Capítulo 8: Solidariedade

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一 E aí, vadias?

Dean sorriu para Charlie quando ela entrou pela porta, seus longos cabelos ruivos levemente úmidos da garoa que caia lenta do lado de fora.

一 Como você tá, garota? 一 quis saber Dean.

一 Tudo na mesma. Você sabe; vivendo a vida macaco gordo, desfrutando do glamour de bebidas baratas e bares sombrios – um sonho.一 Charlie riu, jogando seus tênis no canto e dando um abraço rápido em Dean.

Castiel espreitava nervosamente atrás do Winchester, vestindo uma flanela emprestada e uma calça jeans que era muito grande para ele. Os hematomas em seu rosto haviam desbotado para um amarelo pálido, mas Dean pode ver a expressão de Charlie quando ela notou os tons diferentes na sua pele.

一 Não vai me dar um abraço? 一 ela exigiu, fingindo ibsubti enquanto olhava para Castiel.一 Já se passaram mais de dez anos e você ainda tá distante?

Castiel riu, abraçando a sua amiga da juventude. Dean sorriu com a cena que fizeram, ignorando a leve pontada de ciúmes que sentiu no peito. Não estava invejando Charlie por abraçar Castiel, e não era da sua conta que eles formam um casal interessante. Que inferno, provavelmente seria melhor para ele assim. Um relacionamento com uma alfa tentou e alegre será bem melhor do que com um abusivo, e infinitamente melhor do que namorar o Dean, outro ômega. Não, não estava com ciúmes.

Os dois se separaram, Dean repreendeu internamente a parte que estava feliz com isso. Não era da sua conta. Não mesmo.

一 Desculpa chegar tão tarde. A minha... amiga acabou de entrar no turno dela, e não acho que vai sair tão cedo. 一 Charlie sorriu lascivamente, sem deixar dúvidas que essa “amiga” não era de fato só uma amiga.

Claro que Dean não respirou em alívio com o que Charlie deixou a entender. Seria ridículo. Ele não estava aliviado por Charlie estar com outra pessoa e completamente fora dos limites de Castiel, não mesmo.

A negação é idiota, não é, cara?

一 Não se preocupe 一 Cass assegurou a mulher. 一 E final de semana. Estou feliz que você veio.

一 Você acha que eu iria perder a oportunidade de descobrir o que você tem feito por todos esses anos? 一 Charlie respondeu alegremente. 一 Sério, até cheguei a pensar uma vez que você me odiava, e até que já tinha batido as botas.

一 Você continua ridícula 一 zombou Castiel. 一 Vem, vamos para a cozinha. Acabamos de fazer o jantar.

一 Nossa, por favor vamos, estou faminta. 一 Charlie gemeu pressionando o estômago com a mão. 一 Kevin tava' sendo muito chato falando sobre a sua comida enquanto eu vivia de Biggerson's. Quero limpar o sorriso presunçoso do rosto dele.

Dean riu se divertindo. Isso era uma coisa que ele sempre gostou na Charlie – ela poderia começar uma guerra sem nenhum sentido com os amigos e sempre sair ganhando. Ele precisa saber como ela faz isso.

Dean já tinha se acostumado com cada visita passando mais de dez minutos de suas refeições delirando com a comida de Castiel. Mas de fato, a comida era deliciosa. O moreno era adorável, sempre abaixando a cabeça e corando toda vez que alguém insistia que ele poderia ser um chef, ou que iriam sequestrá-lo por sua culinária. Dean teria que tirar uma foto e colocar aquele rosto em uma moldura um dia.

一 Então, Cass. Morando com o Dean, hein? 一 Charlie perguntou, balançando as sobrancelhas de uma forma bem sugestiva. 一 Quer me contar uma história divertida?

Castiel ficou tenso quase imperceptivelmente.

一 Não é uma história tão divertida, já verdade 一 disse ele finalmente, cruzando as mãos no colo.

Imperativo Biológico | Destiel ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora