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•DYLAN•

andei de carro por horas até chegar a cidade, minha sede por matar crescia mais a cada segundo.
andei pelas ruas cheias da cidade, até chegar perto de um bar, onde haviam apenas homens bêbados demais para sequer perceber algo a sua volta.
então fiquei com meu carro parado ali em frente ao bar, até um cara finalmente cambalear até o beco para vomitar.
sai do carro disfarçadamente, andando devagar até o beco.
com um movimento rápido, tapei sua boca e o arrastei mais para o final do beco vazio, então desferi a primeira facada em seu peito, vendo seus olhos se arregalarem pela dor.
depois desferi uma facada atrás da outra, vendo ele tentar pronunciar as palavras com o sangue escorrendo da sua boca, implorando pela vida.
então seus olhos ficaram sem cor, indicando que meu serviço estava feito.

peguei meu carro e dirigi de volta para a minha casa, agora me sentia mais calmo e relaxado.
não parava de pensar em Olívia.
talvez ela já estivesse bem domada, talvez eu pudesse começar a ser melhor com ela.
mas percebi que estava errado quando cheguei em casa.
de começo achei que estava tudo bem, aparentemente nada com sinal de tentativa de arrombamento, ela não tentou fugir, ou se tentou, não conseguiu.
mas quando me dirigi até o quarto para guardar minha faca na gaveta em que eu guardava todas as outras, meu semblante fechou.
eu tinha 10 facas, uma delas estava comigo, deveriam ter 9 na gaveta, mas tinham apenas 8.
com passos pesados caminhei até ela, queria chegar socando seu rosto para fazer ela deixar de ser a porra de uma puta metida e afrontosa.
ver ela mentindo na minha cara fez meu sangue ferver mais, a cada vez que ela negava sentia mais vontade de soca-la com violência.
quando ela me ameaçou com aquela faca, internamente eu estava explodindo em fúria, ria por fora de tanta incredulidade.
quando a prendi e a segurei tive que me segurar por um momento e manter a calma, não podia mata-la.
mas sabia que podia correr o risco de fazer isso se não parasse para pensar por um segundo.
então, pela síndrome de posse enorme que eu já sentia por Olívia, marquei meu nome nela, sentindo meu interior arder em êxtase.
ter seu corpo colado ao meu me deixava louco, ela me deixava louco.
ela gemendo de dor me pedindo desculpas fazia meu pau de enrijecer dentro das calças.
a soltei e sai logo do quarto, sentia que sempre que tocava seu corpo iria perder o controle e foder ela ali mesmo.

acordei ainda cansado, abrindo os olhos com dificuldade pelo excesso de luz que entrava pelas janelas, havia dormido no sofá da sala

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acordei ainda cansado, abrindo os olhos com dificuldade pelo excesso de luz que entrava pelas janelas, havia dormido no sofá da sala.
não me lembro ao certo em que momento apaguei aqui, só me lembro de trancar com cadeado a gaveta em que guardava as facas e depois vir assistir algo na Tv.
decidi levantar e ir ver como Olívia estava, esperava sinceramente que ela não tivesse aprontado mais nenhuma merda, porque eu havia acordado com um puta mau humor.

quando entrei no quarto encontrei ela deitada no chão, onde costuma dormir, agarrada em um cobertor, seu rosto parecia inchado de tanto chorar.
me abaixei devagar, dando uns tapinhas no rosto dela até ver seus olhos abrindo.

-o banho tá liberado pra você, olha que legal, seus dias de catinga acabaram! (eu exclamei sorrindo)

ela pareceu me fitar com raiva, mas tentou disfarçar.
então levantou aos poucos, parecendo dolorida.
e eu sabia que estava mesmo.

então ela começou a andar devagar em direção a porta.

-pode tirar o vestido aqui mesmo. (eu disse me encostando na parede, vendo ela parar na porta ainda de costas)

então, meio tremendo, não sei se pelo medo ou pela raiva, ela tirou o vestido devagar.
deixando ele no chão e continuou andando, sem olhar para trás.
então enquanto ela andava, pude ter a bela vista do meu nome marcado nela, involuntariamente, dei um sorriso.

era estranho.
desde criança nunca tive empatia, sempre gostei de ver o sofrimento alheio, não derramei uma lágrima enquanto cortei a garganta da minha mãe fazendo ela sangrar até a morte.
nunca senti remorso quando machucava brutalmente colegas de escola ou fazia qualquer pessoa sofrer.
sinceramente, as únicas coisas que eu não sentia prazer em machucar ou ver o sofrimento deles, eram animais.
sempre gostei muito de animais e acho que são a única coisa pura em um mundo imundo e podre.
acho que nunca amei ninguém, nem meus pais, nenhum parente, amigo ou qualquer pessoa.
bem... na verdade acho que uma certa empatia eu tenho por dois amigos, posso dizer que quase "amo" eles, mas isso fica para outra hora.
só que com Olívia, é fodidamente estranho.
não amo ela, nunca vou amar, nem pensar.
mas sinto vontade de abraça-la as vezes, como um ser humano qualquer que gosta de sentir o toque humano.
as vezes vou admitir que até uma certa pena eu sinto dela e o que mais me assusta, é o jeito como em hipótese alguma eu consigo me imaginar sem ela.

Nas garras de um assassino Onde histórias criam vida. Descubra agora