Capitulo 5: A limpo

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MACAU

Nop me beijou e isso não poderia me deixar mais feliz, embora eu não tenha certeza se foi tão bom para ele quando para mim, porque bem esse foi meu segundo beijo e o primeiro que eu estava cem por cento consciente do que fazia. Por que na primeira vez que beijei Nop, foi em um surto de coragem e desejo.

Jogo minha cabeça para trás pensando que talvez eu tenha estragado tudo.

— Filhote? — ouço a voz de Pete me chamando.

— Oi — falo abrindo os olhos enquanto ele senta na poltrona à minha frente — Está tudo bem?

— Eu que deveria perguntar isso, você está tão quietinho desde que embarcamos — ele fala acariciando a palma da minha mão.

— Só estou pensando — digo baixinho.

— Posso perguntar no que? — Pete diz brincando com os meus dedos.

— Nop, me beijou — eu confidencio, pois sei que tanto ele quanto Vegas estão dormindo nas poltronas bem a frente.

— E porquê você está com essa cara? Não está feliz? — Pete me pergunta e acho fascinante o jeito dele conduzir as coisas para ter as respostas que quer mas sem ser invasivo.

— Estou feliz sim, só que não sei se foi bom para ele — digo.

— Como assim?

— Foi meu segundo beijo sabe — murmuro timidamente — Mas foi o primeiro que eu estava cem por cento consciente do que fazia, a primeira vez que beijei Nop foi meio no automático, sabe fui guiado pelo tesão.

— Espere Nop foi seu primeiro beijo? — Pete parece não acreditar nisso.

— Foi — admito meio tímido.

— Sério — ele sorri — Posso perguntar o porquê?

— Sabe, eu sempre soube o que eu queria — digo para ele — Desde que percebi que estava apaixonado por Nop eu pensei, eu quero ele, então porque me contentar com menos.

— Você pareceu Vegas falando agora — Pete resmunga e nós dois rimos.

— Mas também tinha meu pai — digo mais frio — Quando notei que tinha interesse tanto por garotos quanto garotas, e que estava apaixonado por um cara, isso me apavorou, porque eu via tudo que meu pai fazia com Vegas e sabia que ele ia fazer comigo e que meu irmão ia intervir e não deixar e acabaria se machucando mais, então eu simplesmente deixei isso para mim e nunca me relacionei com ninguém.

— Você sabe que seu pai não está mais aqui, não precisa ter medo de ser como você é — Pete me diz passando confiança.

— Isso é meio patético, eu sei matar uma pessoa, mas não sei beijar o cara que eu gosto — digo inconformado.

— Filhote tenho certeza que Nop gostou do beijo mesmo que tenha sido desajeitado, porque foi com você o garoto que ele gosta — Pete me tranquiliza — E outra, tudo nessa vida é questão de prática, você não nasceu sabendo atirar em uma pessoa, então fale com Nop eu tenho certeza que ele vai adorar te ensinar tudo que você quiser saber.

— Assim como Vegas faz com você — provoco.

— O quê eu posso dizer — Pete dá de ombros — Seu irmão é um ótimo professor e eu sou um aluno muito obediente.

— Por Buda, Vegas está criando um monstro — eu brinco e ambos caímos na risada.

NOP

Macau ficou estranho depois do beijo, nós saímos juntos de mãos dadas da sorveteria e eu o deixei na porta de seu quarto me despedindo com um selinho em seus lábios, mas depois disso ele começou a agir estranho parecia frustrado com algo e não conseguia nem me olhar nos olhos, nem me provocar ele estava fazendo.

Love Journey (Macau kinnporsche)Onde histórias criam vida. Descubra agora