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Chiara  estava hesitante em dizer isso, e certamente nunca o diria na frente de nenhum de seus colegas, mas

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Chiara  estava hesitante em dizer isso, e certamente nunca o diria na frente de nenhum de seus colegas, mas...

As emergências tinham ficado paradas recentemente.

Ela estava na metade de seu último turno da semana, e até agora só haviam ocorrido incidentes mundanos; um pequeno acidente de trânsito resultando em um par de costelas quebradas e uma leve concussão, um jogador de futebol com o nariz quebrado e um senhor idoso que havia quebrado o quadril tentando provar ao neto que ele podia correr cem metros em doze segundos.

Chiara caminhava vagarosamente enquanto voltava para as urgências após o intervalo do almoço (ela realmente tinha tempo para o intervalo do almoço, o que era incrivelmente suspeito!); certamente hoje seria mais um dia calmo, com a maneira como a semana estava indo. Ela curava alguns arranhões e hematomas, fazia alguns gessos, e voltava para casa para um bom...

Oh merda!

Ela nunca deveria ter dito que estava calmo.

A emergência, que estava tão calma quando Chiara saiu em busca de um sanduíche, agora parecia um ninho de abelhas que tinha sido chutado — com força. Cada maca que ela podia ver estava ocupada, os monitores estavam apitando freneticamente, e alguém em algum lugar estava soluçando.

Chiara deu um passo para trás com seus colegas passando por ela apressadamente, e teve um vislumbre de uma perna muito quebrada no borrão. Claramente, seu turno não teria o final pacífico que ela tinha sido tola o suficiente para esperar.

— O que aconteceu? — Ela não perguntou a ninguém em particular quando chegou ao posto das enfermeiras, tendo aberto seu caminho através do caos para chegar lá. 

Karoline, uma jovem enfermeira que ela tinha conhecido no primeiro dia de seu treinamento, desviou seus olhos para ela de uma maneira que dizia 'não pergunte'.

— Os ativistas estavam entregando uma petição ao Governador Moretti, e então...

— Deixe-me adivinhar. A CMBL  apareceu. — Chiara completou, suspirando cansada. 

Nas últimas semanas, o grupo tinha feito um nome na emergência, não mais visando apenas os protestos dos ativistas, mas também qualquer um que tivesse algo a dizer contra o Governador Moretti.

— Onde você precisa de mim?

Karoline limpou a garganta e deslizou uma ficha feita as pressas sobre a mesa. 

— Maca oito. Parece que é um braço quebrado, mas ninguém teve tempo de checar.

— Ok.— Ela assentiu, antes de correr até a maca oito. 

As cortinas estavam fechadas ao redor da maca, e Chiara escorregou por elas sem olhar para cima, seus olhos ainda escaneando a ficha em sua mão.

— Então, o que parece ser o probl...

Do outro lado do corredor ● CHIARA + ARIOnde histórias criam vida. Descubra agora