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Finalmente chego em casa, meu lar.

Bruce, Alfred e Selina me deixaram em casa e foram embora, eles sabem que não é um bom dia.

Assim que coloco os pés em casa, sinto uma vontade imensa de chorar. Não sei o motivo exato pra isso, mas eu sei que ele existe ou talvez eles...

Com as lágrimas descendo uma de cada vez pelo meu rosto, subo as escadas e vou direto para meu quarto. Lucy, que estava no corredor regando uma planta, assim que percebe minha presença se virar em minha direção, mas logo entende o que está acontecendo e não faz perguntas. Melhor.

Assim que chego em meu quarto, fecho a porta atrás de mim, escorrego por ela me sentando no chão e finalmente me permitindo chorar com mais vontade.

Choro com tudo que tenho, choro desesperadamente, choro como se não houvesse amanhã. Todas as emoções envolvidas em uma só, eu choro...

                                       * * *

Deitada em minha cama numa posição de estrela, mais calma, simplesmente olho para o teto, onde há fotos dos meus melhores momentos, sim eu tiro fotos e colo no teto. Assim, toda vez que eu estou triste, eu olho para elas e automaticamente fico feliz.

Mas agora isso não parece funcionar. Quer dizer, não que eu esteja sentindo algo, pra falar a verdade não estou sentindo nada. Eu prefiro assim. Se eu não estiver sentindo nada, nada me afetará.

Continuo olhando para as fotos, percebo que a maioria são de quando eu era criança e outras um tempo depois da morte dos Wayne's. Muitas fotos de Bruce e eu, de Selina também, algumas com meu pai e outras com Mário, apenas duas fotos da minha mãe, só as que eu consegui achar por aí.

Talvez, agora já relaxada, eu não esteja sofrendo tanto assim. Então arranjo forças para levantar e ir em direção a uma gaveta da minha cabeleira, lá eu encontro uma caixa média, nela há remédios...

                                       * * *

Suspiro.

Mais um suspiro.

E outro.

Ainda não lembro meu nome...

Não lembro quantos eu tomei, não importa mais.

Minha cabeça gira, gira e de novo, de novo.

Está tudo em câmera lenta, e quando me deixo cair para trás sentindo o colchão macio, não foi diferente.

Agora olhando para o teto, as fotos estão todas bagunçadas.

Ainda continuo sem emoções, mas agora também sem pensamentos.

Fecho meus olhos com força, me levantando e indo até a cozinha.

Uma vez quando eu era criança, devia ter uns 6 ou 7 anos, escutei meu pai no escritório conversando com alguém e a pessoa falava que para tirar a droga do organismo, você pode beber em média 5 litros de leite e ter um problema interno pela quantidade de leite ingerido ou tomar um comprimido fabricado pela indústria do submundo russo, mas são proibidos no país. Meu pai tinha esses comprimidos...

Quando chego perto da cozinha, eu paro. Será que ele ainda tem esses remédios?

Dou meia volta e vou para o escritório, assim que entro procuro em tudo que é lado. Talvez agora eu pareça uma drogada de merda, mas que se foda. O que importa é que eu estou tentando parar e eu estava conseguindo, mas o aniversário da mamãe sempre acaba comigo.

O escritório está todo revirado, mas finalmente o encontro numa gaveta de fundo falso, retiro o fundo dela e lá estava. Uma única cartela.

A peguei e rapidamente tiro um dos 6 comprimidos. Assim que tomo não sinto um alívio imediato, mas com o passar dos minutos, não me sinto tão alterada como antes.

Levanto me apoiando nos móveis com uma certa dificuldade, assim que estou de pé olho para o nada e enxugo uma lágrima.

Começo a caminhar de volta para meu quarto sentindo o remédio fazendo efeito.

Assim que deito na cama, tento relaxar. Passa uns 5 minutos, pelo menos na minha cabeça foram 5, a porta do quarto é aberta depois de duas batidas. Bruce.

- Sei que queria ficar sozinha, mas sabe que eu não me aguento - Fala Bruce entrando no quarto e se encostando no batente da porta com as mãos no bolso - Eu só precisava saber se você estava bem.

- Eu estou bem, só estava com dor de cabeça e tomei um remédio - Minto, odeio mentir pra ele, por que sempre que ele descobre brigamos - Vem, deita aqui comigo.

Bruce se aproxima e deita na cama, mas desta vez estamos com a cabeça no travesseiro, um olhando para o outro.

Ele vem chegando mais perto até chegar perto o suficiente fazendo nossos lábios se tocaram, nunca tive vergonha de beijar ele, talvez no começo, por que foi nosso primeiro beijo, somos nossos primeiros namorados.

Mas sempre que nos beijamos eu posso sentir todo o amor, como se fosse o nosso primeiro beijo. Me lembro muito bem como foi...

Flashback on

Hoje é o meu aniversário de 12 anos, sei que os pais do Bruce morreram só a alguns meses, mas eu estava planejando esta festa a muito tempo. Bruce insistiu que eu continuasse com os planos de festejar meu aniversário, alegando que precisava relaxar e distrair a cabeça um pouco.

Depois de passar o dia todo brincando para lá e para cá com o Bruce, já que ele sempre foi meu único amigo, fomos para o telhado da Mansão Falcone para ver o sol se pôr.

Enquanto estávamos deitados sobre as telhas, vejo Bruce me olhar, desvio meu olhar do céu e o olho de volta.

O que foi Bruc— - Não consigo terminar de falar quando sinto lábios se chocando nos meus.

Quando nos separamos, olhamos um para o outro com sorrisinhos bobos no rosto. Foi só um selinho, mas foi com o Bruce...

Flashback off

Assim que a lembrança vem em minha mente dou um sorriso e sinto logo as mãos geladas do meu namorado em minhas coxas fazendo todos os pelos do meu corpo se arrepiarem.

Ele me puxa para cima dele com uma certa brutalidade, sempre que estamos em momentos como esse ele fica mais agressivo. Talvez fosse a maneira que ele encontrou de liberar toda a raiva de dentro dele, não julgo pois as vezes faço o mesmo.

Agora, em cima dele, continuamos a nos beijar só que desta vez com mais rapidez. Sinto suas mãos subindo e descendo em minhas pernas e minhas mãos em seu pescoço e nuca, dando leves puxões em seu cabelo.

Rolamos sobre a cama invertendo as posições, agora com Bruce em cima de mim e eu deitada no colchão.

Deixo minhas mãos escorregarem pelos os seus ombros e tirando seu sobretudo o jogando em algum lugar do quarto, logo fazendo isso com todo o resto.

Bruce vai descendo seus beijos pelo meu pescoço, ombro, colo, entre os meus seios, barriga, até...

Demorou mas chegou, meio merda mas foi o que eu consegui fazer. Vcs querem um hot ou assim tá bom??

All for us - Bruce Wayne GothamOnde histórias criam vida. Descubra agora