Galácena foi dividida. As pragas-vivas não têm direito de permanecer no planeta e sofrem com perseguições e banimentos. A fim de protegê-las, a guardiã Marguel Redin enfrentará a ira de seu ex-tutor e os traumas do passado, pois acredita que todos t...
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Chaves-peça: abrem portais nível III
Conselho de Glacídeo: corte composta por 20 membros da Sociedade de Gala
Rapés: árvores extremamente altas
Ribou: pássaro endêmico da região
Jalef Raimov Terók estava só. Horas atrás, uma forte pressão nas têmporas o desestabilizara. O desconforto físico, no entanto, era apenas uma consequência do dom. Além de telepata, o organismo sentia quando alguém desejava lhe falar com urgência. Desta vez, o chamado vinha de um Guardião de Gala.
O remédio para amansar a cabeça se revelou agradável ao experimentar outro mais amargo. Nos últimos tempos, a ameaça de interferências perigosas entre ele e seus guerreiros era significativa. Afastar a mente, portanto, negando respostas lúcidas sobre certas ocorrências era difícil de engolir, mas necessário.
Acomodado em sua escrivaninha, refugiou-se na leitura à recomposição do contratempo. O passatempo literário, contudo, não o prendeu. Os pensamentos se soltavam das palavras, cobiçando o rosto de outra personagem; uma fora do enredo fictício, cujo papel, irremediavelmente importante, latejava desde o anoitecer.
Marguel Redin nascera enrolada numa trama dramática e talvez ele oferecesse uma chance ao seu livramento. Um jeito para sair das teias que a prendiam há anos. Teria de ser cauteloso, no entanto, para não afugentar ou, pior, atiçar a presa.
Coincidência ou não, a dor evaporou assim que a voz feminina alcançou os arredores do cômodo. Massageando a testa, agradeceu em particular. Afinal, ele próprio era o responsável em escaloná-la à uma viagem para fora da sociedade.
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— Estão bem? — o mestre contemplava dois galaceanos estáticos na divisa da porta. Os rostos se misturavam em sentimentos sortidos ao qual não pôde discernir. — Já os uniformes — deu uma olhada de cima a baixo — não posso afirmar o mesmo!
— Salvaram nossa pele! — a guardiã afagou um dos braços, meio constrangida ao lançar um ar preocupado ao marido. — Bom, quase cem por cento.
— Bem que imaginei ter o dedo dele nessas roupas — apoiando o ombro no batente, Zincon ofegava ao examinar o tecido sujo. — Você passou por entre as flores tão... decidida.
