Capítulo 28

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Acordo e pego meu celular -como sempre-, mas dessa vez esta descarregado. Me viro e tem um ser todo descabelado ao meu lado. Tomo um susto.

-Aí meu Deus! Que coisa é essa? -digo me afastando e acabo caindo da cama e continuo sem reconhecer quem esta ao meu lado. O ser desconhecido me olha eu grito primeiro e ela grita depois, em seguida começamos a gritar juntas. -a Melody e minha mãe chegam ofegantes, acho que assustei elas.

-O que diabos esta acontecendo aqui? Ai meu Deus, Andresa querida, arrume seu cabelo. Esta todo em seu rosto e fica meio complicado lhe reconhecer assim. -minha mãe disse, se segurando muito para não ri. Porém não tinha graça, aquilo era totalmente assustador.

-Essa coisa horrível é a Andresa? -perguntei.

-Ah, foi por isso que você gritou Anny? Já estou acostumada a acordar e me deparar com essa cena, as vezes, acho que ela faz de propósito. Pois a noite ela esta dormindo em um dos quartos de hóspedes e quando acordo ela esta bem ao meu lado, dessa forma. Toda descabelada. -a Melody disse, na maior tranquilidade. Me levantei do chão, minha carne ainda tremia do susto.

-Andresa o que você esta fazendo aqui? Você tinha um quarto todo para você, uma cama. Por que, veio dormir comigo?

-Bom... nada! -ela olhou para todas nós e continuou- Eu só não gosto de dormir sozinha. Por isso vim dormir com você.

-Acho que deu pra perceber que você não gosta de dormir sozinha, mais por quê você veio dormi logo comigo? -os olhos dela se encheram de lágrimas. Fiquei sem entender nada. E minha bunda estava doendo, pela queda que tomei.

-O que houve Andresa? Algo esta te incomodando? -minha mãe disse se sentando na cama ao lado dela e colocando uma mecha de seu cabelo pra traz da orelha.

-É que.. eu tenho pesadelos... Mais não é nada demais. -ela disse se levantando e forçando um sorriso. Será que a Andresa também... Não. Deve ser outra coisa. -vou tomar um banho que pelo visto estou muito descabelada. -ela me olhou e os olhos dela estavam pedindo socorro! Pedindo para ajudá-los a sair dessa situação. Então fiz o que qualquer amiga de verdade faria, os ajudei.

-Também acho. Minha bunda esta doendo por sua causa. -forcei o sorriso mais natural que pudi. -ela olhou pra mim e seus olhos me agradeciam.

-Desculpe Anny! Vou tentar não lhe assustar mais. E eu não estava tão bagunçada assim. Sou linda de qualquer das formas. -ela sorriu e eu também- gente, eu preciso tomar banho e será aqui no quarto da Anny!

-No meu quarto? Okay. Mas não se acostume, mocinha. -minha mãe e a Melody saíram do quarto e eu fiquei com a desculpa de que ia pegar uma roupa. Verifiquei pra ver se elas já tinham descido.

-O que você tem? Com que você sonha? -puxei-a pelos braços e me sentei na cama, ela fez o mesmo.

-Anny, eu ainda não estou pronta para falar sobre isso. Mais sim, é sobre o que você esta pensando. -ela começou a chorar... eu não podia acreditar que a Andresa também sofria com isso. Não podia acreditar que os monstros também a incomodava. Tínhamos uma ligação forte. Nossos monstros eram os mesmos e o mais importante: ela assim como eu, sofria calada.

-Deza, não fique assim. Olha se serve de consolo, eu tenho os mesmos monstros que você e eles também, insistem em vir me assustar. -eu disse enxugando as lágrimas dela e me controlando para não chorar.

-Vamos parar com esse clima né? Vou tomar um banho. -Andresa disse e saiu. Sem me deixar falar nada. Apenas saiu. Entrou no banheiro e foi tomar seu banho. Dava pra ouvir ela chorando do outro lado da porta, ela chorava de soluçar. A Andresa era como eu. Sofria calada. Porém eu sabia que isso não era o certo. Sair como se nada tivesse acontecido e fui até o banheiro, também tomar um banho. Deitei na banheira e fechei os olhos, os monstros voltaram. Rapidamente abrir os olhos novamente, terminei meu banho e fui tomar o meu café da manhã.

-Gente, que fome. O que tem para o café? -perguntei e minha mãe e a Melody começaram a rir. Fiquei sem entender nada.

-Você sabe que horas são, pra ficar querendo tomar café? -a Melody disse, rindo. Olhei para o relógio da cozinha e eram 13:50. Uau! Acordei tarde.

-A culpa não é minha, a culpa é de vocês. Ficaram me fazendo mil perguntas ontem, até tarde. -só não falei para elas, a respeito do beijo. Mais sem ser isso, respondi todas as perguntas.

-O que você queria? Seu primeiro encontro. Tínhamos que saber de tudo. -minha mãe disse.

-Não foi um encontro. Foi um jantar de amigos. -eu disse, mas nem eu mesma sabia se isso era verdade.

-Mais deveria começar a namorar logo com o Mathew, ele é gatinho e cavalheiro. Abriu a porta do carro para você. Os homens hoje em dia, não fazem mais isso, querida. Você ganhou na loteria e nem sabe. -a Andresa disse, enquanto entrava na cozinha e pegava uma torrada que já estava pronta no prato e que era minha.

-Eu já disse que não penso em namorar por agora. E o Mathew não chama a minha atenção. -que mentira mais lavada. -mais mudando de assunto o que vamos fazer hoje?

-Pensei em irmos ao parque. Fazer um piquenique. O tempo esta bonito e estamos todas reunidas. O que vocês acham? -minha mãe disse, animada parecendo uma adolescente.

-Nós topamos. -a Andresa respondeu por todas. Mais veja se pode? Que atrevida. Mas ela tinha razão. Seria uma boa ideia. Nos preparamos e saímos, fomos todas no carro da minha mãe. Chegamos e tinha algumas famílias, brincando, correndo pelo parque. Procuramos um lugar com menos movimento e arrumamos as coisas, embaixo de uma árvore. O céu estava limpo, era pra eu ter trago umas telas pra poder pintar. Eu amo pintar e as pessoas dizem que mando bem nisso. Tirei algumas fotos apenas, para me lembrar da imagem de como o céu estava lindo, os raios solares... Depois deixei o celular de lado. Aquela tarde seríamos apenas nós. Nada de celular, homens ou coisas parecida.

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Finalizo o capítulo aqui, gente. Espero que gostem.

Votem e comentem.

Bay! Beijos e cheiro. ♥

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