Capítulo 27

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O Mathew parou o carro e pediu que mais uma vez eu colocasse a venda. E assim o fiz e dessa vez sem reclamar tanto.

-Eu não gosto de surpresas, sabia? -perguntei a ele. Acho que estava ridícula com essa coisa no rosto.

-Eu imaginei isso, na primeira vez em que lhe pedir que colocasse a venda. -ele disse rindo. -mais garanto que valerá apena.

-Me diz aonde vamos. Eu faço cara de surpresa quando chegarmos lá.

-Ei, isso é trapaça. Não pode. Quando chegar lá você verá. Já estamos chegando.
O que você mais gosta de comer? -ele me perguntou e pude ouvi ele dando uma risadinha.

-Pizza. Amo pizza. Pizza é muito bom.

-Pizza? Sério? -ele me perguntou.

-Sim. Por que? Você não gosta?

-Ta brincando? Tem como não gostar de pizza? Eu amo pizza. -ele disse, sua voz parecendo muito empolgada.

-Você não vai acreditar... Tem sim, pessoas que não gostam de pizza. Conheço uma.

-Sério? Nem posso acreditar nisso. Quem é?

-Bom.. meu pai. Ele não gosta de pizza. -eu disse, desanimada. Por que eu tinha que tocar nesse assunto?

-Ahh, só podia ser seu pai. Ótimo, chegamos! -ele anunciou. Saiu do carro, abriu a porta do lado em que eu estava, e me pegou no colo. Mais uma vez.

-Até que enfim!

-Pode tirar a venda.

-Ahh, obrigada! -ele tirou a venda de mim -estava ficando cega e... Nossa! Que coisa linda. -estávamos em um jardim. Muito lindo.

-Você não saí de casa? Esse é o Vondelpark, o lugar mais frequentado aqui.

-Não, eu não costumo sair. Vim aqui com meus pais, mas faz muito tempo, acho que eu tinha uns 3 aos de idade. Desde que meus pais se separaram não vim mais aqui. Me lembra momentos bons sabe? Porém que não gosto de lembrar, pois sinto falta. -meus olhos encheram-se de lágrimas. Lá estava aquela manteiga derretida de volta.

-Ei, calma! Eu tenho certeza que as coisas irão se acertar em sua família. Pra tudo tem um jeito. -ele disse vindo até a mim e abraçando-me. Não aguentei e desmoronei. Com ele ao meu lado, eu não precisava ser forte o tempo todo, com ele ao meu lado, eu não me importo em enxugar essas lágrimas que estão rolando em meu rosto. Doía muito, me lembrar de como a minha vida era. De como éramos uma família feliz, até o momento de meu pai enganar a mim e minha mãe e tudo desabar.

-Isso nunca vai acontecer. Eu não o quero mais como pai. Estou chorando, mais não é por senti falta dele e sim por senti raiva. Por tudo que ele fez a mim e a minha mãe -todas as noites que choro, por lembrar dele, tento enganar-me com essa mentira.

-Anny, pare de querer enganar a si mesma, porque a mim, nem adianta tentar. Pois você sabe que isso é mentira. Você sente falta de seu pai. Diga isso pra si mesma. Pois você não me engana, aliás, você não engana ninguém, isso esta estampado na sua cara. Grite! Grite isso para o mundo. Aproveite que estamos em um lugar afastado. Onde não conhecemos ninguém. Grite! -olhei ao meu redor. Tinha poucas pessoas, mais nunca as tinha visto, então qual a chance de vê-las outra vez? Nenhuma.

-EU SINTO FALTA DO MEU PAI! -eu gritei.

-Grite mais alto, Anny. -ele disse se aproximando de mim. E me levando até a beira de um pequeno lago que existia.

-EU SINTO MUUUUITA FALTA DE MEU PAI! Sinto falta de quando éramos uma família feliz, de toda vez que ele lia histórias pra mim antes de dormir. Dos abraços dele. Dos beijos... e.. de toda vez que ele dizia que me amava. -nesse momento já estava chorando demais. Lágrimas e lágrimas rolavam em meu rosto.

-Isso baixinha. Vem aqui. -quando me virei, ele tirou uma foto minha.

-Haam.. O que você esta fazendo? -eu perguntei, enxugando as lágrimas.

-Estou apenas tirando uma foto desse seu momento chorosa. Estas tão linda, baixinha! -ele veio até a mim e me abraçou. Naquele momento me sentir protegida. Me sentir segura em seus braços então apenas, aproveitei e retribuir o abraço.

-Bom, temos que ir! Não quero que sua mãe pense más coisas sobre mim. Nosso primeiro encontro, não posso levá-la tarde pra casa. -encontro? Ele disse encontro? Okay. Foco, Anny.

-Okay! Vamos. -fomos a estrada toda brincando, conversando. Eu me sentia realmente bem ao lado dele. Se um dia eu chegasse a casar, seria uma pessoa assim que eu iria querer ao meu lado. Ham? Estou pensando isso? Nem creio. Chegamos, me despedi dele e subi. Chegando dentro de casa, lá tinha três pessoas me esperando ansiosas e com os olhos arregalados. Anny, prepare-se para uma desculpa. Caso contrário o interrogatório será enorme. Foi isso que eu pensei, quando abri a porta e vi aqueles pares de olhos arregalados, na minha direção.


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Gente espero que tenham gostado. Não esqueçam minhas estrelinhas.

Por favor, não me matem. Demorei dois dias para postar, mais estou aqui novamente. Alguns problemas básicos. Provavelmente mais tarde tem mais um ou dois capítulos.

Bay! Beijos e cheiro.

Chega de mentiras!Onde histórias criam vida. Descubra agora