Capítulo 3.

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POV Brunna Gonçalves

Na manhã seguinte, fui acordada com um maravilhoso cheiro que fez meu estômago roncar, acompanhado de alguns barulhos que provavelmente saíam da cozinha.

Panquecas.

Juliana costumava fazer panquecas pra mim quando eu ficava triste ou estava passando por alguma situação ruim. Ela dizia que era pra me animar, e realmente, sentia que podia enfrentar qualquer coisa depois de comer umas duas ou três.

Está pra nascer alguém que faça panquecas melhores do que as dela.

Levantei da cama e fui em direção ao banheiro, onde fiz minha higiene matinal, escovei os dentes e prendi o cabelo. Depois me deixei ser guiada pelo incrível cheiro das panquecas até a cozinha.

— Olha, eu acho que vou te convidar pra dormir aqui mais vezes. — falei e Juliana deu um pulo, se assustando.

— Garota? Você quer me matar de susto?

— Desculpa, não queria te assustar. — sorri com a língua entre os dentes. — O cheiro está ótimo! Você é a melhor amiga do mundo!

— Você só está falando isso porque eu te fiz panquecas. — ela retrucou.

— E porque você é a melhor amiga do mundo. — ri.

— Sei. Levanta essa bunda grande daí e coloca os pratos na mesa pra gente comer.

— Que autoritária! Sim, senhora, senhora. — bati continência e fui buscar os pratos que estavam na pia.

[...]

Enquanto comíamos resolvi pegar meu celular pra checar as mensagens e se Matthew havia me ligado.

Uma mensagem de boa noite da minha mãe, duas da operadora e nem sinal de Matthew.

— Nenhum sinal dele. — comentei.

— Deixa esse homem pra lá, Brunna. Uma hora ele aparece.

— Tem razão, eu me preocupo demais com ele. Vou começar a me preocupar mais comigo.

— Essa é a minha garota, assim que se fala! — Juliana abriu um sorriso confiante e juntou nossas mãos com um tapinha.

Aproveitei que estava com o celular em mãos e comecei a olhar minhas redes sociais, começando pelo Instagram.

Descendo a timeline, vi que havia uma nova publicação da Júlia. Era uma foto dela ao lado de duas mulheres.

Não é possível.

Dei zoom na imagem e percebi que uma delas era Ludmilla. E a outra, Keana, a modelo do meu último ensaio fotográfico.

— Júlia e Ludmilla se conhecem? — perguntei para Juliana, que também mexia em seu celular.

— A Oliveira? Sim. Ludmilla além de chefe é melhor amiga da Júlia.

— E POR QUE EU SÓ ESTOU SABENDO DISSO AGORA? — acabei elevando o tom da minha voz, quase gritando.

— Calma, princesa. Por que o interesse? — Juliana me lançou um olhar sugestivo.

— Por n-nada, é só que ela, digo a Ludmilla é minha estilista e achei que, sei lá, não sei o que achei. Que legal que elas se conhecem, né?

Droga, eu estava ficando nervosa.

— Brunna, você não me engana. — ela arqueou uma sobrancelha. — O que está acontecendo?

Não havia como escapar das garras de Juliana Brito. Quando ela queria algo, ela conseguia.

Mas não hoje.

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