"- Não posso! - responde o moreno abaixando a cabeça.
- Por que? Por causa de eu ser nascida trouxa? Se importa tanto o que seus pais pensam? Olhe nos meus olhos e diga que não sente nada. - disse a ruiva - VAMOS REGULUS, ME RESPONDA.
- Nora, se aca...
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REGULUS BLACK, Point of view, 1975.
09 de dezembrode 1975
Quem é esse garoto? Ele está beijando a Nora na testa e sorrindo para ela.
— Te vejo depois da aula? – ele fala um pouco mais alto enquanto sorria para a menina.
— Claro, até mais. — ela dá um leve sorriso e senta atrás de mim, na mesa da Grifinória.
Me ajeito melhor e jogo meu corpo para trás.
— Quem é esse garoto? – perguntei em um tom baixo.
Ela dá uma leve risada.
— Fique na sua, Regulus. — disse a ruiva enquanto colocava algo em seu prato que não consegui-o identificar.
— Quem é? — perguntei já perdendo a pouca paciência que tinha.
Uma hora quero que Nora suma, mas outra hora quero estar com ela, quero ela para mim, quero ser dela! Somente dela.
— Um amigo, só. — ela respondeu com calma.
— Amigos não se beijam! — retruco com raiva.
— Nem inimigos. — ela dá um sorriso irônico e vejo sua amiga se aproximar.
— Nora, você viu meu irmão ? — perguntou a corvina sorrindo, me inclino para o meu lugar novamente fingindo que não estou escutando.
— Sim, eu estava com ele agora pouco, ele iria para as aulas dele. — respondeu a menina sorrindo para outra.
— Ok! Obrigada, mas então... vocês dois hein?? — pergunta a morena catucando a ruiva.
A ruiva ri, posso sentir uma raiva em meu peito. Não posso aceitar isso, mesmo odiando ela e a irritando ela é minha.
— Estávamos conversando, apenas. Ele me deu flores também. — a ruiva se levanta e puxa as duas para fora do salão.
Minha vontade é de segui-la, mas meu orgulho fala mais alto.
[...]
— Sirius! — chamo a atenção do rapaz que caminhava de mãos dadas com outro.
— Diz! — o moreno diz sem paciência e revirando os olhos.
— Podemos conversar? Só nós dois? — pergunto olhando para o outro menino.
Remos, eu acho que ele é melhor amigo de Nora e Lily.
— Pode dizer na frente dele. — disse cruzando seus braços na altura do peitoral.
— Não, a sós. — disse apontando para o moreno que respira fundo e concorda com a cabeça.
— Pode me esperar aqui, Remos ? — perguntou e o rapaz concordou com a cabeça. — diz o que você quer! — disse logo quando nos afastamos do rapaz.
— Nora está namorando o Campbell? — perguntei olhando para os lados em um tom baixo.
— Eu acho que estão saindo, por que está tão interessado? Não era você que a odiava com todas as suas miseráveis forças? – perguntou em um tom de deboche. — agora, se me der licença, estarei ocupado nas últimas duas horas.
Respiro fundo e reviro os olhos.
— Vai lá! — nego com a cabeça e o deixo sair.
Sigo caminho a procura de Nora, preciso conversar com ela.
— Precisa de ajuda? — uma voz grossa mais calma me chama atenção.
Olho para trás e vejo o menino que estava procurando, o tal menino.
— Fillipo Campbell, como está?— pergunto me virando e o olhando de cima a baixo.
— Bem..— disse o garoto gentilmente. — o que está fazendo aqui?
— Nora Evans. — digo o encarando sério.
— Quer que eu a chame ou vai entrar? Acho que não cairia bem um Sonserino entrar no Comunal da Grifinória. — perguntou o garoto coçando a sua própria nuca.
— Digo a mesma coisa, Campbell. — digo sem paciência. — agora poderia entrar aí e chamar a Nora Evans?
— Mande alguém chamar mas a mim não! — o garoto passa por mim e me deixa parado na porta da comunal.
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