Cry Baby

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Mas tudo que eu sei é que ela o deixou
E você jura simplesmente não saber porque
Mas você sabe, querido, que sempre vou
Eu sempre estarei por perto, se você por acaso me quiser


Ethan não entendeu quando saiu da cama e não encontrou Antonella nem suas coisas, exceto as botas, ao seu lado. Havia apenas uma mensagem de Laura, mas, não respondeu. Estava preocupado com Antonella.

Ethan Torchio: Bom dia, Nell. Por que não me acordou?

Ethan Torchio: Quer conversar?

Ethan Torchio: Podemos sair para almoçar. O que acha?

Só que ela não respondeu. Talvez tivesse voltado a dormir no próprio quarto. Levantou e tomou um banho, lavando os cabelos longos e sedosos. Depois barbeou o rosto com cuidado. Pensou em comprar flores para Antonella mas não sabia quais eram suas favoritas. Também não entendia muito sobre para associar.

Mas, em sua cabeça, lírios combinariam com ela. Eram, particularmente, as suas favoritas.

Se sentiu estranho por nunca ter dado flores para ninguém antes e ter essa vontade justo agora. E se Nell achasse algo? Bom, ela era direta e diria.

O grupo da banda estava movimentado. A última coisa que leu era que Nell estava a caminho de Roma, com um print de alguém que a viu na estação e tirou foto.

Como assim foi embora sem se despedir de ninguém? Sentiu o coração pesado de culpa.

Ainda tinham um compromisso no final da tarde e sua cabeça não estava lá.

Mas, mesmo assim, aguardava uma resposta pelas mensagens o que não aconteceu.

Nem de tarde. Nem de noite. Nem nunca.

Dormiu com dificuldade, assustado por perder uma resposta em seu celular.


Ethan Torchio: Sinto muito, Nell. Não sei exatamente o que fiz, mas, estou terrivelmente arrasado. Por favor, me deixe saber o que aconteceu.

Ethan Torchio: Me deixa ser seu amigo em preto e branco.


Chegar em Roma foi um alívio. Ansiosamente entrou na van e agradeceu por não morar tão longe do aeroporto. Avisou Laura que já estava de volta, mas, antes de encontrá-la precisava resolver um enorme problema. Jogou a mala na sala e fechou a porta antes de tocar a campainha de Antonella várias e várias vezes.

Até que ela abriu a porta. Sem maquiagem, cansada e usando um pijama folgado.

- Estava preocupado com você.

- Se preocupe com quem estava esperando você. - Ela disse fechando a porta, mas, Torchio tinha reflexos rápidos. - Esse é um sinal claro que não quero falar com você.

- Lembra quando eu estava irado contigo e você disse para resolvermos como adultos? Agora é minha vez.

Donati soltou, sentando-se no sofá.

- Quando ia me contar que voltou com a Laura?

- O que? Não voltamos.

- Acabei vendo uma mensagem dela no seu celular ontem quando acordei e vi como estava salvo o contato.

- Nunca mudei desde antes de terminarmos. Sério que está assim só por isso?

- Experimenta ser chamado de vagabunda, de puta e tudo mais depois de ter transado com um homem supostamente comprometido. Ser... Agredida...

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