18 - Amava.

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"Eu diria resiliência. Eu diria que o tenho desde o primeiro dia em que comecei com a banda e ainda o tenho sozinho agora." - Louis ao ser perguntado sobre qual qualidade ele adulto divide com o Louis adolescente da época do X Factor para GQ Espanha!

Se até o Louis disse que a qualidade Resiliência define ele e o que ele passou, por que não podemos ser resilientes também e passar por cima dos traumas e cicatrizes para ter nossa felicidade merecida?

...

Impossível Zayn ter feito isso comigo. Ele me prometeu que iria mandar a menina para um orfanato bom e seguro. Ele disse que a mandaria para longe de mim.

Ela é tão linda. Ela tem os olhos dele, o cabelo dele, o sorriso dele. Como eu aguentaria conviver todos esses anos com uma criança que é a cara do pai dela, o qual me machucou tanto? Eu não suportaria.

Eu preciso urgentemente conversar com Zayn, mas existe um obstáculo: Louis Tomlinson.

Preciso conversar com Tomlinson sobre Zayn, contar a ele o que aconteceu comigo durante esses quinze anos e contar que a pessoa que mais me ajudou foi Zayn.

Minha cabeça está explodindo. Não sei o que eu faço. Estou confuso. Nessas horas eu só penso em sentar em um balanço e ficar olhando os meus pés deslizarem no chão enquanto movo as cordas com o corpo.

Mas, infelizmente não tenho um balanço.

- Edward, chegamos. - sou tirado dos meus pensamentos ao escutar a voz de Tomlinson.

Olho para fora do carro e percebo que estamos em sua casa.

Acho que Tomlinson percebeu que fiquei mal de uma hora para outra, já que me olhou confuso quando saí do carro sem falar nada e entrei de cabeça baixa.

- Você quer entregar a Airsoft comigo? - ele pergunta quando estou começando a subir a escada.

- Você que comprou, não tem motivos para eu entregá-la com você. - digo e continuo subindo as escadas.

Ele não fala mais nada e nem vem atrás de mim. É incrível como ele compreende quando eu preciso ficar sozinho ou colocar a cabeça no lugar. Ele não sabe o motivo de eu estar assim mas não quer ser invasivo para piorar a situação.

Caminho até o meu quarto e me jogo na cama, pressionando meu rosto contra o travesseiro e soltando um suspiro alto, que estava preso em meus pulmões até agora.

Meus pensamentos estão em uma confusão enorme. Eu vim aqui para matar Tomlinson e em dois meses que estou aqui, não consegui e nem vou conseguir. Comecei a aceitar que é impossível matar o amor da minha vida. Acabar com a vida dele por um erro que ele cometeu no passado parece não ser a coisa certa a fazer agora.

Eu já vinguei meus pais, não é necessário me virar agora, quando Tomlinson está me fazendo bem.

Escuto três batidas na porta e tenho certeza que é ele.

- Coisa Linda, posso entrar? - sua voz soa baixo e não ouso erguer o olhar.

- Se quiser me ver com a cara toda amassada por estar com ela enfiada no travesseiro, entre. - só levanto a cabeça para falar e a afundo no travesseiro de novo.

Escuto uma risada nasal e uma porta sendo fechada. Passos são ouvidos e se aproximam da cama. Sinto o colchão se abaixar um pouco ao meu lado e percebo que ele se sentou ao meu lado.

Resiliência - L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora