0.9 𝑩𝒐𝒏𝒔 𝒔𝒐𝒏𝒉𝒐𝒔,𝒑𝒓𝒊𝒏𝒄𝒆𝒔𝒂!

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𝑩𝑼𝑺𝑨𝑵,𝑪𝑶𝑹𝑬𝑰𝑨 𝑫𝑶 𝑺𝑼𝑳

     Dizer que se estar entre a cruz e a espada é algo completamente aceitável em situações nas quais existem um passe para a mentira. No entanto,para Park Jimin,essa expressão se tornava algo chulo, completamente desproporcional, não poderia simplesmente dizer o que se passava em sua mente,tão pouco, deveria demonstrar o quão aquela abordagem havia lhe pego desprevenido.

     Então, fugindo dos toques de Jeon Jungkook e se afastando, mantendo sua postura empoderada e segura do que sua boca pronunciaria minuciosamente a partir daquele momento,Jimin suspirou e sentou-se sobre uma das cadeiras que cercavam aquela mesa. Com os olhos afiados,o mais velhos umedeceu seus lábios e encarou aquela figura diante si.

     Em todos os momentos que se encontrava com Jungkook,sempre que o tinha a sua frente,sentia uma sensação diferente, algo que parecia insultar sua inteligência e anos naquela profissão que tanto defendia e prezava. Não teria repostas concretas,ao menos poderia formular provas contundentes para desvendar os mistérios que aqueles olhos negros escondiam, entretanto, estaria sempre em alerta.

     Park era um homem inteligente,ágil e perspicaz,sabia lidar com casos complexos, quanto o que estavam tentando desvendar e dar por encerrado,era digno de admiração; mas assim como a perfeição esconde seu lado falho,o investigador conseguia se distrair,deixar que certos pontos passassem diante seus olhos; aquele caso do mascarado era um que estava tornando Park Jimin,um homem lento.  O mais velho estava pesando na balança da eficácia e precisaria tomar decisões diretas sobre tal demanda.

      Tentar andar em sigilo estava sendo mais complicado do que poderia imaginar, afinal,estava sempre sob a presença daquele ser evasivo e sem filtro. Jimin queria estar descartando os perfis daqueles polícias, gostaria de estar cada vez mais perto de poder dar por encerrado um caso como aquele,aliais, Park queria muitas coisas, inclusive, garantir que Jeon Jungkook ficasse o mais longe possível de si. Mas como muitos dizem: querer não é poder.

      — Acha mesmo que poderia com começar uma investigação sobre mim? Não seja idiota, Jimin,pois acredite...— se aproximando, prendendo o corpo compacto entre o seu e a mesa amadeirada, Jungkook teve suas pupilas dilatando em raiva — se estivesse no lugar daquele mascarado,você seria a primeira pessoa que sentiria o prazer de rasgar a garganta. Então,antes de começar a correr atrás de seu rabo,seja profissional!

      Foram palavras que intimidavam, no entanto, Jimin apenas teve a sensação de que poderia prosseguir em suas suspeitas,sentiu que não erraria ao final daquele quebra cabeça. Park sabia que o investigador escondia bem mais do que poderia dizer,tinha algum segredo por debaixo das mangas e temia deixá-lo ser revelado. Então,até que se provasse o contraria,o mais velho teve a certeza de que iria se empenhar: daria um fim em tudo aquilo.

       — Diria o mesmo! No entanto, Jeon, você esqueceu que palavras como essas, são usadas em táticas de manipulação.— forçando o corpo para cima,afastando o mais alto, Jimin voltou a se colocar de pé — estou em meu direito,posso desconfiar até mesmo da minha mãe. Se você não deve, então não há motivos para viver na defensiva assim como está.

      Jungkook o encarou minuciosamente,avaliou a postura séria e segura do que sua boca pronunciava. O investigar sabia,e por estar desvendando todos os traços de Park Jimin,tinha conhecimento de que sim,ele não desistiria até que pudesse estar com as mãos sobre sua história e currículo profissional. Então, sob o olhar atento do mais velho, Jeon sentou-se, disposto a lhe contar o relevante.

      — Jeon Jungkook; formado na academia de policía de Seoul, primeiro da classe de pós graduação em investigação criminalista. Nascido em Busan,mas tivera a necessidade de se mudar devido a situação financeira de seus pais...— sabendo estar deixando Park Jimin,um tanto confuso, Jungkook sustentou aquele olhar.

Caso 369 [∆ CONCLUÍDO∆]Onde histórias criam vida. Descubra agora