Capítulo 6: Cio

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Dean estava inteiramente abaixo de um Ford 1996 quando a primeira onda do seu cio caiu de forma inesperada sobre ele. Arfou soltando a chave inglesa enquanto seu corpo parecia começar a derreter devido ao aumento da sua temperatura, o líquido levemente viscoso que descia devagar pelas suas coxas deixava essa impressão mais real.

O mais discreto que pode, ele saiu de baixo do carro e foi procurar Bobby. Terminar o seu turno não seria mais possível. Seus anticoncepcionais deveriam estar com defeito, pensou irritado. Está era a terceira vez que isso aconteceu nos últimos dois anos em que ele começou a usar aquela marca; e claramente era a hora de mudar para outra.

O ômega entrou na garagem, jogando um grande e empoeirado livro de registros sobre a mesa.

一 Tenho que sair mais cedo hoje 一 Dean disse abruptamente. Bobby olhou para cima, assutado, seus olhos pousando em Dean. Ele torceu o nariz, o cheiro forte dos feromônios do cio do Dean permeando o ar.

一 Pode ir 一 disse Bobby, pegando o livro de registros dos funcionários. 一 Acha que pode dirigir sozinho até em casa?

一 Acabou de começar, acho que tenho tempo suficiente 一 respondeu Dean com firmeza, um rubor subindo pela parte de trás do pescoço.

Deus, como ele odiava entrar no cio quando estava em público. Era meio humilhante, dava a sensação que ele tinha virado um farol para qualquer alfa ou beta que se interessasse. Dean ficou feliz por estar sozinho no trabalho naquele dia, em vez de estar com um colega.

O ômega saiu rapidamente, suas mãos tremendo. No início, o cio não chega a prejudicar tanto; claro, ele estava fervendo e o seu corpo estava cada vez mais excitado, mas ele tinha pelo menos umas meia hora até que tudo vire uma confusão de hormônios. Deve ter tempo o bastante para chegar em casa.

Agarrou com firmeza o volante durante todo o percusso até a sua casa, cada solavanco na estrada enviava choques de estimulação pelo seu corpo hipersensível. Estacionou o carro, tremendo tanto que mal conseguia se manter de pé sem convulsionar por causa das ondas exigentes de necessidade que corriam por todo o seu corpo fraco. Bateu a porta ao entrar na casa e desabou, ofegante, no sofá. Ele tirou a camisa e deitou de costas, seus quadris se contorciam no ar.

一 Dean? 一 A voz de Castiel flutuou na sala.

A sua cabeça virou quase que no mesmo instante quando o cheiro doce e consumidor do ômega, o seu ômega, Castiel, o belo cheiro de Cass flutuou até ele, e só ele. O homem, por sua vez, estava nervoso na porta da sala de estar, torcendo as mão incertamente na frente dele. Tão lindo.

Grandes romances poderiam ser escritos sobre aquela extensão de pele cremosa no seu pescoço, sobre os seus olhos claros e brilhantes, sobre as sombras de suas maçãs do rosto bem torneadas e aqueles lábios macios e deliciosos.

一 Cass. 一 A palavra escapou dos seus lábios em um gemido devasso. 一 Cass, me ajuda. Eu preciso, Cass. Ajuda.

Castiel hesitou.

一 Quer que eu vá embora? 一 perguntou baixinho. 一 Sei que a presença de outro ômega pode ser frustrante quando se tem um cio...

一 Não! 一 Dean choramingou desesperadamente. Como esse ano perfeito, a pura beleza e sexo vivo, poderia pensar que não era bem-vindo durante o cio do Dean? 一 Não, Cass, não vá. Por favor, não vá. Por favor, fique aqui, fique comigo. 一 estava praticamente implorando, agarrando o braço do sofá.

Castiel hesitou entrando com cautela na sala, empoleirando-se desajeitadamente em uma poltrona próximo a Dean. O ômega no cio inalou avidamente o cheiro do outro, voltando o seu olhar cheio de desejo ao moreno.

Imperativo Biológico | Destiel ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora