Ok... eu não fazia ideia de onde estava.
Quando acordei a primeira coisa que eu pude perceber foi um teto mais branco que as luzes. O cheiro de medicamentos acusou que deveria estar em um hospital, mas não fazia ideia como ou por qual motivo. Não lembrava de muita coisa a não ser da minha maldita busca pela gargantilha da senhorita Kraven.
Ei, você acordou! —alguém exclamou enquanto entrava na sala— como se sente? Está me enxergando bem?
Quem é você? —indaguei olhando para a mulher de jaleco branco que não tirava seus olhos de sua prancheta— alguma enfermeira ou algo assim?
Bem, conforme sua ficha, você é uma Allodia—falou ela ignorando por segundos minha pergunta— creio que não me conhece, mas sou a irmã adotiva de sua ex professora
A senhora Hoffman? —perguntei
Não, Lauren Smithers Jauregui—respondeu— sou a doutora Camila Smithers Cabello.
Sério? Lauren havia dito para turma uma vez que tinha uma irmã, mas não havia nos dito que você era tão... bonita— elogiei tentando não parecer atirada, mas o riso sem-graça de Camila apontou que fracassei nisso— com todo respeito, senhorita.
Sabe qual o motivo de estar aqui? —desconversou ela— pelo o que sua professora descreveu, segunda-feira foi atacada por uma gangue de punks. Sabe o motivo?
Eu não faço ideia— menti— talvez seja pelo motivo de eu ser rica?
Sério? —indagou rindo— receito diminuição de seu de ego, senhorita S/n.
Disse que isso foi na segunda? —perguntei— que dia é hoje?
Quarta-feira—respondeu despreocupada— é um milagre que tenha acordado rápido. Em casos como o seu, pessoas entram em coma. É normal que só tenha acordado agora por conta da cirurgia.
Casos como o meu? Cirurgia? Espera, como está meu rosto? —indaguei enquanto levava a mão para minha cara, mas Camila interviu— está tão mal assim?
Você ganhou um nariz quebrado, hematomas com cortes finos e alguns sisos perdidos— avisou-me— vai ficar com um curativo pela cirurgia que tivemos que fazer.
Oh, merda... —resmunguei— eu não posso aparecer na escola assim. Vão caçoar de mim.
Pelo seu estado eu creio que só poderá sair aqui no sábado—avisou-me— até lá preciso que se mantenha em repouso constante, S/n.
Espera, Camila! —pedi vendo-a parar antes de abrir a porta— meus pais... eles vieram aqui? Vieram me ver?
Seu irmão esteve— falou ela de maneira hesitante— sua mãe, bem, ela ficou em casa porquê seu pai já foi viajar mais uma vez.
Por qual motivo isso não estava me admirando? A mamãe sempre fazia todos os gostos e vontades do meu pai. Era quase que como o Finn e eu existíssemos só para sermos herdeiros dessa merda toda. Passei meu aniversário de 14 anos na sala de traumatologia do hospital por ter quebrado o braço. Nem ele e nem ela vieram me ver. Sequer Finn estava na cidade. 3 anos depois estou aqui nessa droga de hospital novamente e sequer a minha mãe tem a preocupação de mandar um cartão de melhoras.
Eu sinto muito por sua família ser assim... —pediu Cabello antes de sair. Mais uma vez estava só.
[...]
Hey, hey! —chamou alguém enquanto entrava no quarto— olha só você, babando na fronha como sempre.
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A Fórmula do Amor (Billie/You)
Teen FictionAnos 80 são conhecidos como década perdida, onde jovens revoltados pela grande estagnação latina tornam-se propensos aos movimentos anárquicos e punks. Em uma renomada família, S/n Allodia cada dia mais declina-se ao ser simpatizante desses jovens r...