CAPÍTULO 5

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Apreciem :)


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Pete estava puto.

Não era como se ele estivesse esperando que Vegas fosse um virgem imaculado ou que fosse atrás dele quando deixou o estacionamento daquela forma, mas porra, aquele idiota sequer havia se dado o trabalho de ligar ou mandar uma mensagem de texto.

Ok, talvez ele estivesse esperando isso pelo menos um pouquinho — não a parte do virgem, ele sabia bem da fama de Vegas naqueles corredores.

Agora, estava andando de um lado para o outro em seu quarto com o celular em mãos esperando qualquer explicação que fosse. A maior de suas dúvidas era sobre Tawan, não fazia ideia se Vegas estava realmente servindo de modelo para ele em seu curso de moda ou se aquilo era algum código estranho para "estava dando uns amassos". Não que ele se importasse, claro.

Seu contato com ele era única e exclusivamente pela chantagem sobre as fotos — mesmo que estivesse questionando a si mesmo sobre as palavras ditas pelo mais velho naquela tarde. Vegas não podia estar certo sobre a razão de Pete ter feito a proposta, não havia sugerido aquilo apenas por querer um cara fixo para transar. Não mesmo. Apenas havia sugerido aquilo por saber que Vegas gostava de transar. Apenas por isso. 

— Filho da puta, uma mensagem seria legal, sabia? — Pete resmunga sozinho lançando seu celular sobre a cama.

— Que filho da puta? — Vegas questiona ao entrar pelas portas da varanda, a aparição repentina faz com que o garoto se assuste e leve a mão ao coração — Falando sozinho, Pete? Se continuar assim, além de ficar preso no armário também vai ficar preso num quarto de manicômio.

— Imbecil — ele responde massageando o peito acalmando a si mesmo — O que está fazendo aqui?

— Já ouviu falar de "lei da atração"? Achei que estivesse pensando em mim e vim ver pessoalmente o que quer — o mais velho diz em tom de provocação e Pete revira os olhos. Vegas segue até a cama e se deita ali com ambos os braços sob a cabeça e as pernas cruzadas de forma de seus sapatos ficassem pra fora do colchão, os olhos fixos a imagem do garoto — Se veste, a gente vai sair.

— Muito engraçado, invasor. Sai da minha cama — Pete resmunga e se aproxima de Vegas puxando-o pelo braço para tirá-lo dali mas em um movimento rápido o mesmo consegue tomar seu pulso com uma das mãos.

— Estou falando sério — Ele diz com um pequeno sorriso passando os olhos pelo rosto de Pete que agora tinha um semblante confuso.

— Não vou sair essa hora, ficou maluco? — o garoto contesta e o sorriso de Vegas se torna um pouco maior ao que passava de algo convincente para algo ameaçador, como se silenciosamente lembrasse a Pete das fotos — Tá, tá. Que saco.

Ele reclama e puxa o braço com força afastando-se dele, assim, caminha até o guarda-roupa enquanto praguejava e o xingava dentre murmúrios, Vegas podia ouvir tudo perfeitamente mas não disse nada, invés disso, folheava sem pressa as folhas do caderno que estava jogado sobre a cama.

— Que decepção — ele resmunga alto e Pete se vira de volta o olhando sem entender — Achei mesmo que tivesse meu nome assinado com vários coraçõezinhos no fim do caderno. Você não é nada romântico.

— Se acha muito irresistível, não é?

— Acho — o rapaz responde simples e Pete dá uma risada alta ao que cruza os braços um pouco abaixo do peito. Vegas se levanta da cama e caminha até o mesmo parando a sua frente com o caderno na altura dos olhos — Nem um coração?

TOXIC || VEGASPETE Onde histórias criam vida. Descubra agora