Capítulo 8

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Solange Narrando,

Eu me tremia toda sentindo as lagrimas pingarem sobre o meu peito, eu sentia ódio e raiva de mim eu vim aqui pra isso e não consegui puxar o gatilho eu fiquei com medo muito medo, mas como sou burra como pude imaginar que lidar com traficantes seria fácil que era so chegar aqui e aperta o gatilho e estaria tudo resolvido.

Quando dei por mim já estava no estacionamento do hospital com dois caras na moto me encarando e falando no telefone, desci pegando a pequena que pela febre alto foi logo atendida foi feito exames e ela precisou passar a noite em observação, Brener me ligou várias vezes mas não atendi nenhuma, me mandou várias mensagens mas eu tinha medo de ler eu so tinha que apertar o gatilho mas eu não consegui, talvez não por ele mas sim por esse pinguinho de gente que pensando na vida dela, a mãe biológica abandonou o pai é um foragido e eu que sou a mãe na certidão de nascimento desde o dia que solicitei seu plano de saúde seria quem a assassina do pai dela.

Minha cabeça doía muito que cheguei a pedir uma injeção pra enfermeira, ele voltou a ligar e resolvi atender respirando fundo umas três vezes antes de falar um alô.

Brener: O que minha menor tem? - Como eu sentia raiva por ele chamar ela assim.

Ela vai ficar a noite em observação.

Brener: Não tenta nada tem gente vigiando você. - Eu não disse mais nada apenas desliguei, e depois mandei uma foto dela deitada tomando soro ele visualizou, mas não respondeu nada.

A febre da pequena foi passar era quase 4 da manhã, todos os exames deram normais sem nenhuma alteração, o médico deixou claro que crianças com síndrome de dow são ainda mais sensíveis e o emocional é instável, e me dando total certeza que ela deve ter escutado os gritos e se assustou, me senti péssima por ver ela assim por uma discursão minha com aquele idiota.

Chegamos em casa e fui logo dá um banho nela e em seguida preparar a mamadeira, e assim que ela já estava satisfeita coloquei ela no berço e fui tomar um banho, sai do banheiro e tomei um susto com Brener sentado na minha cama, eu estava nua e ele segurou meu braço me jogando na cama ficando por cima de mim, mas sem me encostar.

Brener: Vou te avisar uma vez só, vou te manter aqui pela menor, mas eu vou ta de olho em tu qualquer deslize eu te passo. -

Ele segurava o meu queixo e me encarava sem piscar, ele se levantou e saiu sem nem olhar pro meu corpo, eu não sei o que aconteceu aqui, mas quando me sentei percebi o quanto fiquei excitada com essa brutalidade.

Só posso estar louca.



Sedenta por SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora