Papo sério meus amores. Na minha cabeça esse seria o último capítulo dessa história. Mas surgiram tantos detalhes a serem explorados que quero saber a opinião de vocês sobre uma continuação. O que acham? Deixem nos comentários...
Se vocês quiserem me adicionar no Twiter meu user é @Andreza96294632
Os meios de comunicação estavam eufóricos e Carol teve que dar conta das entrevistas "on line" sozinha, porque Rosa já estava concentrada para a fase final da superliga. Seu advogado e agente, Dr. Henrique, ajudou a organizar os encontros, que seriam virtuais. Assim, durante quase uma semana a central concedeu várias entrevistas por dia, atendendo diversas mídias, de jornais de grande circulação até os sites especializados de vôlei. A exceção foi a rede de canais esportivos que Carol era comentarista. A assessoria da jogadora achou melhor conceder uma entrevista presencial para uma equipe que visitaria as jogadoras. Assim, na sexta feira Carol e Rosa recebia a presença da ex jogadora Fabizinha, escalada para fazer a reportagem e as amigas falaram sobre tudo, desde as olimpíadas, o mundial, o fatídico acidente e a difícil recuperação de Carol, que ainda não se encontrava 100% curada, mas que já estava no caminho certo na recuperação e na necessidade de casamento para formalizar o que já era uma realidade, pois as duas viviam como casadas e Carol fazia questão de legalizar a situação. Foi uma conversa franca e sincera, mas extremamente agradável e as jogadoras agradeciam a sensibilidade do canal de escalar uma amiga para fazer parte de suas histórias. Claro que a entrevista foi um sucesso total, sendo replicada por vários veículos da imprensa especializada em vôlei.
O casamento em sí demorou mais do que Carol havia previsto, tendo que esperar quase 15 dias para marcar a data no cartório civil. Ela não sabia, mas uma série de providências precisaram ser tomadas para se casarem, como certidões de nascimento atualizadas das noivas, que precisou ser conseguida em Nova Trento e Rio Preto; pagamento de taxas e publicação de proclamas no D.O, mesmo Carol não fazendo a menor ideia do que se tratava esse termo. Mas uma coisa foi boa, a família mais próxima das noivas agora estava reunida em um hotel. Por parte de Rosa vieram os pais, a irmã com o cunhado e a avó, velhinha brava e espirituosa que não aceitava o serviço de quarto e queria visitar a cozinha do hotel de luxo para ensinar a fazer as massas que geralmente eram pedidas. Por parte de Carol estavam a mãe, o pai e sua madrasta, sua irmã Renata com o cunhado Bruno, e o casal de sobrinhos, Marcela e Camila, sua namorada e a avó dos Gattaz, senhorinha elegante, na casa dos 92 anos e que queria fiscalizar nos mínimos detalhes o jantar que seria servido em um dos restaurantes mais badalados de BH. A única penetra seria Júlia, convidada de honra do casal. Esse restaurante tinha fila de espera enorme, mas o chefe já conhecia a família Gattaz do batizado do bebezinho Pedro e fez questão de abrir um espaço na agenda para o casamento tão badalado.
Tudo estava arrumado. O primeiro jogo das quartas de final da superliga havia sido ganho pelo Minas e o intervalo para o próximo jogo era de cinco dias. A diretoria liberou o casal para ter o sábado de folga e só. O cronograma estava muito apertado e Rosamaria não podia perder tampo de treinamento com o grupo. Assim, depois do casamento no civil e do almoço com as famílias, o casal iria dispor de apenas uma noite para um arremedo de lua de mel.
Mesmo com um casamento repentino, ninguém estava reclamando dessa decisão do casal, porque a notícia que Carol mandou fazer um testamento beneficiando Rosa e uma procuração pública firmada em cartório, dando amplos poderes sobre sua vida para a amada havia vazado, de propósito, claro, e chegado aos ouvidos da família da central, mais rica e de posses, derrubando por terra quaisquer reservas da vontade da filha mais velha em relação a sua noiva.
Amanheceu um sábado de final de abril nublado e abafado em BH, indicando que poderia chover a qualquer momento. As noivas pediram para os convidados vestirem roupas leves, principalmente esporte fino. Laura estava acompanhando Carol a se arrumar e presenciava a futura mãe vestir uma calça social branca de corte reto, um body também brando e uma camisa social de linho azul clarinho, com os punhos dobrados até os cotovelos. Os cabelos loiros e ondulados e uma simples maquiagem compunham o figurino. Laura estava radiante e vestia um vestido todo branco, decorado com rosas de várias cores tão minúsculas que só dava para perceber se o observador chegasse muito perto. Carol não conseguiu guardar para sí o nervosismo da ocasião e falou "estou nervosa filha, nunca pensei que esse dia ia chegar" e Laura retrucou "Foi tanto esforço da nossa equipe que eu não via a hora dessa hora chegar também. Na verdade, não vejo a hora de começar a missão reencarnação". Carol lançou um olhar amoroso para a futura filha e falou "cadê a Bruna?" e Laura respondeu "tentando acalmar Rosa. A coitada jamais pensaria, um ano atrás, que estaria casando de papel passado e tudo com você. Mas já já vou lá ajudar a aclamar seus ânimos. Sabia que ela já percebe minha presença e se acalma por me sentir? A mamãe tem uma boa intuição, mesmo que não acredite". Nesse momento Bruna entrou no quarto falando "melhor você auxiliar sua futura mãe, ela tá surtando por achar que está feia e mal arrumada para um casamento, principalmente por ser o dela" e Laura apenas deu um beijo em Carol e rumou em direção ao quarto em que Rosa estava se arrumando.
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Do Outro Lado
General FictionDepois de ganhar o título inédito do mundial de 2022 Carol Gattaz tem uma experiência quase morte (EQM) em um acidente de carro, revelando muitas coisas que estavam ocultas não só em seus sentimentos, mas em sua vida também. Para Rosamaria Montibell...