1

424 19 7
                                    


AVISOS!

Não assisti todos os capítulos da novela, na verdade, acabo vendo algumas cenas perdidas pelo TikTok. Então, já aviso que muitas coisas podem ser diferentes do que é apresentado na novela.

● Espero que gostem :)

A emergência era quase como uma zona de guerra

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A emergência era quase como uma zona de guerra.

Chiara mal tinha tido um minuto para respirar desde que seu turno começou há oito longas horas atrás. Junto com o habitual fluxo de feridos e acidentes relacionados ao álcool que o turno noturno de sexta-feira sempre garantiu, havia um grande acidente de trânsito envolvendo um ônibus carregando todo um time de vôlei amador e os torcedores e amigos que o acompanhavam. Felizmente (para Chiara, não para os pacientes), a maioria deles acabou sendo enviada para um hospital de referência e, portanto, tornou-se rapidamente responsabilidade de outra pessoa depois de ser feita a triagem.

Há três horas, não uma, mas duas mulheres grávidas haviam chegado apresentando contrações fortíssimas  e pareciam determinadas a dar à luz no meio da Emergência. Apesar das inúmeras tentativas de Chiara e de outra enfermeira de escoltá-las até a ala de parto, as  mulheres repetiam insistentemente que não iriam até que um médico fosse atendê-las, alegando que elas não eram qualificadas para o trabalho.

Agora, toda a equipe de enfermagem e médica da Urgência havia sido informada de que havia vítimas de um protesto, um protesto que acabou em tiroteio.

Chiara ignorou enquanto o médico da emergência explicava o "quem é quem" do protesto; não estava preocupada com a política da situação. Ela sabia o que significava qualquer protesto; ativistas em prol da liberdade com adrenalina, exigindo atenção instantânea para suas causas, cartazes que atrapalhavam enquanto os enfermeiros tentavam cuidar dos ferimentos, e policiais exigindo saber quando poderiam começar a entrevistar as pessoas que ela estava tentando manter vivas, e lutas entre manifestantes rivais no ambulatório.

Ela estava cansada, toda a semana a violência policial enchia a ala de emergência, chegando ao ponto de atender os feridos no chão da Unidade de Pronto Atendimento.

Apesar de sua falta de entusiasmo pela situação, Chiara se viu puxando um par de luvas azuis e um avental de plástico no primeiro zunido distante das sirenes, e com ajuda de um técnico de enfermagem mudou o homem que estava medindo a pressão para uma cadeira vazia enquanto levava a maca para perto das portas automáticas. A ambulância encostou, liberando a nova onda de pacientes.

O primeiro paciente a passar pela porta não estava imobilizado como os paramédicos esperavam; era um homem mais velho apoiando outro homem, o lado direito do rosto deste último coberto de sangue fresco. O homem mais velho, que parecia não estar ferido, hesitou na porta, e Chiara foi até eles para apoiar o lado livre de seu amigo e guiá-lo até a maca. 

Do outro lado do corredor ● CHIARA + ARIOnde histórias criam vida. Descubra agora