Capítulo 18.

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Maratona - (2/5)

POV Ludmilla Oliveira

— E se você dormisse no meu apartamento? — perguntei.

— O quê? lud, não! — Brunna respondeu.

— Bru, não vai ser incômodo algum se é isso que está pensando. E além disso, estamos muito mais perto do meu apartamento do que da loja de vestidos para buscar suas chaves.

— Tem certeza? — ela perguntou.

— Absoluta. Você pode ficar no quarto de hóspedes, está tudo certo.

— Seu apartamento tem um quarto de hóspedes? Que chique! — ela respondeu dando risada.

— Na verdade é um segundo quarto comum, mas como sou solteira e ainda não tenho filhos, transformei-o em um quarto de hóspedes. — ri.

Continuamos a conversar enquanto eu fazia o caminho de volta para o meu apartamento, o que levou cerca de uns quinze minutos.

Chegando na entrada do prédio, aproximei meu carro do portão branco da garagem e ele logo foi aberto, permitindo com que eu entrasse no estacionamento. Desci até o terceiro subsolo e estacionei o carro na vaga com o número do meu apartamento.

— Prontinho, chegamos. — falei enquanto tirava o cinto de segurança.

— Chegamos rápido! — Brunna respondeu.

— Eu disse que estávamos perto. — respondi. — Vamos?

— Vamos.

Saímos do carro e seguimos em direção ao elevador que, felizmente, não demorou muito tempo para chegar.

Ao entrarmos no cubículo de metal, pressionei o último botão com o número 20 marcado em seu centro e me encostei contra a parede do elevador.

Observei Brunna fazer a mesma coisa na parede oposta à minha e sorri. Suas roupas estavam encharcadas iguais as minhas e seu cabelo molhado permitia com que alguns fios de sua franja grudassem em seu rosto.

— Estou morrendo de frio! — ela falou puxando assunto e esfregou suas mãos contra os braços.

— Vamos resolver isso daqui a pouquinho. — falei.

A voz robótica da mulher anunciou nossa chegada à cobertura do prédio e em seguida as portas do elevador foram abertas.

Aproximei-me da única porta disponível e tirei a chave do meu bolso traseiro.

— Você tem o andar inteiro só pra você? — Brunna perguntou curiosa, ainda passando as mãos nos braços.

— Sim. — olhei para ela sorrindo.

— Que sonho! — ela exclamou surpresa e eu ri de seu comentário.

— Mi casa es tu casa. — falei ao terminar de destrancar a porta e abri-la.

Entrei primeiro fazendo um gesto com a mão permitindo com que Brunna também pudesse entrar, ficando paradas no pequeno corredor de entrada.

— Quer tirar a jaqueta? — perguntei e Brunna me olhou surpresa.

— Tirar? — ela respondeu.

— Está molhada, posso colocar para secar junto com a minha. — tirei minha jaqueta ficando apenas com uma camiseta de malha fina que também estava molhada.

— Ah sim! Por favor, se não for atrapalhar. — Brunna respondeu tirando a peça molhada de seu corpo revelando a regata cinza de alças finas que usava.

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