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P.O.V. Heyoon Jeong:

Mais uma sessão com Sina Deinert, e na verdade, nessa apenas desistimos. Estávamos nos beijando desde o momento em que eu pisei nessa sala.

— Seu beijo é viciante — murmurou, sem descolar nossos lábios. Eu ri baixo.

— Isso é um elogio? — perguntei divertida, segurando seu rosto.

— Considere um. — Eu ri mais e lhe dei um selinho demorado. — Okay. — Se afastou um pouco, mas não tanto, apenas para se sentar certo. — Como seus pais estão ultimamente?

— Acabou a sessão de beijos? — perguntei fingindo tristeza e ela sorriu doce, deixando um beijinho na minha testa.

— Não me enrole, mocinha! — Bufei. — Aconteceu alguma coisa?

— Eu soltei, sem querer, que eu gostaria de viver um lindo romance de livro, porque minha mãe estava comentando sobre isso. Meu pai se fingiu de ciumento e se referiu como "ele"... "Cuidado com quem você vai encontrar hein, se ele for te machucar eu machuco ele!" — Estava começando a ficar triste de novo. — Ah, droga, eu só queria a aprovação deles.

— E sua mãe disse algo? — Neguei, abrindo seus braços e encostando em seu peito. Precisava de seu toque.

— Só riu.

— E você disse algo?

— Não, fiquei em silêncio. — Pensei um pouco. — Deveria ter me imposto?

— Talvez. — Suspirei e senti ela me apertar mais. — Mas não se culpe, tá? É difícil isso.

— A solução deles foi me colocarem em um psicólogo, imagina qual seria a próxima quando descobrir que a garota que eu estou apaixonada é a própria psicóloga. — Ela riu um pouco.

— Não vou deixar nada acontecer com você, pequena.

Sorri. Um sorriso sincero. Foi um apelido tão genuíno, não como se estivesse zoando a minha altura, realmente foi sincero e genuíno. Um apelido fofo e carinhoso.

— Me sinto segura com você.

— Irei te proteger de tudo! — Beijou meu rosto. — Isso é uma promessa — falou baixinho.

Eu suspirei relaxando em seus braços e me sentindo segura. Me sentindo protegida. Eu estava nos braços do meu porto seguro. Ela iria estar ali para qualquer coisa, eu sentia isso. Confiava nela.

Os dias foram se passando, e com eles, minha relação com Sina foi evoluindo. Não temos um rótulo e nem nada, nos vemos mais na clínica e às vezes fora dela. Às vezes juntamos nossos amigos todos e ficamos juntos, apenas aproveitando. Já tinha falado com eles sobre Sina, então não precisava esconder nada, e estava feliz com isso. Sem precisar ter medo de demonstrar. Sem o risco de perdê-la por isso.

Hoje era um dos dias que eu ficava um pouco mais na escola, para fazer as atividades extracurriculares. Ficava eu e Alex na mesma turma, enquanto Any estava em outra. Isso era triste, mas eram apenas 2 horas.

Estava prestes a ir para minha sala quando um inspetor me chamou, alegando que tinha alguém na secretaria dizendo que veio me buscar e tinha a permissão dos meus pais. Estranhei, mas avisei Alex e fui.

Me surpreendi ao ver Sina ali, encostada na parede, perto da saída. Ela tinha os braços cruzados e olhava ao redor, com um sorrisinho de lábios. Eu estava confusa.

Fui até ela e então ela me olhou. Seus olhos brilharam e sua pupila dilatada. Seu sorriso aumentou e então ela desencostou da parede.

— O que faz aqui? — Ela riu. — Oi. — Sorri.

Solução - SiyoonOnde histórias criam vida. Descubra agora