CAPÍTULO 7

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Type pôde sentir cada maldito pelo de seu corpo eriçar quando ouviu aquela pergunta.

Não estava errado quando cogitou na noite anterior que Kim estava lá por ele.
Type não sabia, mas Kim estava de olho nele há algum tempo. Se aproximou de Macau justamente com a intenção de chegar nele, estava mais próximo da verdade do que nunca. 

— Ficou maluco? — Type pergunta se levantando de supetão, seus olhos seguem até a cama apenas para verificar se Macau estava mesmo dormindo — Vai embora.

— Você ainda não me respondeu — Kim diz se levantando também, seu tom era o mesmo, não se importava se Macau ouvisse ou não — Me perguntou quantos crimes eu posso cometer em uma noite, mas e você Type? Que crimes cometeria só pra parecer legal pra um bando de cuzões?

As lembranças daquela noite voltam em sua cabeça como malditos flashes de uma câmera fotográfica; desde o barulho do corpo caindo na água até os pedidos de ajuda desesperados de Pete. Se lembrava do medo em seu corpo e da sensação de impotência por não saber como ajudar. Tudo estava rodando. 

— Eu não queria — o garoto responde com os olhos marejados ao que dava passos para trás conforme o mais velho se aproximava, não demora muito até acabar encurralado na parede com Kim bem a sua frente.

— Eu também não queria perder ele, mas perdi — sem ousar desviar seus olhos dos dele, Kim pega o canivete em seu bolso e o abre com facilidade posicionando a lâmina na lateral do pescoço do garoto — Tem ideia da dor que é perder alguém e ficar com tanto ódio que sequer consegue chorar? 

Type fecha os olhos pressionando-os com força, não ligaria de morrer naquele momento desde que toda aquela culpa e medo fossem embora. Não ligaria de morrer se aquilo significasse pagar pelo que havia feito.

— O que fizeram com o corpo do meu irmão?

Kim pergunta ao que toca a lateral do canivete na pele do mesmo. Estava vazio. Não conseguia sentir nada além de ódio, todos os sentimentos bons haviam partido junto de seu irmão, Tem, há um ano.

— Me fala — ele pede entredentes. Baixo, apesar da raiva.

Um soluço alto e choroso de Type ecoa pelo quarto quando ele ouve aquilo, Macau se assusta com o barulho e rapidamente se senta na cama. Kim esconde a faca em seu bolso antes que Macau consiga vê-la e logo depois deixa o quarto em passos pesados sem dizer nada.

— O que estão fazendo? — Ele pergunta ao que se levanta estranhando Kim sair daquela forma; seus olhos recaem sobre a imagem de seu amigo no chão e então se aproxima com pressa ao notar que ele estava chorando — Type, ei, o que foi?

Macau pergunta preocupado e o abraça contra seu corpo com força, Type não conseguia fazer nada além de chorar e pedir desculpas entre soluços.

*

As mãos de Pete seguravam com força a cabeceira de sua cama ao que movia o quadril para frente e para trás sobre o rosto de Vegas.

Podia sentir a língua molhada trabalhar por toda sua região íntima ao mesmo tempo que os dedos molhados de lubrificante entravam e saíam; não sabia em que momento havia ido parar em cima do rosto dele, mas ali estava. Sua maior preocupação no momento era acabar o sufocando ou gemendo alto demais com os tapas que eram desferidos contra suas coxas brancas.

Pete joga a cabeça para trás ao que tampa a boca com uma das mãos quando atinge seu segundo orgasmo da noite, assim, se permite cair cansado sobre o colchão onde fecha os olhos para aproveitar a sensação dos espasmos por todo seu corpo enquanto tentava recuperar o ar perdido. 

TOXIC || VEGASPETE Onde histórias criam vida. Descubra agora