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DYLAN

acho que eu nunca havia ficado tão indeciso de como torturar alguém em toda a minha vida.
em geral, gostava apenas de ver a vida esvaindo da pessoa e o sangue escorrendo por todo meu campo de visão.
nunca tratei de me importar tanto com a dor dela.
mas ele não, ele eu fazia questão que sofresse até seu último suspiro.

estava com ele amarrado em uma cadeira na minha frente, precisava ser rápido pois não queria que Olívia ficasse escutando seus gritos de desespero, tinha que aproveitar que ela estava no banho.

ele abriu os olhos devagar, arregalando eles assim que me viu.
começou a fazer um escândalo, parecendo uma bichinha.
revirei os olhos, a voz dele me irritava.

seus gritos ficaram agudos e estridentes quando eu comecei a arrancar seus dedos dos pés e das mãos um por um enquanto sorria para ele, vendo seu desespero eminente.

depois costurei sua boca, pois escutei a porta do banheiro ser aberta, não queria que ele assustasse Olívia.
então, vendo até onde ele aguentava, comecei a desferir diversas facadas em seu corpo, vendo seu corpo estremecer em agonia toda vez que a faca entrava na sua pele.
até que sua cabeça caiu pra frente e ele deu seu último suspiro, meu trabalho estava feito.

depois de ensacar todo o corpo em vários sacos pretos, joguei fora e me dirigi para o banheiro, tomei um banho demorado pra tirar todo o sangue e o cheiro ruim que estava.
depois de me vestir fui procurar Olívia na sala, onde normalmente ela estava.
então, encontrei ela no sofá assistindo aquela porcaria de criança na Tv.

me sentei ao lado dela, segurando seu maxilar, fazendo seus pequenos olhos que estavam focados no desenho de arregalarem um pouco para mim.

-ele fez algo com você? sabe, além do tapa... (eu disse sentindo meu interior se transbordar de raiva novamente)

-não... (ela disse abaixando o olhar)

-tem certeza? (Olívia parecia dispersa)

-sim. (ela disse saindo do meu aperto) -você chegou a tempo, mas pode não chegar na próxima vez (ela se encolheu)

-cala boca porra, eu já disse que não vou mais te deixar sozinha. (grunhi com raiva, ficava em fúria só dela supor que algo aconteceria novamente)

Olívia focou seus olhos no desenho da Barbie novamente, parecendo não acreditar muito nas minhas palavras.

-você vai assistir comigo? (ela cochichou, me olhando pelo canto dos olhos)

-eu... eu não! (eu grunhi com vergonha me levantando depois que percebi que tinha parado pra prestar atenção no desenho por alguns segundos) -pode ver essa merda sozinha.

-não fala assim, os filmes da Barbie são incríveis. (ela disse baixo, fazendo biquinho)

-são ridículos. (eu grunhi novamente apontando para ela enquanto ia em direção ao quarto) -e eu não deixei você falar! (finalizei antes de sumir no corredor)

20 minutos se passaram.
me segurei para não mandar a Olívia ir a merda quando me joguei do seu lado no sofá, focando meus olhos no desenho a minha frente e vi ela dando uma risadinha.
mas seu sorriso não durou muito tempo, bastou uma encarada rápida que ela fechou a cara novamente.

mais 20 minutos se passaram e eu estava mais focado do que queria no filme.

-que porra é essa? a mina virou uma sereia? (eu indaguei)

-simm, não é legal? (ela disse dando um sorriso)

-não, esse caralho não tem nem lógica.

-você consegue falar uma frase sem citar nenhum palavrão? (ela me olhou com as sombrancelha arqueadas)

-vai se fuder, começa pra você ver. (eu grunhi ignorando seu olhar sobre mim)

-eu acho a calda dela tão linda. (ela disse sorrindo para a Tv)

-se quiser arranco suas pernas e coloco uma calda no lugar. (eu sorri friamente pra ela, vendo a mesma arregalar os olhos e se afastar um pouco de mim no sofá)

eu ri com a sua reação, me jogando mais no sofá.

Nas garras de um assassino Onde histórias criam vida. Descubra agora