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OLÍVIA

destruída.
foi assim que eu fui dormir e foi assim que eu acordei.

não consegui nem ao menos ter vontade de levantar da cama, só queria ficar sozinha, remoendo tudo.
mas Dylan apareceu no quarto, praticamente me obrigando a ir comer.

eu sinceramente estava disposta a apanhar novamente por não ir, já não me importava mais.
porém, ele disse que iria sair com Henry e que Sabrina iria ficar comigo, então decidi descer para comer.

Sabrina estava tagarelando sobre ontem sem parar, eu não conseguia prestar atenção em suas palavras pois minha cabeça estava pensando em diversas coisas ao mesmo tempo.

até que tomei minha decisão.

sentia que gostava de Dylan, por isso acabava relevando seu comportamento possessivo e suas agressões, mas ele ter me violado foi demais.

Sabrina se virou para ir em direção a cozinha pegar mais algo para comer, então peguei rapidamente uma pequena cômoda que tinha ao lado do sofá e choquei contra a cabeça dela.
ela caiu na hora, nem teve tempo de reagir.

se aproximei um pouco preocupada, não queria machuca-la.
percebi que sua pulsação estava normal, então fiquei tranquila.

esperava de coração que eles me perdoassem, mas eu não podia fugir sem nada.
corri para o quarto deles e comecei a revirar as coisas, até encontrar uma carteira, tinha cerca de quatro mil ali.
guardei a carteira no bolso e fui para o andar de cima apressadamente, peguei uma das malas que levamos e coloquei todas as minhas roupas que haviam lá.

então, dei uma última olhada para Sabrina antes de sair pela porta, espero que ela fique bem.

peguei um táxi para a rodoviária, estava na hora de sair dessa cidade.

• • • • • • • • • • • • • • • •

foram cerca de dez horas de viagem até o ônibus chegar na cidade que eu desejava.

era de noite quando cheguei, então decidi me hospedar em um hotel.

ele não era muito chique mas também era muito bonito, uma moça sorridente me atendeu na portaria.

depois de reservar meu quarto, perguntei se ela tinha endereços de casas para alugar por aqui, então ela me entregou uma lista com as fotos e os números dos proprietários.

passei o resto da noite em claro, olhando cada casa, não podia ser uma muito cara pois eu ainda não havia arrumado um emprego, então peguei uma com o aluguel na média.
no dia seguinte sai cedo do hotel e fui até um orelhão ligar para o proprietário, precisava comprar logo um celular.

o fato de não ter notícias minhas em nenhum lugar, indicava que meus pais realmente nem tentaram me procurar.
me sentia culpada demais para ir atrás dos meus avós e sabia que eles não tinham condições para pagar bons detetives, então se chegaram a dar queixa do meu desaparecimento, a polícia não fez muito caso sobre o ocorrido.

estava feito, agora eu iria recomeçar a minha vida do zero.

Nas garras de um assassino Onde histórias criam vida. Descubra agora