Imperativo Biológico | Destiel ABO

Capítulo 24: Encerramento

Uma ambulância levou Dean embora enquanto a polícia invadia a cena do crime, tomando depoimentos e se inclinando sobre o corpo de Alastair, salpicado de sangue e tecido cerebral.

Castiel lançou um olhar ansioso para Dean enquanto os paramédicos o cobriam com um cobertor — para choque, eles disseram — e o colocaram em uma maca, mas ele sabia que não teria permissão para ir na parte de trás com ele. Talvez Sam pudesse, devido ao status de família, mas ele estava conversando com o detetive, dando declarações e se envolvendo em uma conversa acalorada.

Por fim, Sam se livrou do detetive e voltou para o carro, balançando a cabeça. Ele se encostou na porta e se virou para encarar Castiel e Kevin.

— Bem, eles não estão bem por termos arquitetado um plano para entrar na casa por contra própria, mas tecnicamente não infringindo nenhuma lei, então não podem nos prender por invasão.

— E o Dean? — Castiel perguntou, preocupado.

Sam deu de ombros.

— Estão vendo essa situação como um trauma acompanhado de autodefesa. Pode ser que ele tenha que ir ao tribunal, mas as chances são baixas. — Ele olhou para o corpo. — O cara deve ter amigos ou familiares dispostos a fazer barulho. Mas, os detetives devem levar o passado de Dean com ele em concideração, e o medo de que Alastair continuasse vindo atrás dele. Dean só tem que responder todas as perguntas, provavelmente ficará fora de perigo.

— Ele fez um serviço público, se posso dar a minha opinião. — Um dos oficiais se aproximou, seus lábios torcendo em uma careta. — O cara era um perigo. Seu amigo provavelmente receberá uma sentença de prisão reduzida em liberdade condicional por homicídio culposo, caso ele tenha que ir ao tribunal, claro. Pessoalmente, tiro meu chapéu por ele.

Castiel deu ao oficial um pequeno sorriso.

— Isso é bom.

Ele olhou ao redor da cena; médicos acompanhados da polícia colocaram o cadáver de Alastair em um saco preto, enquanto vários outros colocavam estacas e fitas de cena do crime.

— Quando vamos poder deixar a cena?

O oficial deu de ombros.

— Podem ir assim que me passarem alguma forma de contato. Não quero afastá-los do hospital por mais tempo do que o necessário.

Castiel assentiu, dando ao policial seu endereço e o número do telefone residencial. Sam e Kevin fizeram o mesmo enquanto o moreno se acomodava no banco de trás do carro do alfa. O Winchester sentou no banco do motorista enquanto o seu parceiro tomava o acento do passageiro, e eles partiram, o motorista mantendo o limite de velocidade até que estivessem fora da vista dos policiais.

— Estou feliz por ele estar morto — disse Sam abruptamente, quebrando o silêncio. — Dean não deveria ter feito aquilo, mas mesmo assim. O mundo fica melhor sem aquele homem.

Talvez, aos olhos da lei, Dean deveria ter deixado Alastair viver, mas Castiel não pensava assim, ele acreditava que a justiça tinha sido feita do jeito que tudo acabou.

Ele brincou com a bainha da sua camisa, pensando bastante. Se chegasse ao tribunal, iria procurar ajuda a Gabriel para encontrar um ótimo juiz outra vez. Em algum lugar, com certeza havia um juiz que olharia para Dean, analisaria o registro de Alastair e determinaria que seu companheiro agiu no melhor interesse de todos, especialmente o seu.

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— Eu não quero ficar aqui a noite toda — Dean reclamou, olhando para o médico que lhe trouxe aquela notícia. — Você não pode me prender aqui. Quero a papelada de alta agora.