Imperativo Biológico | Destiel ABO

Capítulo 20: Melhor servido frio

⚠️: Esse capítulo contém conteúdo sensível. Se você não tolera assuntos relacionados a abuso, violência doméstica e estrupo, fique ciente que esse será um tópico nesse capítulo. Leiam com cuidado!

— Mantenha os olhos fechados — pediu Dean, rindo enquanto Castiel tropeçava na calçada. — Continue, venha, pode parar aqui. Abre as mãos.

Castiel franziu a testa, estendendo a mão desajeitadamente para dar um tapinha no objeto diante dele.

— Parece leve — disse ele, franzindo a testa com concentração. — Posso abrir os olhos?

— Pode sim — respondeu Dean, sorrindo.

Os olhos de Castiel se abriram, ele piscou, balançando a cabeça.

— Dean — ele disse lentamente, — isso é um carro?

— Tá mais pra uma caminhonete — respondeu Dean, rindo. — Achei que com levar as crianças pra escola, nossos empregos e você ter aulas duas vezes por semana, já estava na hora de nos tornarmos uma família com dois carros, não acha?

Castiel balançou a cabeça.

— Eu não acredito — ele murmurou, passando a mão pelo capô azul brilhante. — Dean, como você pagou por isso?

Dean deu de ombros.

— O Bobby recebe algumas latas-velhas de vez em quando. Carros que as pessoas estão loucas para se livrar. O cara que trouxe essa estava determinado a vendê-la, embora não houvesse nada que um bom ajuste não resolvesse. — Ele sorriu. — Foi uma pechincha, Cass. Ele estava pedindo menos de mil dólares, e levei apenas algumas horas para fazer essa bebê renascer.

Castiel sorriu, olhando da caminhonete para Dean.

— Bom, isso vai facilitar muito — ele murmurou. — A última vez que estive ao volante foi quase oito anos atrás, nunca tive que me preocupar em fazer isso. Estou um pouco sem prática.

— Imaginei. — Dean jogou as chaves para o seu companheiro; Castiel as pegou facilmente, virando-os em suas mãos como se esperasse que elas desaparecessem. — Eu já preparei assentos para crianças nos bancos de trás para Samandriel e Ben. Por que não fazemos uma viagem de compras em família? Aí você pode ir dirigindo.

A testa de Castiel franziu nervosamente.

— E se eu bater?

— Você não vai — Dean assegurou. — Se ficar muito difícil, eu posso assumir, mas sei que não vai precisar.

— Nem tenho mais a minha licença — Castiel respondeu, balançando a cabeça, um sorriso se contorcendo em sua lábios.

— Tudo bem, vamos ir no DMV primeiro. Nada demais. — Dean bufou quando Castiel inclinou a cabeça para ele. — Sim, você ouviu bem. Vou esperar naquela fila por você. Se isso não é amor, não sei o que é.

Samandriel protestou contra o uso da sua cadeirinha de carro, como ele começou a passar por volta do seu sétimo aniversário, mas bastou um olhar de advertência de Castiel antes que a criança relutante subisse no assento elevatório.

— Essas cadeirinhas são para bebês — ele resmungou, olhando para seu pai enquanto Dean prendia Ben no outro assento.

— Bebês e crianças da sua idade — Dean respondeu descaradamente. — Você vai ficar feliz em estar nela quando o seu papi começar a dirigir.

Castiel se inclinou no banco para dar um tapinha na lateral da cabeça de Dean.

— Pare com isso — ele ordenou. — Foi você que jurou que eu não iria bater.