Epílogo

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— ... e esta nova lei, que legazila adoções aos casais de dois alfas e dois ômegas, é um absurdo vergonhoso — o homem na tela disse calmamente, oferecendo um sorriso cativante. — Aqui na Roman Enterprises, prometemos o nosso apoio monetário a todos os políticos que querem lutar pela família de verdade, reconhecendo nosso imperativo biológico...

— Pai, você pode desligar isso? — Samandriel perguntou, erguendo os olhos da sua tarefa de casa de álgebra, espalhada sobre a mesa de centro. — É ridículo e estou tentando me concentrar.

Dean riu, estendendo a mão para bagunçar o cabelo do seu filho de treze anos. Samandriel gemeu, afastando a mão do pai.

— Estou exultante — explicou Dean, sorrindo. — Deixe que eles fiquem falando essas bobagens. É pura comédia.

— Não, não é — Samandriel resmungou, revirando os olhos. — É idiota.

Castiel enfiou a cabeça no quarto, a gravata meio afrouxada, o paletó pendurado em um ombro.

— Eu concordo com o Samandriel. Troca esse canal, só tá dando palco pra esse maníaco — ele ordenou.

— Tá bom — reclamou Dean, revirando os olhos enquanto pegava o controle remoto. — Fascista.

— Vou proipir canais de política nessa casa se você não parar com esse tipo de linguagem — Castiel repreendeu, inclinando-se para beijar Dean.

Ao lado deles, Samandriel gritou em protesto horrorizado, tampando os olhos com as mãos.

— Cass, só estava assistindo porquê não tem nada de bom nos canais de comédia! — Dean protestou.

Castiel sorriu, virando a cabeça ligeiramente para que seus lábios roçassem a orelha de Dean.

— Vai ler um livro.

— Eu leio bastante — Dean murmurou, olhando bem-humorado para seu parceiro.

— Pai — Samandriel lamentou, olhando para o casal. — Estou tentando estudar aqui! Eu vim lá do quarto porquê Ben estava me distraindo, agora são vocês que estão fazendo isso!

Castiel riu.

— Tá bom, tá bom. Vamos pra cozinha? — ele se dirigiu a Dean, inclinando a cabeça.

Dean o seguiu até a cozinha, tirando uma cerveja da geladeira e a entregando para Castiel. Ele abriu outra e recostou-se no balcão, sorrindo afetuosamente para o outro homem.

— Então, como foi no trabalho? — ele quis saber, seu sorriso alargando enquanto Castiel gemia.

— Eu esqueci de contar um número em algum lugar este mês. Passei o dia todo revisando os livros tentando encontrar — ele reclamou, torcendo a tampa da garrafa. — Foi um pesadelo. Por favor, me diga que você ainda tem folga amanhã?

— Claro que sim, não iria perder isso por nada — Dean respondeu alegremente. — Sete anos. Ainda não consigo acreditar.

Castiel o agraciou com um sorriso largo.

— Nem eu — ele disse suavemente. — Samandriel disse que iria dormir na casa de um amigo e Gabriel e Kali concordaram em cuidar do Ben, então teremos a casa só para nós.

— Isso significa que posso te fazer gritar? — Dean perguntou pervesamente.

Castiel corou, seus olhos brilhando.

— Nunca diga que não planejo tudo com antecedência.

Ele atravessou a cozinha com três passos largos e passou os braços em volta do peito de Dean.

— O Gabe me ligou quando eu estava saindo do trabalho, aliás. A papelada foi processada e deve ser finalizada na segunda. — Ele acariciou Dean afetuosamente. — Seu pedido para adotar legalmente Samandriel e Ben foi aceito. Você sabe o que isso significa, vou inscrevê-lo no PTA (Associação de Pais e Professores, organização para facilitar a participação dos pais na escola dos filhos) no próximo ano.

— Cass! — Dean reclamou, mas sorriu de felicidade m

Assim que o projeto de lei que permitia casais entre dois alfas e dois ômegas listassem ambos os parceiros como pais foi aprovado, ele se inscreveu para ser listado legalmente como segundo pai do seus filhos. As crianças já lhe consideravam como pai de qualquer forma, mas apenas saber que seu relacionamento familiar seria reconhecido significava muito para ele.

— Tá bom, vou ter que engolir o PTA. Vale a pena. Mas você tem que me manter acordado durante as reuniões chatas.

— Não sei. Se você dormir durante as reuniões, talvez eu tenha uma ótima noite de descanso. — Castiel mordeu o pescoço de Dean, apertando-o suavemente.

Dean riu.

— Como se você estivesse reclamando. O que foi que você me disse ontem mesmo? “Me segura e...”.

— Para de falar isso, Samandriel tá na sala ao lado! — Castiel sussurrou bruscamente, mortificado.

— Tá bom, tá bom. — Dean lambeu os lábios e beijou o seu marido ternamente na testa. — Mas, quando ele for dormir, vou fazer você repetir tudo o que disse ontem à noite e encenar também.

— Que pervertido — brincou Castiel. — E se eu não te obedecer?

Dean estremeceu quando Castiel fitou os seus olhos, um olhar fico em pscinas azuis brilhantes, acesas com antecipação.

— Então eu vou ceder a você desta vez, mas não pense que você está se livrando de uma performance repetida — ele sussurrou, segurando seu amor gentilmente contra o peito.

Agora, eles tinham todo o tempo do mundo.

***

Palavras da tradutora:

Bom gente, chegamos ao fim dessa linda história de amor. Queria dizer que foi uma experiência maravilhosa traduzir essa fic, não parece muito mas aprendi tantas coisas com esse trabalho que vocês não tem noção.

Queria agradecer a todos que leram e votaram, mas peço que, por favor, acessem o link tá fanfic original, que por enquanto está no meu perfil, e dêem seu feedback por lá. O escritore dela realmente merece muito isso.

Ah, o escritore da fanfic também fez uns capítulos bônus para ela, se vocês quiserem que eu traga eles para cá é só pedir.

Desculpem qualquer erro na tradução desses últimos capítulos, estou sem celular e o processo estava meio difícil nesses últimos dias, mas não queria deixar vocês sem nada. Quando tiver um tempinho disponível vou fazer uma revisão geral nela.

É isso, obrigada por tudo!

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