Capítulo 50

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Não esqueçam minhas estrelinhas e comentem, gente. Gosto de saber o que estão achando.

Espero que gostem. E mais uma vez, deixem minhas estrelinhas. Me ajude, não seja um leitor fantasma. ;) Estrelinhas e comentários me alegram.

*****

Anny on'

Quando chego ao jardim, corro... Corro muito em direção as árvores. Não quero que me achem. Não quero ter que falar com ninguém, muito menos com o Mathew, estando na situação que estou. Namorando com um e arriada pelo outro.

O que fazer? Penso por horas, enquanto ando. Sigo um caminho que não conheço, mas isso, no momento é bom. Quanto mais distante eu estiver melhor será. Sei que talvez os deixarei preocupados, mas não posso voltar sem saber o que irei fazer. Desejei tanto que o Mathew estivesse aqui na fazenda comigo e agora que ele está, olha o que estou fazendo. Fugindo. Não sei o que esse menino tem, mas sei que ele meche muito comigo.

Paro e sento em uma pedra, aonde é perto de uma cachoeira.

"Mathew, não queria que nada disso estivesse acontecendo".

Penso. E realmente eu não queria. Muito pelo contrário, eu queria estar nos braços dele, gostaria de estar o beijando e dizendo o quanto sinto a falta do seu cheiro e do seu jeito. Mas e o Ákila? O que faço com ele? Não posso deixa-lo apenas porque o Mathew apareceu. Ou posso? Eu deixei claro para ele que não o amava. E que isso tudo seria uma loucura. Mas ele insistiu que me faria esquecer o Mathew. Eu fui sincera com ele. Mas será que mesmo assim, eu posso deixa-lo? Calma ai.. Por que estou pensando isso? Nem sei exatamente o que o Mathew veio fazer aqui. Talvez ele veio apenas conversar algo com a Andresa ou com a Melody. Afinal, quando eu sair da cidade e vim para cá, estávamos brigados. O Mathew não queria me ver, nem pintada de ouro. Então o que será que ele veio fazer aqui? Bom, não sei. Mas não vou sair daqui. Irei ficar aqui até escurecer. Pois, provavelmente a esse horários ele já deverá ter ido embora. Resolvo então, banhar na cachoeira, não estava com roupa de banho. Mas, o que importa? Estou sozinha aqui, e estou com calor, pois enquanto eu vinha para cá, eu não andei. Praticamente corri. Ofeguei e suei bastante. Um banho é uma ótima ideia.

Olho ao meu redor, verificando se de fato, estou sozinha e chego a conclusão que sim. Não ha barulho nenhum, a não ser dos pássaros cantando. Entro de uma vez na água, e esta uma delícia. Encosto a minha cabeça em uma pedra e fico pensando na minha vida, mas uma vez a imagem do Mathew vem a minha mente.

"Como estaríamos agora, caso não tivéssemos brigados?" Pergunto pra mim mesma. Será que estaríamos namorando?

"Claro que sim". Algo dentro de mim responde. Claro que não, retruco. Estou doida, falando sozinha. Será mesmo que o Ákila e eu, ficaremos juntos? Ele sabe que gosto do Mathew. Mas disse que ia lutar por mim, ele é uma ótima pessoa. Se preocupa comigo e cuida de mim. Parece um anjo. E sempre que nos desentendemos ele quem vem atrás de reconciliação, mesmo sendo eu a errada. Ao contrário do Mathew. O Mathew não é orgulhoso, porém não dar o braço a torcer quando não esta errado. E ainda sinto falta dele. Mas vou fazer de tudo para esquece-lo. Não sei como. Mas vou. E sei que o meu mais novo namorado, que realmente gosta de mim, ele vai me ajudar. Espero ser feliz ao lado dele. Paro de pensar e apenas relaxo. Fico olhando o céu e a natureza... E esta tudo muito lindo. O céu azul, as árvores e os pássaros cantando.. Eu me acostumaria a morar aqui. Muita paz, tranquilidade.. Coisas boas.

Ouço passos e fico assustada.

Olho ao meu redor, mas não vejo nada. Só então percebo, esta ficando tarde. E eu nem se quer, sei se conseguirei voltar para a fazenda. Não sei se lembro o caminho em que cheguei até aqui. Ou melhor, não reparei quando estava vindo. Ouço um barulho e mais uma vez parece ser passos de alguém.

-Quem... Quem esta ai? -pergunto, mas não obtenho resposta alguma. O barulho para e parece que estou sendo observada. Odeio esse sentimento de medo que estou sentindo. Odeio ficar com medo. Saio da água e visto minhas roupas. Sem tirar os olhos de tudo a minha volta.

"Anny, você é muito burra. Como você vem pra um lugar que nunca tinha visto antes e ainda sozinha?"

Penso e mais uma vez o barulho de paços, o barulho de alguém andando volta a me atormentar.

"Deve ser apenas algum animal".

Penso mais uma vez, enquanto tento me tranquilizar. Mas não consigo ficar tranquila. Por algum motivo, não consigo mexer meus pés. Minhas pernas não obedecem ao comando do meu cérebro. O medo esta falando tão mais alto, quem meu cérebro não pode se quer, transmitir o meu comando. Que no caso, era sair daquele lugar correndo. Sem olhar para trás. Apenas correr, até minhas pernas realmente não estiverem aguentando. Mas não, ao invés disso, fico parada igual uma besta. Se tivesse um assassino ali, com toda certeza e sem sombras de dúvidas eu já estaria morta. Pois não conseguiria correr.

Mais uma vez, o barulho volta. E o pior, não tem como eu dizer para mim mesma que, deve der algum animal inofensivo. Pois o barulho esta muito parecido com passos. Passos de alguém. Espero porém que, o fato desse lugar ser afastado e não ter nenhuma casa ou sinal de vida por perto, não queira dizer que seja lá, quem for que esteja de aproximando seja uma mal pessoa. Espero que, assim como eu, quem estar de aproximando, tenha apenas saído de casa, querendo se distrair. Mas, as possibilidades disso? Nenhuma. Além do mais, eu sair de casas cedo e esse não é horário de alguém vim para deste lugar, tão afastado. Quer dizer, não alguém com boas intenções. O barulho dos passos, estão ficando mais pertos e percebe-se que não é apenas, um par de pés. Ou seja, tem mais de uma pessoa.

"Espero que seja a chapeuzinho vermelho".

Digo, baixinho pra mim mesma . E só agora percebi o quanto estou com medo, pois minha voz saiu falhada. Os passos estão chegando mais perto. Estou com medo. Me escondo em alguns arbustos, quando escuto vozes.

-Ele achou que ia fugir... -alguém diz e depois ri.

-Porém ele não sabe o que esta a sua espera. Vamos acabar com você hoje. -uma outra pessoa diz. E só então, vejo o grupo de pessoas. E se eu já estava com medo, agora estou com mais medo ainda. Pois tem um garoto amordaçado, com cerca de 20 anos de idade. E tem quatro homens ao redor dele e todos esses homens estão armados. Meu coração disparou ao ver essa cena.

Eles param e começam a conversar algo baixo e afastado do garoto.

O que faço? Ai meu Deus. Como ajudar esse garoto?

Enquanto estou pensando, sou surpreendida.. Alguém tampa a minha boca com as mãos. Tento gritar, porém minhas tentativas foram em vão.

Deus, me ajuda.







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