Cap 13 - A Ousadia de Jalef

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— Entrem logo — a ordem apressada veio do interior da sala e o casal se analisou em silêncio

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— Entrem logo — a ordem apressada veio do interior da sala e o casal se analisou em silêncio.

A ânsia em contar sobre o ocorrido na passagem driblava qualquer suspeita de fraude ou perigo. Antes que mais algum sodado os abordasse, abandonaram o corredor.

Passos à frente, se depararam apenas com dois caldeirões descansando ao centro do cômodo. O fogo aquecia minimamente um líquido escuro e grudento. Bolhas grandes e vagarosas cresciam e estouravam, liberando um aroma indecifrável no ambiente.

A guardiã se aproximou do calor com o braço ferido grudado no peito. Não conteve o espanto ao notar uma erupção volumosa quase tocar a borda de uma das panelas. O cheiro desagradável dilatou o nariz, forçando-a expelir um ar amargo pela boca. Seus lábios enrugaram com a mistura. Lembrava à sopa que, quando criança dava à Tilly, a gote de Jalef. Cavalos alados gostavam de refeições peculiares e aquela definitivamente era uma.

 Cavalos alados gostavam de refeições peculiares e aquela definitivamente era uma

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Feito um cão de pastoreio, Alex vinha logo atrás. Ao se virar e vê-lo a centímetros de seu rosto, a mulher teve a certeza de pensarem a mesma coisa. As caras de nojo combinavam.

Ao ouvir uma lamúria, a galaceana o aconchegou num abraço. Àquele momento, a realidade batia à porta. Ambos sabiam que a mistura não era comida de bicho, muito menos um café da manhã de embriagar o estômago.

Ingerir algo pegajoso não agradava ninguém. Isso, se a vítima não engasgasse com a gosma, caso insistisse em agarrar a garganta, teimando em não descer. No entanto, se a combinação era a solução oferecida por Galácena que assim fosse.

Ela reparou nos olhos petrificados do terráqueo, boiando feito duas rosquinhas perdidas entre as borbulhas escuras. Decerto ele decidia qual seria a melhor maneira de consumir o engodo sem desenvolver náusea.

— Calma — Sofia jogou o cabelo rebelde dele para trás. — Não sabemos se essa coisa é para você!

— Só pode ser, meu amor! — Alex examinava os caldeirões como se desvendasse uma expressão matemática cheia de colchetes e parênteses. Torceu o nariz quando uma bolha preguiçosa se esticou até afinar e estourar. — Foi o que Elka viu, você disse! Faz todo sentido!

Galácena E Os EscolhidosOnde histórias criam vida. Descubra agora