O Erro Que Você Não Consegue Viver Sem

Cap 4 - Trevor

Depois que Aurora saiu do quarto eu olhei para Julia que estava super envergonhada.

— Eu sinto muito... — disse enquanto ela se vestia apressada, visivelmente chateada por eu ter mentido.

— Não é a mim que você deve satisfações. — disse seca e foi embora.

***

Uma semana...

Como pude ser tão idiota? O que deu na minha cabeça em trair a Aurora? No primeiro dia eu só fiquei deitado o dia inteiro na cama, pedi antecipação das férias do meu trabalho e decidi tirar um tempo pra mim. Por um lado eu estava triste por ter perdido Aurora, mas por outro eu até que estava pensando nas possibilidades que eu tinha agora. Eu poderia sair com quem quisesse, a hora que eu quisesse sem precisar dar satisfações e agora teria um tempo pra mim. Poderia me descobrir um pouco. Tentei me animar com esse pensamento e ao invés de ficar chorando por uma mulher que deve me odiar agora, decidi convidar garotas pra passar a noite comigo. E aquele velho tinha razão, cada mulher tem um jeito diferente de te fazer gozar e foi muito gostoso. Primeiro eu estava aproveitando, mas depois estava apenas descontando toda a raiva de mim mesmo num sexo até um pouco violento com aquelas mulheres. Não sei quantas mulheres passaram pela minha cama até ontem, acho que estava tentando manter minha cabeça longe de Aurora.

Puta que pariu, o que foi que eu fiz?

Meus pensamentos são interrompidos pelo soar da campainha. Aurora disse que traria Luke, mais ainda era muito cedo. Abri a porta e a pessoa que eu menos esperava estava aqui.

— Júlia? — perguntei incrédulo.

— Olá... — disse sem graça — a sua esposa... eu gostaria de me desculpar, eu não deveria ter me metido entre vocês...

— É melhor você entrar. — digo abrindo passagem e indicando o sofá.

— Eu pensei em ligar, mas você não me deu seu número... — disse sentando-se.

— Olha, se você veio se desculpar com a Aurora, chegou um pouco tarde. Ela foi embora. — disse sentando no sofá em frente ao dela.

— Ah, meu Deus! Eu sinto muito, eu não queria...

— Não foi culpa sua, você não sabia que eu era casado. Eu mesmo fiz isso.

— Eu também não fui honesta com você... — começa. — eu também sou casada...

— Espera, o quê? — fico um pouco surpreso.

— É que... bem... — gagueja — quando te encontrei no bar eu tinha acabado de pegar meu marido com outra e fui ao bar na intenção de fazer o mesmo com ele... — baixa a cabeça.

— Então, desde o começo você queria...

— Sim, mas eu não queria me meter no casamento de ninguém, sei qual a sensação que sua esposa deve estar sentindo agora e você me disse que não era casado. — disparou.

— Tudo bem, nós dois erramos aqui, mas você estava me usando! — digo indignado. — destruí meu casamento por sua causa!

— Ei, não ponha a culpa em mim, se não fosse eu seria outra, você que mentiu, você podia ter dito que era casado, mas preferiu esconder.

— Eu nunca tinha traído minha esposa antes, eu só queria me divertir, mas não esperava traí-la.

— Podemos concordar que os dois temos nossa parcela de culpa, Ok?

Ficamos em silêncio por um tempo então resolvi puxar assunto:

— E seu marido?

— Contei pra ele que o traí, ele ficou furioso. Eu disse que ele não tinha moral nenhuma e que queria o divórcio. Agora estou morando num quarto de hotel até resolver as coisas.

— Sinto muito por você também. Acho que ninguém merece isso...

— Por que não pensou assim antes de trair a sua esposa? — ela perguntou de uma forma tão inquisitória que me senti mal.

— Olha, é complicado... — sopro. — ela foi minha primeira mulher, acho que queria experimentar algo novo, eu também não entendo. Até ontem eu não sentia falta dela, mas hoje eu senti um vazio... Realmente estou me perguntando se valeu a pena, mas é tarde demais pra voltar atrás.

— Eu não te julgo. Ainda não sei como vou esquecer o traste do meu marido mas eu tento sempre pensar no que ele me fez.

— Você pelo menos tem uma desculpa, eu simplesmente pus tudo a perder...

— Olha, você poderia pelo menos dizer que foi gostoso em meio a tanta merda. — ela disse claramente tentando descontrair o tom da conversa. — pode não ter valido seu casamento mas eu sou muito boa, vai! — disse brincalhona.

— Olha, eu não posso negar... — disse tentando acompanhá-la. — Quer beber alguma coisa?

— Tem álcool?

— Champanhe.

— Serve.

Sirvo duas taças pra nós no balcão da cozinha e ficamos ali de pé, o clima fica leve e descontraído.

— Então quer dizer que eu fui a única mulher depois da sua esposa?

— Bem... — rio. — como eu explico isso... — coço a cabeça. — Não mais. — e rio achando graça além de um pouco constrangido.

— Como assim? — arregala os olhos.

— Você vai me achar um galinha. — Talvez agora eu seja mesmo. — Eu fiquei triste com a partida de Aurora, não me entenda mal, porém eu também achei que seria uma boa ideia descobrir coisas novas.

— Meu Deus você é um sem vergonha mesmo! — diz rindo.

— Mas já que você tocou no assunto... — começo meio sem jeito. — você foi a segunda mulher com quem fiquei na vida e tudo o que eu fiz foi o que aprendi com ela sabe, coisas que ela gostava que eu fizesse e eu queria saber se fui bem... — porra, me senti um moleque que acabou de perder a virgindade.

Ela deu um gole no champanhe antes de falar

— Na verdade, eu nunca desconfiaria... — ela me lançou um olhar malicioso. — Você foi... — ela se aproximou mais de mim. — muito selvagem, eu gostei bastante... — disse tocando meu peito e abrindo os botões da minha camisa e logo espalmando a mão acariciando todo o meu abdômen e observando com malícia. Nesse momento eu já estava extremamente excitado. — nem tivemos a chance de gozar — disse erguendo o nariz pelo meu pescoço. —podíamos terminar o que começamos. — terminou sussurrando no meu ouvido e logo em seguinda mordendo o lóbulo da minha orelha.

Ali eu já estava louco. Arranquei seu vestido de seu corpo e a deixei completamente nua sobre o balcão da cozinha. Abri suas pernas e comecei a beijar a parte interna de suas coxas até chegar em sua vagina. Ela já estava se arqueando de prazer quando a campainha tocou.

Droga, por que caralhos eu nunca consigo terminar de comer essa mulher? Até que eu congelo e lembro que Aurora disse que traria o Luke pra ficar comigo. Julia parece perdida e deve estar com a mesma sensação de ter sido pega de novo. Corro até a lavanderia e de lá jogo o roupão pra Julia, que o agarra e veste. Sinalizo para que atenda a porta enquanto abotôo a camisa. É claro que Aurora vai perceber, puta que pariu, eu só me fodo!