thirty-three

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MARGOT UDAYA

📌 London, Paris

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📌 London, Paris.

Apesar de fazer poucos dias que os tinha visto, a saudade que me corroía por dentro era enorme

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Apesar de fazer poucos dias que os tinha visto, a saudade que me corroía por dentro era enorme. 

Assim que meu pai abriu a porta, pulei em seus braços, apertando-o pelo pescoço, e ele retribuiu, segurando-me firme. 

- Que saudade que eu estava de você, minha pequena. - Não importava a idade que eu tivesse, muito menos que já carregava outra vida no meu ventre, tinha a impressão que para meu pai, eu sempre seria a sua pequena. 

Assim que ele me soltou, entrei na casa. Não esperava encontrar minha mãe andando com sua muleta. Na verdade, tinha um medo guardado no meu coração sobre como a encontraria.  Assim que ela me viu, abriu um sorriso tão grande que aqueceu meu coração. 

- Minha filha. - Ela caminhou até mim, com a dificuldade que tinha de se locomover, e parou à minha frente, encarando-me. 

- Você está tão linda. - Ela tinha um brilho diferente no rosto, uma felicidade que há muito tempo eu não via. 

- São apenas seus olhos. - Puxei-a com cuidado para um abraço, sentindo meu coração se encher de alegria e uma vontade imensa de chorar me invadindo. 

Aproveitamos que ainda estava relativamente cedo e preparamos um jantar em família. Há muito tempo eu não me divertia tanto com aqueles dois. Assim que terminamos, colocamos a mesa e nos servimos. 

- Eu tenho uma novidade para contar - anunciei assim que todos estávamos acomodados e comendo.

- Descobrimos o sexo do bebê. E vai ser um menino. - Um sorriso novamente surgiu no rosto da minha mãe, e ela passou a mão por cima da mesa, pegando a minha e apertando-a. 

- Um menininho, que lindo. Estou muito feliz, minha filha.  - Olhei para meu pai e me surpreendi ao vê-lo cobrindo o rosto e convulsionando o corpo em um choro. 

- Oh, pai. - Levantei-me e fui até ele, abraçando-o por trás. 

Ele demorou alguns minutos para se recompor, enquanto eu lhe dava carinho, mas assim que o fez, levantou-se e me abraçou apertado novamente. 

O resto do jantar foi apenas alegria e sorrisos contagiantes. Quando acabamos, meu pai fez questão de lavar a louça, alegando que era para termos um momento mãe e filha, mas eu tinha uma leve impressão de que ele anunciaria para todos que seria avó de um menino.

Eu não tinha dúvidas de que isso aconteceria se fosse uma menina também. Depois do choque inicial, ele aceitara muito bem a ideia de ser avô.  Ajudei minha mãe a caminhar até a sala, mas percebi que sua locomidade estava melhorando muito. 

- Você tem andado mais? - usei um tom casual, como quem não quer nada para assuntar. 

- Ah, tenho sim. É a prática. Mas me conta, como está a sua vida? - Não deixei de notar que ela mudara de assunto rapidamente, mas aquele era um assunto que não lhe agradava muito, então deixei passar. 

- Ai, mãe. - Nós nos acomodamos no sofá.

- Nessa última semana, tem sido tão maravilhoso. Eu sinto em vinnie que ele tem os mesmos sentimentos por mim. - Ela me olhou com aquele sorriso de quem diz saber de tudo. 

- Eu acho que vocês estão apaixonados um pelo outro, construindo ainda mais esse sentimento aqui dentro. - Ela apontou um dedo no meu coração.

- Vocês estão bem, então? - Dei um sorriso meio envergonhado, mas eu não tinha segredos com minha mãe. 

- Eu tive um pesadelo algumas noites atrás, e ele me ajudou... enfim, acabou rolando, e desde então, tudo tem melhorado. Dormimos juntos, acordamos. Hoje eu voltei a trabalhar, e ele fez questão de entrar segurando minha mão. 

- Eu sinto que você está começando uma nova fase, meu amor. E não é apenas por esse bebê. - Ela colocou a mão na minha barriga.

- Mas uma nova fase aqui. - E voltou a mão espalmada no meu coração. 

- Eu espero que não saia machucada nessa fase, mãe. 

- Pelo que eu estou vendo, vinnie não vai te machucar. - Ela abriu novamente aquele sorriso iluminado, que preenchia todo o lugar e me contagiava.

Era maravilhoso vê-la tão bem

- bia

- bia

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