Do Outro Lado

Natal

O casal acordou cedo na véspera de natal e, apesar da preguiça de ter que se levantar cedo em um dia de folga, o cheiro maravilhoso de café fez o estômago das duas roncarem. Como Carol precisava forrar o estômago para poder tomar os remédios elas rumaram em direção à cozinha, que estava um verdadeiro caos. Renata estava preparando a mamadeira do bebê ao mesmo tempo que tentava dar atenção para alice, que acordou como um furacão e ao ver a tia entrando, correu para se sentar em sua cadeira de rodas na esperança de passear no "carrinho da tia" como falava. Tinha tanta variedade de comida que Rosa ficou na dúvida no que comeria primeiro. Carol se limitou em beber um copo de leite e uma fatia de bolo de fubá com doce de goiaba, chamando a atenção da sua mãe "cê vai comer só isso filha, tem pão de queijo que você adora" e a filha se limiou a dizer "será que posso tomar um golinho de café pra comer o pão de queijo amor?" e fez olhar pidão para Rosa, que revirou os olhos mas serviu meia chicara de café para a noiva "tua pressão tá boa, mas não abusa". Carol deu um beijinho na noiva como agradecimento, fazendo Marcela comentar balançando a cabeça de forma negativa "mas virou gado da namorada mesmo, cadelice pura meu Deus" e Carol não negou "ela é minha dona mesmo e a vaca já foi pro brejo, então aceita que doi menos" e todos na cozinha começaram a rir.

Carol estava louca para ir para o lago. Queria pegar um solzinho e aproveitar a liberdade qua a água dava em seus movimentos. Então passou quase a manhã toda na água junto de Alice. O lago era uma atração em sí, tinha uma gande plataforma com tobogã e jet ski para quem sabia usar. Rosa também ficou um pouco na água, mas logo aceitou passear de cavalo com os pais de Carol, seus próprios pais e Marcela, para conhecerem a propriedade. Rosa sempre ficava preocupada com Carol sozinha, mas Renata e o marido também estavam juntos então ela relaxou e se permitiu curtir o momento. A mãe de Rosa ficou encantada com os cavalos, especialmente com uma égua que estava em trabalho de parto e juntos eles ficaram vendo o trabalho solitário do animal. A D. Adelir perguntou para Marcela "vocês precisam de veterinários nesses casos?" e Marcela respondeu "só chamamos nosso veterinário se der alguma complicação, mas geralmente as fêmeas parem naturalmente, sem necessidade de ajuda" e todos ficaram admirando o nascimento do cavalinho, que não tardou a vir. Depois de alguns minutos, eles escutaram Renata e Carol chegando, com alice no colo da tia. Vendo as filhas chegaram, S. Maurício olhou para Carol e disse "filha, é sua vez de batizar o potro, já pensou em algum nome?" . Um nome veio imediatamente a sua mente e Carol falou "Pirilampo", para surpresa de todos em relação a um nome tão estranho e D. Cida falou "Pirilampo? Que estranho, porque vagalume?" e Carol explicou simplesmente "porque já nasceu com luz própria" encerrando o assunto. Quando Carol levantou o olhar para o campo, onde o potro estava tentando se levantar, viu Bruna e Laura abraçando a égua e o potrinho e Laura falou "mandou bem pirilampa".

Depois do almoço, onde Carol comeu sua tão almejada galinha caipira, a jogadora mediu a pressão e acusou uma pequena alteração, dando 16/12, o que acendeu um alerta em todos, principalmente em Rosa, que já estava instruída pela Dra. Mônica em ministrar os remédios de pressão junto com um calmante. Se isso não resolvesse então teria que procurar o atendimento médico. Por consequência Carol passou a tarde interira dormindo e não viu o frenessí que se apossou dos integrantes da fazenda nos preparativos da ceia de natal. Correria para comprar as bebidas e colocar no freezer, assar os perus e preparar o restante da comilança. Quando deu 7 horas da noite Rosa acordou Carol e mediu novamente sua pressão, constatando aliviada que a pressão da noiva tinha voltado ao normal. Aquilo serviu de alerta para Rosa, que estava abrindo muitas exceções na alimentação de Carol, como coca-cola e café. Ela sabia que havia se tornado a responsável pela Carol. Porque até a mãe e as irmãs de Gattaz, grandes expoentes na vida da noiva, respeitavam e aceitavam as suas decisões em relação à recuperação de Carol. Feliz por tudo ter dado certo no final das contas, comentou com a central "nada de coquinha mais pra você mocinha, não podemos relaxar e estragar a festa de natal". Carol estava sonolenta ainda e preferiu puxar a noiva para um beijo "entre uma coquinha e você, prefiro transar de madrugada no lago" e deu uma piscadela safada pra Rosa que revirou os olhos "mas tu é uma veia safada mesmo. Tu sabe que não vai rolar... já não basta mais da metade da família tá sabendo que a gente já tá transando sem permissão da médica e agora isso... então sossega esse facho mulher" e levou Gattaz para tomar banho e se trocar para a grande noite.