•Maraisa
Sinto alguém acariciar meus cabelos e abro os olhos, tentando me acostumar com a luz. Marília acariciava meus cabelos e olhava para mim, com aquele sorriso que fazia meu coração disparar.
– Bom dia! – diz com sua voz rouca.
– Bom dia! – sorrio.
Eu estava me sentindo tão diferente. Me sentindo... Feliz.
Ter os braços de Marília envolta do meu corpo era bom e eu não poderia negar.
Marília beija meus lábios levemente e volta à me olhar.
– Dormiu bem? – sorri.
– Sim, muito bem! – mordo meu lábio inferior.
– Maraisa... – repreende, subindo em cima de mim.
– O que foi?
– Você adora me provocar, não é? – passou sua mãos até minha intimidade, fazendo com que eu soltasse um gemido baixo.
– Marília...
– Hum... – murmura beijando meu pescoço.
Olho no relógio.
– Estamos atrasadas! – digo exasperada e acabo a derrubando no chão sem querer.
Rio.
– Me desculpe! – me contorço de tanto rir.
– Hahaha! Engraçadinha! – resmunga e o vejo tentar segurar o riso.
– Eu tenho que ir para faculdade.
– E o Gustavo daqui a pouco chega. – diz e se senta ao meu lado. – Te vejo mais tarde? – coloca uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.
Assinto e ela sorri de lado, beijando meus lábios lentamente.
– Melhor eu ir! – ela diz e se afasta de mim relutante.
– Tudo bem. – murmuro.
Ela se veste e deixa o meu quarto. Suspiro e me jogo na cama.
Sinto um beijo em meu pescoço e uma mordida.
– Marília!
– Eu tinha que fazer isso antes de ir! – ela ri e sai do quarto, antes me dando um selinho.
Sorrio como uma idiota jogada na cama. Marília já tinha mexido com todos os meus sentidos e isso era delicioso. Eu só não queria sofrer.
Suspiro e o bip do relógio me faz recordar que tinha que ir para a faculdade.
O que está pensando, Maraisa? Talvez ela não sinta o mesmo por você! – meu subconsciente acusa.
***
Lauana me olha besta e eu sorrio de sua expressão.
– Não creio! – ela diz boquiaberta. – Você gosta dela. – afirma.
– Lauana, eu...
– Não ouse mentir pra mim! – alerta.
– Tá bom. Eu... Gosto dela! – sinto o rubor chegar às minhas bochechas.
– Sabia. Pra quem dizia que era hétero tá muito bem na fita. – diz convicta.
Reviro os olhos e suspiro.
— O que foi, Isa?
– Eu gosto mesmo dela, Lau, mas ela, provavelmente, não sente nada por mim e eu não quero sofrer mais uma vez. Não quero quebrar a cara por causa de uma amor não correspondido.
– Vai dar tudo certo, amiga! – ela sorri e dá um leve soco em meu braço.
Assinto e sorrio fraco.
***
Visto minha blusa dos Beatles e me jogo na cama para estudar um pouco. As provas estavam chegando e eu estava disposta à me sair bem. Depois de ter estudado o suficiente, decido fazer algo para comer. Algo fácil e rápido. Coloco uma música DNCE, que reconheço sendo Cake by the Ocean e vou para a cozinha.
Deixo os ingredientes em cima do balcão e começo a cortar alguns tomates.
Ouço batidas na porta e suspiro. Lavo as mãos e vou até à porta, secando minhas mãos com um pano.
Não tenho tempo de falar algo, pois sou prensada contra a parede e um beijo quente toma meus lábios.
A porta é fechada com o seu pé. Suspiro com seu toque em meus seios.
– Marília... – sussurro.
– Hum...
– Calma! – rio e me afasto dela, dando passos provocantes para trás.
– Eu quero te beijar! – ameça se reaproximar.
– Nada disso! – mordo o lábio inferior. – Você vai se controlar e esperar eu terminar de fazer o jantar.
Ela passa as mãos pelos cabelos e suspira.
– Tudo bem! – ela fecha os olhos com força.
Sorrio e ando até a cozinha.
– Só não me provoque! – ela diz e aperta minha bunda.
Rio e volto a cortar os tomates.
– Quer ajuda? – pergunta, tirando sua jaqueta.
– Hum... – penso. – Você sabe cozinhar? – debocho.
– Engraçadinha! – mostra a língua e eu rio.
Reviro os olhos e volto a dar atenção aos tomates. Cantávamos a música e eu ria com a Marília tentando cantar alguns trechos.
Depois de uma verdadeira bagunça de farinha na cozinha, terminamos de fazer a pizza. Estava com um cheiro maravilhoso. Corto os pedaços e coloco em pratos.
Nós estávamos completamente sujas de farinha e molho de tomate. Seria até constrangedora a nossa situação, mas estava realmente engraçada. Começamos a comer e conversar amenidades. Sua companhia era realmente boa e a cada vez que ela abria seu sorriso torto e debochado, eu ficava hipnotizada.
– Dez dólares por seus pensamentos.
Sorrio envergonhada e olho para baixo.
– Não é nada!
Ela me olhava de um jeito diferente. Sorrio.
– O que foi? – ela sorri. – Tenho que pagar pelos seus pensamentos? – ela ri, balançando a cabeça negativamente.
Ela se aproxima devagar e acaricia meu rosto.
– Não é difícil saber! – ela direciona seu olhar para meus lábios.
Logo eles estavam juntos. Nossas línguas em um ritmo próprio e excitante. Mordo seu lábio inferior e ela grunhe. Ela se levanta e eu faço o mesmo. Ela tira minha blusa e beija meus pescoço.
– Hummm! Gosto de farinha! – caio na gargalhada e ela me acompanha.
– Você é uma idiota! – rio.
– Que tal um banho? – me olha sugestivo.
Sorrio e acaricio o queixo, pensando.
– Bom, você se comportou direitinho. – ela ri. – Então... É, podemos ir.
Ela me pega no colo, me fazendo soltar um gritinho e logo rir.
– Pronta, senhorita maraisa? – pergunta.
Entrelaço minhas pernas ao redor de sua cintura e ela chupa meu pescoço, me causando arrepios.
– Com certeza, senhora Mendonça! – ela sorri de canto e entramos no banheiro.
****
Eu não consigo lidar com essas duas. Preparados para o próximo capitulo?
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Meu porto seguro - Malila
FanfictionDepois de ter sido assaltada e quase sequestrada, Carla maraisa passa a ser acompanhada por seguranças, como ordenara seu pai. O que ela não esperava era que uma linda mulher mexesse tanto com sua mente, corpo e até mesmo coração. Marília Mendonça é...