Iniciando os trabalhos

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Era sábado, cinco dias depois de Hongjoong pedir ajuda com o trabalho que San prontamente aceitou em ajudar. Por algum motivo milagroso os dois tinham o dia livre. Hongjoong lhe garantiu que não iam gastar tanto tempo, mas San resolveu ir para o apartamento do mais velho logo depois do almoço mesmo assim. Aí teriam a tarde inteira juntos, e é melhor prevenir do que remediar, nunca se sabe o que pode dar errado.

Após chegar no apartamento, que era surpreendentemente perto da faculdade, San checou mais uma vez o endereço antes de apertar o interfone na entrada do prédio. Ele escutou o bipe algumas vezes antes de ser atendido.

— Quem é? — apesar do chiado do aparelho, San conseguiu identificar que era realmente Hongjoong.

— É o Sannie.

— Vou abrir a porta para você.

A porta antes trancada fez um CLACK e se abriu para San.

— Consegui entrar. Obrigado.

— A porta de casa está destrancada. Pode entrar quando chegar aqui.

San entrou no prédio e subiu o elevador as escadas até cara a cara com a porta do apartamento de Hongjoong. Respirou fundo algumas vezes e entrou, mas não sem antes bater na porta para anunciar sua presença.

Era bem... diferente do que ele imaginava. Não era um apartamento longe de ser grande, mas poderia até mesmo ser considerado aconchegante se San conseguisse ver algo além da bagunça que ocupava a sala.

— Oi, entra. Te prometo que a minha casa é um pouco menos bagunçada normalmente.

Ele gostaria de entender como o outro poderia ter tanta coisa em um apartamento que era praticamente um único cômodo. Ele olhava de um lado para outro e suas mãos coçavam de vontade de mexer nos itens para descobrir um pouquinho mais sobre seu hyung. Controlar sua curiosidade nunca tinha sido seu forte.

Hongjoong estava sentado no chão debruçado sobre alguma coisa que tentava arrumar, cutucou o objeto um pouco mais antes de se levantar e ir receber San que continuava parado à porta.

— Digamos que eu venho enrolando com esse projeto há bastante tempo. Bem vindo à caverna Kim — disse e recebeu San com um abraço antes de conduzir ele para dentro e fechar a porta.

A sala pequena estava coberta de tecidos, caixas e trecos. Hongjoong não tinha lhe dito exatamente o que iam fazer ali, mas ele disse que seriam fotos para dois temas diferentes, então imaginava que a pilha de coisas rosa no chão seria para uma, e a pilha de coisas pretas para a outra.

— Então, o que a gente vai fazer?

Hongjoong tinha voltado para seu lugar empertigado no chão, segurava um arranjo de flores cor-de-rosa e brigava com uma rosa para deixá-la no lugar, mas ela insistia em cair e voltar para onde estava. A cara que Hongjoong fazia alí era a mesma que fazia quando estava desenhando em seu lugarzinho na arquibancada. Concentração. San chegou uma caixa para o lado e se sentou no sofá.

— Então, — começou sem tirar as mãos do seu trabalho — meu objetivo é o seguinte: capturar diferentes emoções humanas, mostrar algumas faces diferentes da natureza humana.

— E eu vou ter que mostrar as diferentes emoções?

— Sim, porque você é ridiculamente expressivo.

— Sou?

— Sim.

— Se você diz... então o que eu vou ter que fazer?

— Eu não tenho direções específicas para você ainda, prefiro trabalhar à medida que a inspiração vem. Esse não é um trabalho tão grande ou complexo assim, então pode ficar tranquilo. Um dos objetivos dele é fazer com que a gente experimente algo novo.

amor cor de rosa • hongsanOnde histórias criam vida. Descubra agora