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•DYLAN•

mais um dia havia começado.
eu estava jogado no sofá olhando para cima, com um cigarro entre os dedos.
até escutar o meu celular tocar e me dar uma notícia que pareceu erguer toda energia que ainda havia dentro de mim.

um dos detetives que botei em uma das cidades aqui perto, havia encontrado Olívia.
me deu o endereço e eu paguei ele em seguida, depois dispensei todos os outros que havia contratado, felizmente não precisava mais dos seus serviços.

me arrumei rapidamente, peguei meus cartões, uma mala com algumas roupas e meu carro, estava na hora de rever minha mulher.

• • • • • • • • • • • • • • • •

minha mente estava quase entrando em colapso.

surtei quando a idéia de outro homem tocar Olívia surgiu na minha cabeça, ela realmente havia arrumado outro homem?

mas percebi que só estava deixando minha raiva tomar o controle, não foi preciso olhar por tanto tempo para Bruce para notar nossa semelhança.
ele era a minha cara.

e pela idade dele, todas as contas batem.

até ai achei que não poderia perder mais o controle, mas algumas palavras do meu filho me fizeram sentir meu interior arder novamente de raiva.

Bruce já estava brincando no quarto e eu e Olívia estávamos em pé na sala.

-tá saindo com esse cara? (eu disse ríspido, desviando o olhar e tentando manter a calma)

-nós... nós só saímos uma vez e não chegamos a ficar, ele ia vir jantar aqui hoje, só isso. (Olívia parecia tentar demonstrar firmeza na voz, mas quase gaguejava o tempo todo)

-que porra, Olívia! (grunhi com raiva) -não ficaram mas ele vai vir jantar na sua casa com você e o meu filho? acha que vou acreditar nessa merda! (andei uns passos pra frente, me segurando pra não ir pra cima de Olívia)

-acredite no que você quiser, eu não te devo satisfação alguma! (ela grunhiu, me fitando com raiva)

-sim, você deve, porra! (eu grunhi novamente, segurando seu pulso com força) -você é a minha mulher!

-não! eu não sou nada sua! (ela cuspiu as palavras, tentando manter a postura)

-não começa com essa merda, se for preciso te prendo na minha casa novamente! (cuspi as palavras também, a olhando de forma fria e vendo sua expressão de raiva piorar)

-não ouse, eu não sou mais a menininha medrosa de antes, se prender meu filho e eu em algum lugar eu te mato enquanto você dorme. (ela disse se aproximando do meu rosto, queria estapear a cara dela por estar tão atrevida)

-ah, é? (eu disse a puxando pela nuca com a outra mão, deixando nossos rostos a milímetros de distância) -você vai me matar?

nossa respiração estava desregular e nossos olhares estavam focados um no outro, sentia meu corpo arder em êxtase apenas por tocar Olívia novamente.

-você não tem coragem de me matar, porque você me ama, Olívia. (eu disse devagar, vendo seu rosto tremer e ela reprimir os lábios)

Nas garras de um assassino Onde histórias criam vida. Descubra agora