Capítulo 37.

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POV Brunna Gonçalves

Sábado, 11 de julho de 2015, Malibu - Califórnia, 10h35 A.M.

Cinco horas.

Esse era o tempo que Ludmilla e eu havíamos ficado dentro do avião, cruzando o país para chegar até a cidade onde nossas melhores amigas iriam se casar.

Juliana e Júlia viajaram na madrugada de sexta-feira, porém devido aos nossos horários no trabalho, Ludmilla e eu só conseguimos viajar hoje, no sábado.

Acordamos praticamente de madrugada, fomos até o Aeroporto Internacional de Nova Iorque, embarcamos em meio à noite congelante e voamos sobre a selva de concreto.

O casamento seria hoje, ao pôr-do-sol, na praia.

Sorri ao pensar que mesmo sendo uma verdadeira ogra para certas coisas, Juliana ainda tinha seu lado romântico bem ativo dentro de si.

— Do que está rindo? — Ludmilla se aproximou de mim e me empurrou com o ombro. — Quero rir também.

— Estou aqui pensando... — falei, virando-me para ela. — Quem diria que mesmo sendo uma cavala na vida real, a Juliana se casaria ao pôr-do-sol, do outro lado do país, de branco e na areia da praia?

— Olha, essa é uma excelente pergunta. — Ludmilla riu. — Estou tão feliz por elas!

— Eu também estou! — respondi. — É muito bom saber que elas se completam.

— Será que elas já estão vindo?

— Vou ligar pra Juliana. — falei.

Peguei meu celular no bolso traseiro do jeans que eu usava e rapidamente desbloqueei a tela principal, indo até minha agenda de contatos no instante seguinte.

Procurei pelo apelido de Juliana e disquei.

Foram necessários apenas dois toques para que a voz nada calma soasse do outro lado da linha.

— CADÊ VOCÊS DUAS?

— Ai, CheeChee... — falei com um falso tom triste. — Eu não tenho uma notícia muito boa pra você.

Ludmilla me olhou confusa e eu fiz um gesto com a mão para que ela aguardasse.

— O QUE ACONTECEU? ONDE VOCÊ ESTÁ? CADÊ A BUNDUDA? — seus gritos ficavam cada vez mais agudos a cada nova pergunta.

— O nosso vôo atrasou. Nós só vamos conseguir chegar para a festa. — segurei o riso.

— BRUNNA, ISSO É MENTIRA, NÃO É?!

— Não é, CheeChee...

— ENTÃO VOCÊ VAI CONSTRUIR UM AVIÃO, VOCÊ PEGA UMA BICICLETA E VEM COM A LUDMILLA NA GARUPA, VOCÊ PEGA UM TÁXI, EU NÃO SEI! MAS VOCÊ VAI CHEGAR A TEMPO DO MEU CASAMENTO, VOCÊ ESTÁ ME ENTENDENDO? VOCÊ É A PORRA DA MINHA MADRINHA!!!!!!

— Então eu acho melhor você vir me buscar logo. — comecei a rir.

Ela ficou muda durante alguns segundos.

— BRUNNA GONÇALVES COELHO! — sua voz esbravejou do outro lado. — EU VOU MATAR VOCÊ E FAZER UM BIFE DESSA SUA BUNDA GIGANTE. PORRA! NÃO FAZ ISSO COMIGO!

Comecei a rir alto e Ludmilla me acompanhou, mesmo sem saber o que Juliana e eu estávamos conversando.

— Você ri, não é sua ridícula?! — ela perguntou ainda brava. — Pra que ter inimigos quando se tem uma amiga como você?

— Desculpa, princesa. Eu precisava fazer isso, ok? Fique tranquila, Ludmilla e eu já estamos aqui no aeroporto.

— Eu acho ótimo! Já era pra vocês estarem aqui!

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