa!

Deixei uma camiseta minha em cima da cama para você vestir. Junto à ela temos também um travesseiro com a fronha azul, pegue-o, é sua única chance.

Assim que estiver pronta, me chame. Estarei na cozinha.

Com amor,

Brunna."

Apoiei meu corpo sobre meus cotovelos e observei o final da cama, onde realmente havia um travesseiro de fronha azul e uma camiseta branca em cima dele.

Levantei-me da cama e procurei minha calcinha, que estava dobrada junto ao meu vestido. Vesti a peça íntima e em seguida coloquei a camiseta branca de Brunna, que acabou ficando bem larga em meu corpo.

Olhei para o travesseiro e franzi o cenho.

O que ela quis dizer com "pegue-o, é sua única chance"?

Segui em direção ao banheiro e ao fitar meu reflexo no espelho quase soltei um grito, arregalando os olhos no mesmo instante.

Meu pescoço estava com um roxo enorme.

Subi a camiseta e vi que assim como meu pescoço, meus seios também estavam marcados.

Desgraçada.

Fora os arroxeados, também havia alguns arranhões na minha cintura e principalmente nas minhas costas.

Levei as mãos até o rosto e o balancei negativamente, sorrindo igual boba ao lembrar dos momentos em que aquelas marcas haviam sido feitas.

Prendi meu cabelo em um coque bem frouxo e lavei o rosto. Usei um pouco do enxaguante bucal que encontrei sobre a pia para poder deixar meu hálito refrescante, já que não havia trazido uma escova de dentes, e voltei para o quarto.

(Inicie: No Control - One Direction)

Novamente fitei o travesseiro azul em cima da cama e resolvi pegá-lo, afinal eu não fazia ideia do que estava me esperando.

— Brunna? — chamei seu nome enquanto me aproximava da porta semi-aberta do quarto.

— Ludmilla? — ela perguntou, provavelmente da cozinha já que o som de sua voz estava um pouco abafado.

— Eu posso sair do quarto? — perguntei, colocando a mão sobre a maçaneta da porta, pronta para puxá-la.

— Você encontrou meu bilhete na nossa bananinha? — ela gritou.

— Sim. — respondi.

— E você está com o travesseiro azul nas mãos?

— Estou sim, mas... — ia continuar falando, mas ela me interrompeu.

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