Capítulo II

519 43 4
                                    

  FIORELLA

Nossa, como eu consigo ser desastrada assim, eu poderia ter machucado aquela garota, ah, mais quem manda ela ficar no meio do caminho, como ela mesmo disse, eu não tenho culpa de nada, para de ficar pensando nisso Fiorella, foca em outra coisa, esqueceu que tem um debate agora? Mas eu não consigo, os olhos dela, aquele sorriso, parece um anjo.

- Senhorita Milstein? Vai ficar parada aí na porta a aula toda? – A professora e todos os alunos olhavam para a executiva parada na porta aparentemente atordoada.

- Eu...eu... licença professora, me desculpa. – Entrou na sala e seguiu para sua cadeira, sentando e colocando as mãos no rosto, respirando fundo.

A professora deu sequência ao que lecionava enquanto Fiorella ficava presa aos seus pensamentos, estava com a mente um turbilhão de emoções

As irmãs entraram na sala e Mônica percebeu que Melissa estava seria e com os pensamentos longe, então resolveu cutuca-la com a caneta.

- Ei, presta atenção, para de pensar na loira. – Sorrio de canto e voltou a prestar atenção para o professor.

- Não seja idiota! – Deu um beliscão na irmã fazendo a mesma soltar um urro de dor e todos olharem para elas.

- Pqp! Ai, Desculpem! – Ficou vermelha e abaixou a cabeça olhando feio para a irmã que gargalhava.

- Isso e para você aprender a não me amolar mais.

Depois do acontecido a aula continuou normalmente sem interrupções, ao fim da mesma todos os alunos saiam de suas salas e se direcionavam para a saída ou a lanchonete da universidade, Fiorella saiu da sala falando ao celular, conversava com uma de suas assistentes quando se deparou com várias folhas na parede estampando seu rosto e da menina de mais cedo que havia esbarrado, na hora sua única atitude foi de simplesmente ficar de boca aberta olhando chocada tal babaquice.

Já Melissa quando presenciou ao lado de sua irmã as fotos, ficou sem reação e encheu os olhos de lagrimas, na folha além da foto das meninas tinha frases ofensivas, quando a morena notou que a loira estava a alguns metros de distância da mesma forma que ela, sentiu na mesma hora a vergonha tomar de conta.

Fiorella desligou o celular na cara de sua assistente de marketing e se aproximou pegando um dos papeis que estava grudado na parede e começou a ler, quando viu tais absurdos teve um surto começou a gritar e exigir que a pessoa que tivesse feito aquilo aparecesse, Melissa se sentiu tão mal por vê-la, transtornada pensando que sentia vergonha de ter caído sentada no colo de uma cadeirante que simplesmente saiu empurrando sua cadeira com dificuldade a ponto de cair no chão e as pessoas envolta ficarem rindo, a loira correu para perto dela, enquanto Mônica tentava arrancar todos os cartazes da parede.

- Você está bem? – a loira olhava preocupada para a menina caída na sua frente, tentando verificar se havia machucada alguma coisa, enquanto Mônica se aproximava super irritada.

- Mana fala comigo? Está tudo bem contigo? – Mônica olhou para Melissa desesperada e viu um filete de sangue escorrendo da testa da menina, a loira que percebeu também na mesma hora simplesmente pegou a menina nos braços e andando em direção a saída.

- Pega as coisas dela e a minha, a gente precisa levar ela para o hospital. – Essa hora melissa chorava com a cabeça encostada no ombro da mulher sem se importar se molharia ou sujaria de sangue.

- Só a coloca no meu carro, eu me viro com ela, e aquele corsa branco. – Quando terminou de falar, viu a patricinha parando e lhe olhando.

- Você não quer que eu lhes acompanhe para ajudar em algo?

- Não precisa eu me viro com ela. – Passou pela loira abrindo a porta do carro para que pudesse colocar Melissa, e assim ela fez, por fim entregou a bolsa dela, e deu a volta no carro colocando a cadeira no porta malas e entrando no mesmo.

A loira observava tudo sem dizer nada, ficou preocupada com a menina, que chorava e reclamava de dor, ficou parada até que elas se afastassem, virou e entrou novamente na faculdade arrancando todos os cartazes que via em sua frente e indo para a sala de fotografia da instituição, entrou sem bater e se aproximou rapidamente de dois jovens que conversavam e riam de alguma besteira.

- Ricardo se eu vir amanhã tiver alguma foto minha ou daquela menina circulando por essa faculdade ou nas redes sociais pode ter certeza que sua vida vai virar um inferno, e vou mover céu e terra para que nenhuma empresa te contrate. – Gritava todas as palavras enquanto empurrada o rapaz com o dedo apontado em seu peito sem desviar os olhos dos dele, isso era uma marca registrada de sua família, sempre tratar seus inimigos a altura, sem ter medo de nada, por fim virou e caminhou até a porta com uma classe terrível, deixando o rapaz atordoado e o outro rindo da sua cara.

A mulher saiu da faculdade estressada, não teve nem cabeça para ir na empresa, chegou em casa subiu para seu quarto se trancando no mesmo e deitando na cama, pensando na loucura que tinha acontecido, como tudo poderia acontecer em um mesmo dia, acabou adormecendo depois de um tempo pensando.

No carro de Mônica a pequena Dellaye chorava deixando sua irmã cada vez mais preocupada com a situação.

- Mônica para em uma farmácia por favor, compra gases e algumas coisas que precise estancar esse sangue, mais não me leva para o hospital por favor, quero ir para casa.

- Mas eu não posso fazer isso, e se foi fundo? Mel alguém tem que olhar isso. – Falava preocupada.

- Olha você! Só me leva para casa por favor. – Com isso o assunto cessou e a menina fez o que a irmã lhe pedia.

Quando chegaram em casa Mônica cuidou de sua irmã e lhe deu um remédio para dormir, odiava vê-la assim, o pior momento da vida delas foi quando Melissa sofreu o acidente e passou dias internada em um hospital entre a vida e a morte, foi pura sorte ela ter sobrevivido.

Resolveu fazer suas coisas enquanto ela dormia, teria que explicar para seus pais o porquê do machucado na testa de Melissa, por volta das oito horas da noite o jantar foi anunciado, a pequena Dellaye recusou, pelo menos por hora não precisaria dá uma desculpa qualquer para os pais, teria até no dia seguinte para isso.

Na Mansão da família Milstein, Fiorella acordava para jantar com seus pais, conversaram coisas do cotidiano e ela chegou a comentar sobre o ocorrido na faculdade, mais seu pai não deu muita atenção, pois sabia bem que sua filha resolvia seus problemas do jeito que foi ensinada desde pequena, quando o jantar terminou decidiu dá uma volta de carro, rodou por quase duas horas algumas partes da cidade, quando parou no sinal e olhou para o lado teve a impressão de sentir a presença da menina da faculdade perto, só percebeu que o sinal tinha aberto quando os carros começaram a buzinar.

Em seu quarto Melissa acordava com o barulho de buzina na esquina de sua casa, se aproximou da janela para observa, na hora em que o carro de Fiorella passava, ela ficou olhando e imaginou que seria um sonho, fechou a janela e a cortina e voltou para cama, já a loira seguiu para casa e logo que chegou tomou um banho quente e foi dormir.

--------------------------------------------------------------*-----------------------------------------------------------------

Mais um capítulo postado, será dois por dia, espero que a história possa despertar curiosidades em vocês, deixem comentários e curtam bastante,  beijos, até breve.

Faça uma colaboração  para a autora, não precisa ser um valor alto, meu pix: 00714175242

Na trilha do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora