Caso 369 [∆ CONCLUÍDO∆]

0.16: Fᴏɢᴏ ᴇ ɢᴀsᴏʟɪɴᴀ= Cᴏᴍʙᴜsᴛᴀ̃ᴏ

𝑩𝑼𝑺𝑨𝑵,𝑪𝑶𝑹𝑬́𝑰𝑨 𝑫𝑶 𝑺𝑼𝑳

     Jimin se encontrava perdido em pensamentos,sua mente parecia entrar em colapso. Por alguns minutos, desde o momento em que chegaram em sua casa e se "prenderam" em seu escritório,tendo como assunto central o fato de Jungkook conhecer um dos suspeitos,o loiro se deixou levar por sua linha de raciocínio. Estava sendo complicado organizar todas as descobertas, analisando quais eram as mais seguras e que se encaixavam em toda aquela história. Em sua realidade,Jimin queria que tudo aquilo tivesse um fim, gostaria de poder encerrar aquele caso e ter a certeza de que não existiria outro mais complicado.

      O loiro havia dado a chance para que Jeon se explicasse,no entanto,parecia que aquelas palavras haviam apenas complicado toda a situação: segundo o mais novo,aquele rapaz era um familiar de uma das vítimas,um alguém que estava tentando encontrar o culpado por trás de assassinatos tão brutais. Jimin poderia dizer ter acreditado, contudo, sob a verdadeira situação em que se encontravam, era nítido o quão desconfiado estava. Park Jimin queria, mas não confiava em seu parceiro,ao menos, não quando ele se mostrava assustado com a presença de um alguém vasculhando a cena de um crime, não quando o reconhecia de seu "sequestro".

      Sentindo seus músculos tensionarem e arderem, Park se levantou de sua cadeira,tendo a iniciativa de andar por aquela sala, tentando relaxar minimamente enquanto sua mente não lhe dava uma trégua sequer. Haviam tantos questionamentos, tantos relatos que não se encaixavam e pareciam ambíguos além do imaginável, portanto, mesmo que impulsionasse seus sentidos em acreditar fielmente naquele que estava ao seu lado para lhe ajudar em um caso "grande" e complicado,era inútil as tentativas.

      E em meio a esse caos interno e complexo,o mais velho finalmente olhou para o sofá onde Jeon deveria estar sentado,mais que naquele momento,a única coisa que encontrou havia sido o celular e a jaqueta do mais novo. Em um instinto investigativo, porém incerto, seus passos minimamente traiçoeiros o fez se aproximar, o instruiu a buscar pelo eletrônico e cogitar a possibilidade de averiguar. No entanto, apenas saiu daquele escritório com o intuito de entregá-lo ao parceiro.

      Apesar dos pesares e de toda aquela situação,Jimin sabia que não tinha o direito de invadir a privacidade de Jungkook. Poderia ter colocado o rapaz em sua lista de suspeitos,no entanto,aquilo era o mesmo que ir contra as suas palavras de horas atrás,na saída daquele estabelecimento. Não confiava cegamente e jamais se descuidaria, todavia,estava sendo sincero ao dizer que daria uma chance,foi verdadeiro ao afirmar que havia um grande impasse em ceder a Jeon,ou lhe afastar até que tivesse a certeza de que seu nome poderia ser riscado da lista.

      Ao entrar em sua cozinha,após procurar pelo parceiro na sala de estar,Jimin suspirou ao encontrá-lo olhando para o lado de fora da casa, encarando o jardim pequeno e aconchegante. Jeon parecia distante com seus pensamentos, distraído a ponto de não ter percebido a aproximação,no entanto,ao ouvir os últimos passos do loiro,suspirou abaixando levemente a cabeça e umedecendo os lábios,pronto para surpreender aquele que parecia sempre se mostrar inexpressivo.

       — Treze e cinquenta e oito! Essa é a senha de desbloqueio do celular — murmurou, voltando a encarar a paisagem que tinha diante de seus olhos — há algumas mensagens com minha família, ligações feitas para a corporação de Seoul,fotos e arquivos que consegui sobre esse caso. Mas se não acredita,pode averiguar, Jimin.

      Park nada disse, apenas apoiou seu antebraço sobre a superfície plana do balcão de sua cozinha,inclinou seu corpo e deitou-se enquanto suspirava cansado. Haviam passado o restante da noite em claro e todos os relógios da casa marcava, aproximadamente, ser sete horas da manhã. E aquelas horas era claro a grande tensão que estava repercutindo em si,afinal,há vários dias que não sabia o que era uma boa noite de sono.