Capítulo 37

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Acordei e fiquei na esperança, de tudo que aconteceu ontem, ter sido um sonho. Olhei no celular e eram 04:27. Como assim, em? Acordei muito cedo!

Peguei meu notebook, fui para a janela e comecei a escrever meu livro. Eu sabia que não iria consegui voltar a dormi.
Depois de ter escrito quatro capítulos, me assustei com um barulho. Olhei em volta do meu quarto e o barulho estava vindo da Andresa. Ela estava tendo algum pesadelo. Coloquei meu notebook na cadeira e fui correndo até ela.
-Deza, acorde meu amor! -sussurrei, para não assustá-la ou mesmo, para não acordar a Melody, que roncava profundamente. Porém ela não acordava. Estava gemendo, o pesadelo, parecia ser muito feio. Eu preciso acordar ela, ter pesadelos assim, é horrível, eu bem sei disso.
-Deza... acorde! -comecei a balança-la de um lado para o outro, até que, efim ela acordou. Me olhou assustada e começou a chorar.
-Anny... eu... eu... tive... um pesadelo... horrível! -Andresa estava soluçando de tanto chorar. Tomei-a em meus braços e a abracei forte.
-Pshiii... calma amor, estou aqui. Calme! Foi só um pesadelo. -fui a acalmando.
-Anny... e-eu esto-tou, com me... medo. -aquilo estava me deixando horrível, eu não sabia o que fazer ou o que dizer. Eu sabia o quanto era horrível, tudo aquilo!
-Calma, meu anjo! Estou aqui. Fique calma. Venha, vamos até o jardim. -eu a enrolei na coberta, e a ajudei a descer as escadas. Abri a porta com cuidado, para não assustar ninguém. A coloquei deitada, no jardim, e ela colocou a cabeça em meu colo. Comecei a fazer carinho, na cabeça dela. Depois de alguns instantes, ela quebrou o silêncio.
-Anny... me... me desculpe. -ela ainda estava soluçando.
-Ei, moça. Você não tem nada que se desculpar. Estou aqui e sempre estarei.

-Anny, é tão horrível... eu... tenho tanto medo! E... e a cada.. dia, fica pior.
-Deza, amor, você precisa ir a um psicologo. -disse, mostrando todo carinho possível, eu não queria assustá-la. Eu sei como se sente uma pessoa, que tem pesadelos tão intensos, quando acorda. Ficamos tão assustadas. Temos medo.
-Anny, eu não posso! Tenho, medo sabe? Meus monstros não me deixam. Esses pesadelos, voltam toda a noite.
-Então, querida... é isso que quero lhe dizer. Para você melhorar, precisa de um psicologo. Minha mãe pode lhe ajudar, se você quiser. Eu sei que ela estará disponível, cada vez que você precisar. Nós lhe amamos, meu anjo! Muito e muito.
-Anny... pare! Por.. por favor. -ela começou a chorar novamente. Eu não entendo. O que eu falei de errado?
-O que foi, Deza? Eu falei algo de errado? -eu não sabia de fato, o que eu tinha feito ou falado de errado.
-Anny... vo-você, não fez nada de errado. Mu-muito pelo contrário, você esta se-sendo uma ó-ótima amiga. -ela chorou ainda mais.
-Eu te amo! Não fique assim, você tem a mim, a Melody, minha mãe, sua família... você tem muita gente que lhe ama! E que pode lhe ajudar. Você não pode passar por isso sozinha. Deixe a gente lhe ajudar.
-Anny, eu não quero dar trabalho a ninguém. Muito pelo contrário. Eu quero ajudar.
-Andresa, como você quer ajudar alguém, quando na verdade, você mais que ninguém esta precisando de ajuda?
-Anny... dia após dia, eu tenho medo de dormir. Porque sei, que a cada noite, a cada vez que eu fechar meus olhos, eu vou ter pesadelos... -Andresa passa pela mesma coisa que eu. Mas, o que será que a assusta tanto?
-Deixe a gente nos ajudar. -eu implorei a ela.
-N-não sei...
-Por favor, Andresa! Eu não posso deixar você ficar sofrendo. Sabe como vou me sentir, por saber que você sofre dessa forma e eu estou parada, sem fazer nada? Vou me sentir pèssima. Deixe-nos ajudar você. Eu te peço.
-Tu-tudo bem, Anny! -estava sentindo tanta pena da Andresa. Eu nunca a tinha visto daquela forma. Ela aparenta ser tão feliz, tão extrovertida. Mas, na verdade, quando ela esta sozinha, os seus monstros voltam e a assustam.
-Ok. Vamos aproveitar que hoje é quarta, feriado, (amanhã e depois também não terá aula) e vamos resolver esse seu problema. Vamos falar com a minha mãe, hoje, tudo bem? E com a Melody, também, e com seus pais...
-Não, meus pais não. -ela me interrompeu.
-Mais seus pais, precisam saber!
-Não, Anny. Por favor-ela começou a chorar novamente -meus pais não.
-Calma, calma.. tudo bem! Não vamos falar com seus pais.
-Pro-promete?
-Sim, meu amor! Eu prometo. Agora, seque essas lágrimas. Hoje o dia será longo. -assim ela o fez. Secou as lágrimas.
-Vamos entrar... aqui, esta frio! -ela disse, dando um sorriso forçado.
-Ok. Vamos, entrar! -a envolvi bem forte na coberta, e a ajudei a ir para dentro. Andresa estava fraca! A coloquei sentada no sofá, fui lá em cima pegar o meu celular e o notebook e desci logo em seguida.
-Tome. Escrevi alguns capítulos hoje, veja o que acha. Vou fazer o café da manhã.
-Hamm, ok. Tenho certeza que vou amar. -olhei a hora em meu celular, eram 05:55. As horas passaram rápido.
Fiz um bolo de chocolate, suco, algumas torradas e chocolate quente. Acabei e fui acordar as pessoas que ainda estava dormindo.

