"- Não posso! - responde o moreno abaixando a cabeça.
- Por que? Por causa de eu ser nascida trouxa? Se importa tanto o que seus pais pensam? Olhe nos meus olhos e diga que não sente nada. - disse a ruiva - VAMOS REGULUS, ME RESPONDA.
- Nora, se aca...
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NORA EVANS, Point of view, 1975.
Finalmente! O natal tinha chegado, estava tão empolgada.
Para mim é uma das melhores épocas do ano, amava receber presentes da minha família.
— Pelo menos vamos receber presentes, igual a oxigenada!! — digo animada passando o braço pelo ombro de Lily.
— Está tão feliz, o que aconteceu? Geralmente no natal você fica de cara fechada. — pergunta Lily confusa.
— Estou de bom humor! — digo ainda sorrindo e animada.
Mesmo sendo minha data favorita no ano, não gosto da minha família. Meus pais só sabem julgar eu e a Lily, aquela lá que chamamos de irmã mais velha, tem mais inveja do que não sei o que. Mesmo assim amo a energia natalina.
[...]
24 de dezembro de 1975
Véspera de Natal:
Hoje era véspera de Natal, estava animada. Comprei um presente para Lily, espero que ela goste.
Estávamos na hora de jantar, eu sentei ao lado de Lily conversando com ela.
Petunia olhava de cara feia para nós, mas já estava acostumada.
— tenho uma supresa para você! — anuncia Lily.
— para mim? — me levanto animada.
Lily me leva até a sala e me entrega uma caixa sorrindo.
Abro a caixa e vejo uma câmera fotográfica, meu sonho era trocar a minha câmera.
Eu tinha ganhado uma câmera, mas ela estava quebrada. Lily sabia que eu era apaixonada por fotografia.
— Obrigada!! — abraço ela sorrindo e emocionada.
A única coisa que passava na minha cabeça era como eu tinha a melhor irmã do mundo, eu amava tanto ela.
Lily e eu sempre fomos próximas, mas depois do preconceito que sofremos da nossa família nossa relação se intensificou.
— eu juntei todo o dinheiro que eu conseguia nesses últimos meses, me lembro quando a gente viu a câmera e você queria muito. — disse Lily sorrindo.
— eu te amo, Lily! — digo abraçada nela.
— eu te amo, Nora! — diz Lily acariciando meu cabelo.
Para mim ela era a minha única família, eu faria de tudo para proteger ela.
[...]
26 de dezembro de 1975
Eu estava na casa de Flora, a gente se encontrava antes e depois do natal.
Anne estava deitada na cama de Flora, enquanto Flora me fazia tirar fotos dela.
— Mais para esquerda! — disse Flora.
— Vocês ainda não acabaram? — perguntou Anne murmurando.
— Não! — respondi rindo.
— Tive uma ideia! — disse Flora sorrindo. — venha, Anne!
— Para que? — pergunta Anne levantando e reclamando.
— Não reclama, vamos tirar fotos juntas! — digo a puxando pela mão.
A gente se ajeita e tiramos várias fotos com caretas e posses diferentes.
— eu adorei essa! — disse Flora olhando para foto.
— devo concordar! — disse Anne olhando para a foto.
Elas também eram da minha família, eu me sinto tão encantada por conhecer elas.
— Eu quero essa! — digo olhando para a foto.
— Não! Eu quero a foto! — diz Flora guardando a foto para ela mesma.
— Ah! Prefiro essa aqui! — diz Anne pegando uma outra foto que estávamos fazendo caretas.
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