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•DYLAN•

já fazia cerca de vinte minutos que Olívia não voltava do quarto de Bruce.
sei que deveria ir lá ver se estava tudo bem, mas estava com medo de assusta-lo mais.

o saco de estrume que estava no chão agora estava sentado em um outro sofá que havia na sala, estava acabado.

escutei passos e vi que Olívia estava vindo em nossa direção, com o semblante fechado.

-como está Bruce? (perguntei me levantando)

-bem, mas não graças a você. (ela disse ríspida, indo em direção ao Colin)

-amanhã vou falar com ele... (ela me cortou)

-é o mínimo que deve fazer. (Olívia estava me irritando, não gostava de ver ela me tratando assim, antes ela só falava quando eu permitia e agora mal me deixa falar) -vou cuidar dos seus machucados, sinto muito... (Olívia disse se abaixando até a altura do rosto do homem no sofá)

-ah... obrigada! (ele deu um sorriso fraco, olhando fixamente para o rosto de Olívia)

-é sério? ele não sabe cuidar dele mesmo sozinho? (grunhi com raiva)

-cala boca, Dylan! (Olívia disse em alto tom, me fitando com raiva) -fica na sua.

senti meu interior arder em raiva.
a hora que eu estapear a cara dessa garota até ela me pedir desculpas quero ver falar assim comigo novamente.

me sentei no sofá novamente, irritado.
passaram alguns minutos e Olívia ainda limpava os machucados do cabeludo patético no sofá.

mas o que mais me irritava era os olhos dele o tempo todo focados no rosto de Olívia, que limpava com cuidado cada machucado dele.

quando ela acabou, ajudou ele a se levantar do chão e começou a procurar por um Uber para ele.

logo o Uber chegou e ele se despediu, me dando uma última encarada antes de sair pela porta, queria arrancar sua cabeça fora.

Olívia fechou a porta, respirou fundo e olhou para mim.

-é bom não sair desse sofá, se entrar no meu quarto eu acabo com você! (ela grunhiu com raiva apontando para mim)

-não vai nem me dar boa noite? (eu sorri de forma sarcástica) -tudo bem, tudo bem!

então, ela sumiu no corredor.

deitei no sofá e tentei fechar meus olhos para pegar no sono.

mas logo levei um susto sentido uma coberta ser jogada por cima de mim.

abri os olhos e visualizei Olívia com a cara emburrada na minha frente, me empurrando para ir pro lado no sofá.

-anda, vai pro lado! (ela grunhiu, segurando um pano molhado na mão)

então, senti minha pele arder em êxtase quando ela segurou meu rosto com as duas mãos e começou a limpar os arranhões no meu rosto.

fiquei um tempo paralisado, fitando o seu rosto.
ela pareceu notar e corou, mas tentou disfarçar.

-ah bom, achei que ia apenas limpar os machucados daquele merdinha. (eu disse arqueando as sombrancelhas)

-pare de se mexer! (ela disse emburrada, me dando um tapa na cabeça, atrevida.) -ele estava destruído, você mal tem machucados.

-mas mesmo assim você está aqui cuidando de mim, não é? (eu sorri debochando, vendo seus olhos tremerem)

-idiota. (ela grunhiu parando de limpar os arranhões e se levantando, mas puxei ela para mim novamente)

-somos um do outro, Olívia. sabe disso. (eu disse intercalando entre olhar para sua boca e seus olhos, a respiração dela estava desregular)

-não... não somos nada um do outro. (ela tentava sair, me deixando irritado com sua teimosia)

-para, porra! (eu grunhi, segurando seu maxilar) -aceita logo que me pertence, larga de ser teimosa.

-ME SOLTA- (ela estava gritando quando tapei sua boca, a agarrando mais)

-quieta caralho, vai acordar nosso filho. (grunhi vendo ela se arrepiar, Olívia dizia que não, mas seu corpo também ardia só de entrar em contato com o meu)

ela mordeu minha mão, me fazendo solta-la, mas quando ia sair do meu colo, a puxei novamente e colei nossos lábios.

Olívia tentava me empurrar com as mãos, mas eu afundava mais minha língua na sua boca, enquanto apertava sua cintura.
em um certo momento, ela desistiu de resistir e começou a corresponder o beijo, me fazendo apertar cada vez mais o seu corpo.

até que ela me empurrou, parecendo voltar a realidade.
nossa respiração estava ofegante.

-não... não posso. (ela se levantou, meio desorientada)

-porra... (eu grunhi esfregando meu rosto com as mãos, Olívia estava começando a me deixar fodidamente irritado com seu comportamento)

-eu vou dormir. (ela disse antes de sair apressadamente do cômodo, escutei a porta fechar em um estrondo)

ela ainda guarda mágoas, rancor, é óbvio.
mas vou fazer concertar isso, sei que ela me ama assim como amo ela, só preciso conquistar sua confiança novamente.

Nas garras de um assassino Onde histórias criam vida. Descubra agora