Andresa on '

Acabei de ler o livro da Anny, e uau! Ela escreve muito bem! Eu não sabia sobre esse dom dela. Sei que ela sabe desenhar muito bem, mas definitivamente não sabia que ela era tão boa no que se referia a escrever um livro. Claro, eu sabia que ela mandava bem escrevendo, já vi vários textos dela, várias mensagens que ela fazia em tempos de aniversários, mas eu nunca a imaginei escrevendo um livro. Cara, estou tão surpresa por isso. Ela mandou bem demais. Tudo. Muito. Lindo.
   Mudando de assunto, tem algo que me incomoda, essa conversa que teremos com a mãe da Anny. Eu não quero dar dor de cabeça a ninguém. Não mesmo. Lá vem a Anny. Preciso parecer natural.
-Estou amando o livro, Anny! -dei um sorriso forçado, porém achei que mandei bem quanto a fingi.
-Andresa, você não me engana. Não mais. Esta preocupada com alguma coisa. -ela disse se sentando ao meu lado e me entregando a bandeja de café da manhã.
-Sim. Estou com medo, Anny. Nunca conversei com ninguém a respeito e tenho medo de fazer isso agora.
-Eu lhe entendo, Andresa. Mais dará tudo certo! Bom, eu já acordei as belas adormecidas. Estão tomando banho e daqui a pouco estarão aqui.
-Que horas são? -perguntei a Anny, que estava olhando o celular, eu sei que ela estava esperando receber um sms ou uma ligação.
-Ham.. são 06:30. E pare de me olhar dessa forma. Coma logo.
-Tudo bem, tudo bem, mandona! -me assustei, com a Melody descendo as escadas. Minutos depois veio a mãe da Anny.
Em questão de meia hora, todas nós já tínhamos tomado café, e estávamos sentadas frente a frente.
Começamos a conversar...

****


Oi, gente. Como estão? Espero que bem.. rsrs

Bom, esse capítulo não foi falando sobre a Anny e o Mathew, mas se preparem para o próximo.

Haaaa, e o que será que assusta, tanto a Andresa, em?  Comentem!! 

(A menina da foto é a Andresa, não pra ver direito. E era isso mesmo que eu queria. Rsrs)

VOTEM E DIVULGUEM. PLEASE! 

Bay! Beijos e cheiro. 

Chega de mentiras!Onde histórias criam vida. Descubra agora