Capítulo 53

112 12 8
                                    

Você gosta de dar estrelinhas antes de começar a ler? Então estou aqui lhe lembrando  ;)

.................

  

-Acorde, por favor acorde. -sussurro.   


..........

O Guilherme leva o algodão com álcool até o nariz do garoto. Mas ele não se meche. Não diz nada. Da mesma forma que ele estava, ficou. 

-Isso não é bom,  não é nada bom.  -Guilherme diz. 

-Tente novamente. -Melody pede. 

-Vou tentar a última vez, porque ele não pode inalar tanto isso. Até porque ele está muito fraco. E não pode ficar sentindo esse cheiro tão forte.

O Guilherme leva mais uma vez, o algodão até o nariz do garoto, porém dessa vez ele espera por um pouco mais tempo que da vez seguinte. E então o garoto meche as pálpebras. Acho que na tentativa de abrir os olhos, mas ele não consegue. Além do mais, ele perdeu muito sangue. 

-Ele está reagindo. -Guilherme diz. -Venha, me dê as toalhas, a água morna e os curativos. Precisamos limpar antes que isso infeccione. -Guilherme começa a limpar. E em seguida coloca os curativos necessários. 

-Ele vai ficar bem? -Andresa pergunta, surgindo do alto das escadas. Nem tinha visto que ela tinha passado por aqui. 

-Como está a Anny? -corri até ela. Ignorando por completo a pergunta que ela havia feito. 

-Ela estava muito assustada. Sei que essa cena não é algo que se ver todos os dias, mas isso deixou a Anny abalada demais. Não é normal. Tive que dar alguns calmantes á ela, para que dormisse. Mas, vocês não me responderam, ele vai ficar bem?

-Acho que apenas o Guilherme pode lhe responder isso. -abrir caminho para que ela fosse até ele. Então todos nós ficamos encarando o Guilherme em busca de resposta. 

-Gente, eu não quero assustar vocês, de verdade. Mas o garoto perdeu muito sangue mesmo. E sem contar que ele, esta muito fraco, não apenas por ter sido baleado... mas parecendo que não se alimenta a dias. Porém eu não sou especialista nisso. Espero que seja apenas impressão minha.

-Também espero. -sussurrei. 

-E agora, você vai nos dizer como tudo ocorreu? Além do mais, você foi procurar a minha amiga e voltou com um cara baleado e com uma Anny em pedaços. Completamente assustada. Você deveria aprender a encontrar apenas o que procura sabia? -Andresa e seus comentários. Sei que ela estava tentando quebrar esse clima tenso, então apenas forcei um sorriso. 

-Bom, tudo começou quando eu achei a Anny e... -então comecei a contar tudo que tinha se passado, pulando a minha conversa com a Anny, claro. 



Anny On' 

Não sei o que me deu. Não consegui me mexer. Uma lembrança veio a minha mente. Lembrança de alguém que aparentemente eu deveria conhecer. Mas não me lembro. O que ocorreu? Na minha cabeça passou-se um flash-back de uma pessoa sendo baleada. Mas eu não conheço aquela pessoa. Nunca a vi. O que foi isso meu Deus? Quem é essa pessoa? Não sei. 

Sei apenas que fiquei em estado de pânico. Minhas pernas não me obedeciam, meu cérebro não funcionava de maneira alguma. Eu não conseguia pensar em nada. E a imagem da tal pessoa, não saía da minha cabeça. Andresa me deu alguns remédios, mas não consegui dormir, então fechei os olhos e fingi que dormia. Eu amo a Andresa e estava realmente agradecida por ela estar cuidando de mim, mas tudo que eu queria era ficar sozinha e organizar meus pensamentos. Tentei me lembrar da face da pessoa e a cada instante eu tinha mais certeza que eu nunca tinha a visto. Mas e então, por que o rosto dela havia aparecido em minha mente? E ainda sendo baleada? Talvez seja minha imaginação inventando coisas. Talvez... É, apenas talvez. Espero.  Mas e se não for? Será que eu conheço mesmo essa tal pessoa? Então... Porque a imagem dela permanece em minha cabeça? Que droga! Queria ir para casa. Para os braços de  minha mãe. Ela me ajudaria, além do mais, ela sempre sabe como me ajudar. E como me tranquilizar. 

