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— Min, come um pouco. -Chan insistiu de novo.

— To sem fome, Chan. -Minho disse abraçando os próprios joelhos.

— Eu quero te fazer uma pergunta, mas não quero parecer insensível... -Chan disse olhando para o chão.

— Pode perguntar...

— Por que você se afetou tanto com o Ji ter ficado bravo com você? Você normalmente não ligava tanto com o que pensavam de você... -Chan disse olhando para o garoto.

Minho parou pra pensar, ele realmente não costumava ligar para o que falavam ou pensavam dele, mas ver Jisung bravo com ele, aquilo o afetou muito.

— Acho que...eu tava, eu to, não sei, acho que eu tava começando a sentir algo...a mais por ele... então acho que foi por isso que eu fiquei triste quando ele começou a me ignorar... -Minho disse olhando para as próprias mãos.

— Aconteceu algo entre vocês, né?...

— Não foi nada demais... -Minho suspirou.

— Eu te conheço, Min.

— Tá, a gente se beijou, ontem a noite, eu não sei o que significou pra ele, Chan, mas pra mim...foi meio esquisito...eu senti coisas que eu nunca senti antes.

— Min... você ta começando a gostar dele, não ta?...

— Eu espero muito que não, Channie, a gente se conhece a quase dois meses, e ele ja traiu minha confiança hoje.

— Olha Min, eu sei que o que aconteceu, foi delicado demais pra você, mas o Ji não é uma pessoa ruim, ele também sofreu muito e ainda sofre por causa da família dele, sem falar nas responsabilidades que ele tem sendo tão novo, ele ainda tem 19 anos, ele cresceu muito rápido e sempre teve que se virar sozinho, ele errou feio, de verdade, mas eu tenho certeza que não foi proposital, Min... -Chan dizia, segurando a mão do Lee.

— Eu só... sendo sincero, espero que ele peça desculpas pelo que fez...e que ele nunca mais toque nesse assunto, gostaria que ele nem soubesse disso...

— Eu espero que tudo dê certo pra você, e pra ele.

— Eu também, mas não quero falar disso, não penso direito quando to vulnerável desse jeito, podemos falar sobre isso amanhã. -Minho disse se ajeitando na cama.

— Min, você precisa saber que nem sempre a gente pensa com o cérebro, e sim com o coração.

— Tá, Bang Chan, não quero saber.

— Boa noite, Lino.

— Boa noite.

Bang saiu do quarto, suspirando e voltando para a cozinha, deixando o prato lá e pegando seu celular, lendo as mensagens de Changbin.

Amor:
Oi amor.
O Ji vai ir pra nossa casa hoje, tudo bem?

Você (Chan):
Tudo bem, Bin.
Só que eu acho que temos um probleminha.

Amor:
Um probleminha?
O que?

Você (Chan):
Minho ta aqui, dormindo já, ta no quarto de hóspedes.

Amor:
Jesus.

Você (Chan):
É.

Chan riu, respirando fundo e sentando-se no sofá.
Seria uma longa noite.

[...]

Boa sorte, Hanji.Onde histórias criam vida. Descubra agora