Novo amanhecer

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Este capítulo contém sexo explícito.

Acordei já atrasada para o trabalho, vi que Lara nao estava mais em casa, mas deixara um bilhete na cômoda.

"Amor da minha vida, tive que sair mais cedo para o trabalho hoje, não quis te acordar, tudo que você precisar ta na geladeira e nos armários, deixa a chave embaixo do tapete da porta, ainda não fiz a reserva. Te amo. Lara."

Tomei um banho, vesti um jeans qualquer e roupas de frio, a neve já estava caindo menos, o inverno estava indo embora. Olhei-me no espelho e me deparei com uma pessoa pálida, com olheiras profundas, precisando urgentemente de maquiagem ou de uma cirurgia plástica. Depois de pronta, tomei um café amargo e quente, peguei minha bolsa, as chaves do jeep e fui para a redação as pressas.

~

- Bom dia Maik! - cumprimentei sorridente ao chegar.
- Bom dia senhorita Traynor! - acenou.

A caminho da minha sala, percebi o olhar fixo de minha chefe Samanta, em mim, quanto mais me aproximava, mais frio seu olhar ficava.
- Bom dia senhora Chelsen!
- Bom dia pra quem Traynor? - respondeu ríspida.
Engoli em seco.
- Preciso conversar com você, nem deixe a bolsa - prosseguiu - me acompanhe até a sala de reuniões

Meu corpo inteiro ficou tenso, consegui apenas acenar que sim com a cabeça e acompanhá-la.

Samanta abriu a porta da sala e me deparei pela primeira vez, com a imensa mesa de madeira vernizada, vazia, as janelas inteiramente de vidro, nunca tiveram um visão tão limpa de San Francisco.

- Não sei se foi informada, mas andei conversando com seu pai. - seu tom de voz era altivo.

Minha cabeça girou ao ver a palavra 'pai' no meio daquela frase, isso significava que suas próximas palavras seriam decisivas.

- Sim. - afirmei.
- Pois bem, fiquei sabendo que não está satisfeita em trabalhar aqui e seu pai cortou qualquer relação com a revista, então cheguei a conclusão mais sensata no momento...
- Não disse que não estava satisfeita, não com essas palavras - a interrompi.
- Isso não importa, so quero agradecer pelo tempo que serviu a nossa empresa, mas agora está dispensada. - cada palavra entrou rasgando meus ouvidos.
- Demitida? - deixei meu queixo cair.
- Passe no RH. Tenha um ótimo dia, farei uma carta de recomendação. - dizendo isso, saiu da sala.

Fiquei parada por um tempo, digerindo os últimos minutos, pensando em como seria começar do zero novamente, eu estava fora de casa, precisava assumir responsabilidades e acabara de ser demitida do único emprego que tive na vida, mas eu entendi muito bem aquela situação e ela se chamava George Traynor, ele queria me ver fracassar, mas não o daria esse prazer. Segurei as lagrimas, arrumei minhas coisas e desci até o estacionamento, mas a caminho do meu carro o chão começou a sumir dos meus pés e então tudo girou, me apoiei num pilar até o mau estar passar, assim que me senti melhor, fui até o Hard Café, onde eu pegava café todos os dias nos intervalos do trabalho, mas naquela manhã, sentado na mesa da janela, com o olhar distante, estava Will, pensei em sair de lá, ir a outro lugar, mas fingi nao ter o visto, peguei uma mesa perto da entrada e pedi um suco de laranja.

- Você por aqui a essa hora? - Will se aproximou com um grande sorriso.

- Pois é. - dei um falso sorriso.

- Você não me ligou mais. - sentou-se em um lugar na mesma mesa que eu.

- Você também não ligou. - falei enquanto olhava pela janela.

- Sabe Sophie, eu estive pensando muito e sei que eu errei em não ter te contado que Amanda viajaria comigo, mas eu não pensei que ela fosse uma ameça pra você, justo você que sempre fora tão segura e...

- Ela não é uma ameça! - o interrompi.

- Okay. Quero te pedir desculpa meu amor, eu nunca quis te magoar, não sei quais são as intenções de Amanda, mas se ela tem expectativas, terei que frustrá-las, pois pra mim existe apenas uma mulher, que me tira do chão, faz meu mundo girar. Contigo tudo faz sentido e a vida é mais bonita, entende que você é a única pra mim. - seu olhar era sincero.

Uma parte de mim estava acreditando avidamente em cada palavra, mas outra ainda tinha um pé atrás, resolvi então ouvir a que me dizia para confiar no homem que namorava durante cinco anos.

- Will, desculpa minha infantilidade, você nunca me deu razões para tamanha crise de ciúmes, eu também errei. Vamos nos dar mais essa chance. - sorri.

- Tudo bem, você não me deve desculpas. O que acha de irmos para meu apartamento? - levantou estendendo a mão para que eu o acompanhasse.

Sorri e segurei sua mão para o acompanhar, não me dei ao trabalho de esperar meu suco.

Chegando em seu apartamento, Will me pegou no colo e subiu até seu quarto, onde me deu um beijo quente e me jogou na cama. Estávamos nús, eu por baixo, Will passou a mão pelas minhas coxas e chegou até minha intimidade, massageou meu clitóris com muita habilidade, fazendo com que me contorcesse de tesão. Virei seu corpo e fiquei por cima, mordi seu pescoço e desci minha mão até seu pênis grande e ereto, massageando com movimentos de vai e vem, enquanto Will mordia os lábios, em seguida sentei lentamente em seu pênis e comecei a rebolar, as mãos dele apertavam minha bunda com muita intensidade.

- Rebola pra mim, vai! - pediu.

Rebolei com ainda mais vontade em seu colo, observando suas expressões faciais que mostravam o prazer que estava sentindo.

- Fica de quatro gostosa!

Me colocou de quatro e meteu sem piedade, me fazendo gritar de prazer, enrolou meus cabelos em uma das mãos e puxou, metendo com cada vez mais pressão, fazendo-me gemer cada vez mais, Will então deitou seu corpo encima do meu, ainda segurando meus cabelos, sua respiração estava entre meu ouvido e pescoço, aumentando meu prazer e então o orgasmo chegou.

- Isso, oh! Goza pra mim! Oh, oh.. Eu vou.. Oh! - gemeu e senti seu líquido quente dentro de mim.

Nossos corpos caíram sobre a cama, ficamos de frente um para o outro, ele ajeitou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha e ficamos nos olhando por um tempo, em seguida Will foi tomar uma duxa e então seu celular tocou, era uma mensagem, pensei uma ou duas vezes antes de abrir, mas sou mulher, nao aguentei.

"Will, amei a noite de ontem. Precisamos repetir. Beijos."

O número era estranho e não estava salvo no celular, meu mundo inteiro girou ao ler aquilo e então, de repente tudo ficou escuro.

Uma razão para viverOnde histórias criam vida. Descubra agora