Acho melhor eu mudar meus pensamentos, caso contrário irei acabar ficando doida. Será que o garoto baleado, já está melhor? Ele tinha perdido muito sangue. Mas o Guilherme sabe muito bem como cuidar de ferimentos assim, ao menos foi o que a Clarice nos disse. Será que ele está bem?

"Você só irá saber, se ir até lá embaixo. Medrosa!". Odeio essa minha voz interior. Minha consciência. As vezes ela me ajuda, porém a maioria das vezes não. Mas me decidi, vou tomar um banho, escolher  uma roupa e irei ver como esta o garoto, que nem se quer, sei o nome. Graças a Deus o quarto a qual estou, possui banheiro e eu não preciso sair. Pego uma toalha que estava dobrada, dentro do guarda-roupa e entro para o banheiro. Deixo a água cair e lavar o cansaço que estou sentindo eu queria poder lavar também, tudo que presenciei hoje. Gostaria de poder apagar da minha memória e não deixar rastro nenhum. Mas enfim, ficar me lamentando ou imaginando coisas impossíveis não vai resolver problema nenhum. Tento esquecer momentaneamente isso e me concentro apenas no banho. Me lavo por completa, pego a toalha, a enrolando em meu corpo. E saio em direção as minhas roupas. Pego uma calça jeans, bem justa e uma blusão folgado, na cor azul escuro. Está muito frio. Penteei meu cabelo, deixando-o natural e solto. Respiro fundo antes de abrir a porta.

"Vá em frente, sua medrosa."

Mais uma vez, minha consciência esta me torturando. Mas, ela tem toda razão. Devo parar de ser tão medrosa. Fico encarando a maçaneta da porta. Um... -conto baixinho- Dois... -mais baixo ainda- Três. Nesse momento abro a porta, sem nem olhar pra trás. Tenho medo do que posso encontrar lá embaixo. Sei que não conheço aquele garoto, mas não quero que ele morra. Sem contar que o Mathew provavelmente ainda está na casa. Não quero ter que encará-lo. Paro nas escadas. As encaro como se elas fossem algum assassino. Mas vencendo meu medo e forçando as minhas pernas, para que elas obedeçam o comando do meu cérebro, comecei a descer as escadas. Quando estou na metade do caminho a Andresa me ver.

-ANNY! -ela abre um enorme sorriso e vem correndo em minha direção. 

-Você esta melhor? -Melody pergunta. 

-Esta se sentindo bem? -Mathew pergunta. 

-Gente, calma tudo bem? Estou ótima. 

-Mas não parece amor, você esta bem mesmo? -meu namoradinho me pergunta. 

-Não graças a você. -respondo com muita raiva. -E respondendo a sua pergunta, sim, estou bem.

-Mas... Anny.. Por que você esta com essa blusa de frio? -Mathew me pergunta. Só então começo a entender sobre o que eles estão falando. Todos estão com roupas frescas. E já está noite. 

-O tempo esta frio. Por que vocês estão com essas roupas? Não estão sentindo frio? -eles se entreolham. Guilherme vem atém mim e põe a mão em minha testa.

-Anny, você esta fervendo de febre. -agora sim, tudo faz sentido. Por isso estou sentindo meu corpo tão preguiçoso. Mas achei que era pelo cansaço do dia. Guilherme se afasta e vai até a maleta de primeiros socorros. 

-Não se preocupem, estou bem. Cadê.. o garoto? -sinto uma leve tontura. 

-Sente-se aqui. -Mathew me segura pelos braços e me leva até o sofá. Minha visão embaça... Quando percebo, já estou deitada com a cabeça no colo do Mathew. Meu Deus, o que esta acontecendo comigo? 

-Anny, fique acordada. Vou tirar sua temperatura. -Guilherme diz. 


*****

Olá, amores..

Gente por favor não me mantem!! Mas eu estava estudando, final de ano e tudo mais. Confesso que tinha desanimado um pouco do livro, mas cada vez que me lembro de vocês minha inspiração volta. Amo escrever e amo vocês. Não posso deixar que alguns comentários idiotas me detenham. Como eu disse, amo o que faço e faço com todo amor. 

Espero que tenham gostado do capítulo. Não esqueçam minhas lindas estrelinhas, ok? Irei normalizar as postagens. Todo sábado. 

Comentem o que estão achando. E comentem a respeito desse novo garoto. Quem será? Digo apenas que ele será muito importante para o livro. Beijos!!

-Hellen Karen.


Chega de mentiras!Onde histórias criam vida. Descubra agora