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•DYLAN•

três anos.
três anos desde que minha vida virou completamente de cabeça pra baixo.

acordo com dor de cabeça, vendo a luz entrar pelas janelas grandes da casa que eu aluguei.
estava nova na época mas depois de tantos surtos de raiva já está um caco.

olho em volta e vejo que mais uma vez bebi demais, as garrafas de whisky jogadas pelo chão me comprovam isso.

passo as mãos pelo o meu rosto.
mais um dia começando.

já fazia um mês que eu não saia na rua, só saia quando precisava saciar minha sede por matar.
o que piorou muito desde que Olívia foi embora, fugiu.

já vai fazer um ano que não entro mais em contato com Henry e Sabrina.
as coisas ficaram meio tensas entre nós.

lembro até hoje de quando Sabrina acordou, desorientada.
queria esganar ela por ter deixado Olívia fugir, Henry se meteu na frente e eu acertei um soco nele, mas ele continuou ali, protegendo Sabrina.

procurei ela por tudo, botei vários detetives pela cidade toda, mas nada.
o que me deixou suspeitas de que ela não estava mais nessa cidade.

coloquei vários detetives em várias outras cidades atrás dela, mas até agora nada.
Olívia continuava totalmente desaparecida.

em um ataque de raiva, querendo matar alguém mais do que nunca, fui até a casa dos seus pais.
lembrei do que ele fez para a Olívia, eu disse que ele iria pagar por isso.
acho que a esposa dele não gostou muito quando chegou em casa e viu o marido morto, degolado no chão.

os dias sem a Olívia eram cinzas, vazios.
mais do que costumavam ser antes de eu conhecê-la.

meu corpo agora tinha diversas cicatrizes, de todas as vezes que eu me cortava por me sentir um lixo.
a culpa foi minha, apesar de toda merda que eu fazia para a Olívia, ela continuava ao meu lado sem tentar fugir, ela disse que achava que me amava.

mas não, eu tinha que fazer aquela merda, tinha que perder totalmente o controle e fazer algo que eu tanto repúdio.

ficava me perguntando como ela estava, se estava bem, se estava machucada, se ainda pensava em mim.

fiz algumas tatuagens durante esse tempo, era uma forma de aliviar minha dor.
meu cabelo havia crescido um pouco mais, pois eu já não me importava tanto em cortar ele.

no fundo, eu acho que não me importava mais com nada.

Nas garras de um assassino Onde histórias criam vida. Descubra agora