Capítulo 22: Preso em algum lugar

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⚠️: Esse capítulo contém conteúdo sensível. Se você não tolera assuntos relacionados a abuso, violência doméstica e estrupo, fique ciente que esse será um tópico nesse capítulo. Leiam com cuidado!

— Sentiu a minha falta, Deanzinho? — Dean foi arrancado de um sono inquieto quando os passos de Alastair soaram nas velas escadas de madeira, ecoando pesadamente na escuridão. — Eu senti a sua, muito mesmo. Pensei em você o dia todo. Ah, as coisas que pensei em fazer com você, sabendo que agora posso...

— Vá para o inferno — Dean murmurou, alertando os olhos enquanto a luz piscava, iluminando a sala em um brilho fraco e misterioso.

Ele se mexeu inquieto, arrepios em seus braços quando o cobertor escorregou, expondo seus membros à mordida fria do quarto.

Alastair dih, divertido.

— Que adorável. — Ele olhou de soslaio, caminhando para o canto mais distante arrastando um velho e grande aquecedor de ambiente. — Só vou se puder te levar comigo. Agora, vou deixar essa sala quentinha para podermos começar. Tudo bem, Deanzinho?

Dean bufou.

— Cara, você deve ter um parafuso a menos nessa sua cabeça, não tá nada bem — ele cuspiu, seu coração batendo forte.

Alastair se virou, mostrando os dentes amarelados enquanto conectava o aquecedor na parede e o ligava.

— Exatamente o que queria ouvir. — Com uma graça felina, Alastair se esgueirou pelo minúsculo pirão, parando no pé de metal da cama.

Ele agarrou o cobertor e puxou-o para o chão, descobrindo o corpo nu de Dean.

— Ah, faz tanto tempo. Quase não sei por onde começar. — Seus olhos brilhavam ameaçadoramente na penumbra. — Tantas formas de te fazer gozar. Através da dor ou do sexo; é como se o Natal tivesse vindo mais cedo.

— Vai se foder.

Alastair riu.

— Assim você me ajudar a fazer piadas picantes, Deanzinho.

Dedos esqueléticos faziam cócegas na carne de Dean enquanto Alastair acariciava sua panturrilha. Dean levou a perna para longe.

— Dean, Dean, Dean — Alastair cacarejo, desaprovando. — Você ainda não entendeu que eu posso acabar aqui e ir até aquela sua família e acabar com todo mundo?

Dean sibilou, acalmando-se.

— Isso aí, bom garoto — Alastair cantarolou, seus dedos vagando descuidadamente sobre a carne de Dean. — Estou me sentindo generoso hoje, Deanzinho. Vou te dar o poder de escolha. Você pode se deitar, imóvel e gostoso, e me deixar te foder; oh pode me chupar e participar, de bom grado, de um boquete. A escolha é sua.

Alastair sorriu com crueldade.

— Nunca diga que eu não te dei escolhas.

A mente de Dean disparou. Não tinha nenhuma opção atraente. O gosto de Alastair estava para sempre gravado em suas memórias, rançoso e azedo, e a ideia de “participar de bom grado” do seu próprio estrupo era repulsiva.

Por outro lado, se Alastair o fodesse, ele seria amarrado. Dean não queria ter o homem amarrado a ele por muito tempo.

— Vou te chupar — ele rosnou, rangendo os dentes.

— Bom garoto. — Alastair passou a mão pela coxa de Dean, deslizando os dedos pela pele fria, endurecida no ar gelado.

Sua mão subia cada vez mais alto, deslizando pelo peito e pescoço de Dean. Ele ergueu a mão e tocou a boca do ômega com um único dedo longo e ossudo.

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